30º
Aniversário do Dia da Heroicidade
Proletários de todos os países, uni-vos!
19 de junho
de 1986 – 19 de junho de 2016
30°
Aniversário do Dia da Heroicidade
Desfraldar,
defender e aplicar o maoismo para servir ao avanço da revolução proletária
mundial!
“A
Resistência Feroz foi cumprida, nunca foi feito isto, é um grande triunfo do
Presidente Gonzalo, do Partido Comunista do Peru, todos vamos morrer. Honra e
glória aos camaradas e combatentes caídos! Viva o Presidente Gonzalo! Viva o
Partido Comunista do Peru!” –
companheiro Augusto, Luminosa Trincheira de Combate “El Frontón”, 19 de junho
de 1986, momentos antes de dar sua vida pelo Partido e pela Revolução.
Neste 19 de
junho celebramos o 30º aniversário do Dia da Heroicidade, fato que demanda uma
atenção especial e em particularidade o pronunciamento contundente dos
comunistas assumindo este radiante exemplo: que é dar a vida pela classe e povo
em serviço da revolução proletária mundial. É necessário agitar que estes
homens e mulheres seguem conquistando louros depois da morte, porque foram
guiados pela mais alta ideologia que viu a humanidade, o
marxismo-leninismo-maoísmo e sua aplicação criadora à realidade peruana, o
pensamento gonzalo, e dirigidos pelo maior marxista-leninista-maoísta vivente,
o Presidente Gonzalo. Os comunistas, combatentes e massas, presos políticos e
prisioneiros de guerra, que nas luminosas trincheiras de combate de El Frontón,
Lurigancho e Callao, deram suas vidas, vivem em nós, nos comunistas, vivem na
luta daqueles bravos comunistas que hoje lutam tenazmente, com os combatentes e
as massas, por reorganizar o Partido Comunista do Peru e dar um grande impulso
à guerra popular no país.
19 de junho
de 1986, estampado na história como Dia da Heroicidade
A rebelião
dos prisioneiros de guerra e presos políticos é um marco na história, um marco
com o qual se demonstrou a consequente e implacável atitude de defender a moral
da classe custe o que custar; como os filhos de um povo alçado em guerra
popular sob a direção de seu Partido Comunista devem seguir em manter alta a
bandeira vermelha com a foice e martelo, não pôr-se de colo nunca e assim
contribuir ao avanço da revolução. Os mais de duzentos e cinquenta comunistas e
revolucionários que morreram, o fizeram conscientes de que para servir ao povo
de todo coração há que aplastar o individualismo, há que moer o ego e estar
dispostos a pagar qualquer custo que demanda o Partido e a Revolução. Seu
exemplo é um golpe demolidor contra cada forma de capitulação e pessimismo,
expressa uma profunda compreensão do contexto histórico e político, fizeram
cinzas a dúvida e cheios de confiança no Partido e nas massas, se lançaram com
o otimismo no topo a combater até o final contra um inimigo taticamente
aplastantemente superior.
A rebelião
dos prisioneiros de guerra e presos políticos não foi um ato de desespero,
senão uma ação decidida e planificada pelo PCP, através dos aparatos
correspondentes. Foi uma ação militar com claros objetivos políticos, que se
dirigia contra o translado aos, então, novos campos de concentração que eram
erigidos com o afã de aplastar a resistência dos prisioneiros de guerra, que
não era outra coisa que parte do plano de genocídio em marcha. A rebelião
desmascarou ante todo o mundo o verdadeiro rosto genocida do velho Estado
peruano, de suas forças armadas e policiais, do partido aprista, o fascista
Alan García com a absoluta bendição dos chefes da máfia social-fascista da
nefasta “Internacional Socialista”. O maior genocídio contra o povo alçado em
guerra popular se deu no campo, sendo este o palco principal da mesma, onde as
massas mais fundas e profundas do Peru, camponeses pobres principalmente, ao
longo dos anos transcorridos desde o ILA80 são os que sustentam a revolução
democrática em marcha; ali, as hordas genocidas do velho Estado massacrou
dezenas de milhares e se deu a mais alta expressão de heroísmo. Assim, a
rebelião dos prisioneiros de guerra e presos políticos nas luminosas
trincheiras de combate em Lima serviu a que a opinião pública internacional não
pudesse negar-se a ver o que realmente ocorria no país. Este feito é importante
de ressaltar hoje, porque Lima segue sendo a caixa de ressonância maior, as
ações que se plasmam por lá repercutem em todo o Peru e a nível internacional,
aspecto que não se pode deixar de considerar para o novo grande impulso da
guerra popular.
A trinta
anos dos feitos ocorridos em 19 de junho de 1986, cem prisioneiros de guerra e
presos políticos seguem mantendo alta a bandeira do PCP nos cárceres do velho
Estado peruano, em luminosas trincheiras de combate da guerra popular que
seguem servindo à revolução; entre eles destaca principalmente a do Presidente
Gonzalo.
O
Presidente Gonzalo representa os heróis caídos e todos os prisioneiros de
guerra e presos políticos no Peru
A rebelião
dos prisioneiros de guerra contra o genocídio faz 30 anos, esteve inseparável
do Presidente Gonzalo, ele era seu chefe reconhecido. Desde o dia 12 de
setembro de 1992, ele mesmo se encontra em condição de prisioneiro de guerra,
como resultado de um plano da CIA ianque com a colaboração de uma camada de
traidores – as ratazanas que logo apareceram como as cabeças da linha
oportunista de direita, revisionista e capitulacionista.
Como chefe
do PCP e da revolução peruana, o Presidente Gonzalo é reconhecido por todos os
prisioneiros de guerra e presos políticos revolucionários no Peru, como seu
principal representante; ele encarna e simboliza sua luta como nenhum outro.
Portanto, tratar acerca dos heróis caídos e dos prisioneiros de guerra e presos
políticos hoje, necessariamente demanda tomar posição clara e contundente pelo
Presidente Gonzalo.
O
Presidente Gonzalo desde quase 24 anos se encontra na condição de prisioneiro
de guerra. Durante todo esse tempo está sujeito ao isolamento absoluto
contínuo, no campo de concentração construído especialmente para aniquilá-lo na
Base Naval de Callao da Marinha de Guerra do velho Estado peruano. Pouco depois
de o Presidente Gonzalo fora translado para ali, o então presidente do velho
Estado, o fascista genocida e vendepátria Fujimori, cinicamente declarou ante a
imprensa internacional que “nenhum vive muito tempo nas condições sob as quais
ele está aprisionado” (referindo-se ao Presidente Gonzalo). Se nesse momento o
velho Estado peruano não passou a consumar o assassinato, foi principalmente
pela força do PCP e da guerra popular, que foi respaldada por uma profunda e
ampla campanha internacional por defender a vida do Presidente Gonzalo.
Adaptando-se a esta situação, o imperialismo ianque, movendo seus agentes
diretos e traidores, passou a implementar como parte da guerra psicológica –
dentro da sua estratégia chamada “guerra de baixa intensidade” – o plano de
imputar ao Presidente Gonzalo de capitulador para decapitar a revolução,
aniquilar a direção e separa a guerrilha das massas.
O trabalho
sinistro do revisionismo de tratar de liquidar a campanha para defender a vida
do Presidente Gonzalo – tanto no Peru como no estrangeiro, onde o partideco
PCR/USA jogava um papel particular, semeando confusão e pessimismo – teve seus
resultados. Se bem a esquerda no MCI nunca deixou de defender a vida do
Presidente Gonzalo, ainda assim a campanha não tem a dinâmica que deve ter. É
necessário potencializá-la, desenvolvendo-a junto com a campanha pelo maoismo.
No presente
ano, o Presidente Gonzalo completa 82 anos; o velho Estado e particularmente os
revisionistas encabeçados por Míriam, tem feito tudo quanto possível para
facilitar seu assassinato. Os comunistas e revolucionários do mundo devemos ter
muito presente que a ameaça contra a vida do Presidente Gonzalo é muito real e
concreta. Devemos mobilizar as amplas e profundas massas para defender sua
vida, isso deve ser o aspecto principal da campanha a nível internacional; o
pronunciamento de intelectuais, etc. são importantes, mas o principal é a
mobilização das massas. O trabalho com delegações pode cumprir um papel
importante, no entanto requer que no mesmo país haja condições subjetivas que o
faça possível.
Rechaçamos
uma vez mais as imputações contra o Presidente Gonzalo e devemos ter claro que
a patranha está totalmente desmascarada pelos fatos.
Os fatos
são: 1) Ao Presidente Gonzalo se mantêm um isolamento absoluto desde sua
detenção; 2) ele não teve nenhuma possibilidade de comunicar-se diretamente com
seu Partido; 3) todas as afirmações sobre sua suposta capitulação sem exceção –
desde as “cartas de paz”, a “chamada telefônica” ao estrangeiro, os
mamotretos¹, etc. – estão baseadas em “o que dizem” outras pessoas, isto é, são
imputações e calúnias. Não há ninguém que afirma ter falado com o Presidente
Gonzalo que não sejam oficiais do velho Estado, traidores e renegados da guerra
popular; nem uma só pessoa que sustenta a Base de Unidade Partidária do PCP
nestes 24 anos pôde visitar e, menos ainda, reunir-se com o Presidente Gonzalo.
As figuras trágicas e sinistras, como Nancy, que sustentam ter sido
“convencidos pelo Presidente Gonzalo” para renegar o marxismo-leninismo-maoísmo
pensamento gonzalo, foram desmascarados como traidores que seguiam os ditames
do nefasto “Serviço de Inteligência Nacional” (encabeçado pelo agente da CIA
Montesinos), literalmente ao pé da letra.
Em vista
dos fatos, qualquer afirmação de que o Presidente Gonzalo em algum momento
renunciou ao estabelecido na Base de Unidade Partidária do PCP não é nada mais
do que uma imputação. É parte substancial da guerra psicológica de manejar a
dúvida, de que o inimigo não confie em suas próprias forças; a reação semeia
mentiras de mil formas e através de uma tremenda variedade de meios, para que os
revolucionários se ponham a duvidas, a especular, a tratar de adivinhar, tudo
para que não confiem no triunfo. Por isso, é indispensável aplastar e varrer
qualquer dúvida com firme posição de classe, partindo da realidade concreta e
não das manobras do imperialismo e seus agentes.
A situação
atual e o complexo recuo, concretizado em uma inflexão drástica na guerra
popular no Peru e a explosão do Comitê Central do PCP, a desarticulação da
direção nacional, não tira o mérito do Presidente Gonzalo. Assim como o golpe
revisionista na China não tira o mérito do Presidente Mao – inclusive na China,
o golpe se deu aproximadamente um mês depois da morte do grande timoneiro,
enquanto que no Peru somente depois de sete anos de ser detido seu chefe que o
revisionismo pôde explodir o Comitê Central, mas até agora não pôde desaparecer
com o PCP, nem derrotar a guerra popular.
Mas bem, ao
contrário; os comunistas do Peru, com combatentes do Exército Popular de
Libertação e massas do novo Poder, pese a todas as dificuldades, se mantêm de
pé combatendo, demonstrando a força do marxismo-leninismo-maoísmo pensamento
gonzalo – demonstra que é forja de Gonzalo.
A campanha
por defender a vida do Presidente Gonzalo é inseparável da luta por pôr o
maoismo como mando e guia da nova grande onda da revolução proletária mundial
A ofensiva
contrarrevolucionária geral, encabeçada pelo imperialismo ianque a nível
mundial, tem como elemento mais importante uma guerra psicológica concentrada
contra o Presidente Gonzalo e o marxismo-leninismo-maoísmo pensamento gonzalo,
para semear confusão e pessimismo entre os comunistas do mundo, para conjurar o
desenvolvimento das guerras populares, o início de novas e a reconstituição dos
Partidos Comunistas, assim como a reunificação do Movimento Comunista
Internacional. É de decisivo significado estratégico para o imperialismo
impedir que a luta do proletariado internacional e dos povos do mundo sejam
guiadas pelo Maoísmo. Se considerarmos somente a luta do povo árabe e os outros
povos do Oeste da Ásia, objetivamente formam parte da nova grande onda da
revolução proletária mundial, o problema está em qual ideologia as guiam. Por
isso, tem que apontar contra o Presidente Gonzalo.
O aporte
principal do Presidente Gonzalo é ter definido o maoismo como nova, terceira e
superior etapa do marxismo e que, portanto, ser marxista hoje é ser
marxista-leninista-maoísta, principalmente maoísta. Assim, foi ele quem cumpriu
a tarefa que ficou pendente para os comunistas do mundo logo que os camaradas
chineses não estavam em condições de fazê-lo pelo golpe revisionista. Ali
destacamos que esta definição não somente se pode reduzir a que foi o
Presidente Gonzalo quem “chamou a coisa pelo seu verdadeiro nome”, isso é
parte, mas não o principal, senão que foi ele que a definiu, partindo de sua
aplicação, ele demonstrou com fatos transformadores, com guerra popular, qual é
o conteúdo do maoísmo, porque cada definição correta necessariamente implica
sistematização, requer análise que permita chegar à síntese – o qual é o principal.
Este grandioso trabalho foi plasmado e entregado pelo Presidente Gonzalo aos
comunistas do mundo para que o assumamos.
Qualquer
outro critério faz que se resvale no revisionismo, um exemplo claro é a
declaração onde o Movimento Revolucionário Internacionalista assumiu o
marxismo-leninismo-maoísmo, mas se deixou aberto o problema sobre “o caminho de
Outubro”, deixando margem para que se negue efetivamente a universalidade da
guerra popular, e, portanto, se deixou a porta aberta para a podridão
oportunista, cretinismo parlamentar e legalismo.
O
Presidente Gonzalo em sua condição de continuador de Marx, Lenin e Presidente
Mao Tsetung, aporta decisivamente a um novo desenvolvimento do marxismo
O
Presidente Gonzalo, ao aplicar o marxismo-leninismo-maoísmo, principalmente o
maoismo às condições concretas da revolução peruana, gerou o pensamento
gonzalo; como o estabeleceu o Primeiro Congresso do PCP: “o pensamento Gonzalo
foi forjado ao longo de anos de intensa, tenaz e incessante luta por
desfraldar, defender e aplicar o marxismo-leninismo-maoísmo, de tomar o caminho
de Mariátegui e desenvolvê-lo, de reconstituição do Partido e, principalmente
de iniciar, manter e desenvolver a guerra popular no Peru, servindo à revolução
mundial e a que o marxismo-leninismo-maoísmo seja na teoria e na prática seu
único mando e guia”. (Acerca do pensamento gonzalo)
Ao aplicar
estritamente os princípios da ideologia universal do marxismo-leninismo-maoísmo
e resolvendo problemas novos, continuou o trabalho de Marx, Lenin e do
Presidente Mao. É pois um continuador deles que chegou a dar aportes
significativos para um novo desenvolvimento do marxismo; processo que por sua
detenção não pôde continuar. Ainda assim, devemos assumir estes aportes porque
são indispensáveis para manejar a situação atual da luta de classes e para
poder levar uma correta luta de duas linhas que sirva para unir os comunistas no
mundo. Para ilustrar, veremos em continuação alguns pontos chaves.
Em toda sua
obra, o Presidente Gonzalo soube tomar o marxismo-leninismo-maoísmo para
resolver os problemas atuais da luta de classes nacional e internacional; se
vemos, por exemplo, “Eleições, não! Guerra Popular, sim!”, onde ele despedaça a
ofensiva contrarrevolucionária geral e plasma uma grandiosa defesa do marxismo,
fica claro que enquanto o ataque contra o marxismo repercutiu em muitos, o
Presidente Gonzalo nos armou decisivamente – até hoje, mais de 25 anos depois,
temos ali uma arma de combate com plena validez para aplastar o revisionismo. O
mesmo vale para toda a obra teórica que ele nos deu.
É o
Presidente Gonzalo quem assumiu cabalmente a extraordinária tese do Presidente
Mao sobre os “50 a 100 anos”, profundíssimo manejo do materialismo histórico na
compreensão das leis e da luta de classes e o caminho da humanidade até o
comunismo. Como sancionou o Primeiro Congresso do PCP: “o Presidente Gonzalo
nos planteia que no processo da revolução mundial de varrimento do imperialismo
e reação da face da terra há três momentos: 1º Defensiva Estratégica; 2º
Equilíbrio Estratégico; e 3º Ofensiva Estratégica da revolução mundial. Isto o
fez aplicando a lei da contradição à revolução, pois a contradição rege em tudo
e toda contradição tem dois aspectos em luta, neste caso revolução e
contrarrevolução. A defensiva estratégica da revolução mundial oposta à
ofensiva estratégica da contrarrevolução arranca desde 1871 com a Comuna de
Paris e termina na II guerra mundial; o equilíbrio estratégico se dá próximo ao
triunfo da revolução chinesa, a Grande Revolução Cultural Proletária e ao
desenvolvimento do poderoso movimento de libertação nacional; posteriormente a
revolução entre na ofensiva estratégica, este momento se pode dar em torno dos
anos 80 em que vemos signos como a guerra Irã-Iraque, Afeganistão, Nicarágua, o
início da guerra popular no Peru, época inscrita nos ‘próximos 50 a 100 anos’;
daí adiante se desenvolverá a contradição entre o capitalismo e o socialismo
cuja solução nos levará ao comunismo. Concebemos um processo longo e não curto,
com a convicção de entrar ao comunismo passando por uma série de sinuosidades e
reveses que necessariamente haverá. Ademais não é estranho que apliquemos os
três momentos à revolução mundial, pois o Presidente Mao os aplicou ao processo
da guerra popular prolongada. E como comunistas devemos mirar não somente o
momento, mas os longos anos por vir. …. Na situação atual e a perspectiva,
entramos à ofensiva estratégica da revolução mundial dentro dos “50 a 100 anos”
em que se afundará o imperialismo e a reação mundial e entraremos a que o
proletariado se afinque definitivamente no poder e estabeleça sua ditadura, daí
adiante a contradição será entre socialismo e capitalismo em marcha até o
comunismo. O que ocorreu nas restaurações na URSS e China não nega o processo
de desenvolvimento pujante do proletariado internacional, senão que mostra como
se da a luta entre restauração e contrarrestauração da qual os comunistas
extraímos lições para conjurar a restauração e estabelecer definitivamente a
ditadura do proletariado.” (Linha Internacional)
Esta
aplicação que faz do estabelecido pelo Presidente Mao, nos permite entender o
processo da revolução mundial; podemos ver nitidamente o caráter revisionista
das posições como “retrocesso/recuo geral”, “a globalização significa uma nova
fase do imperialismo” ou os delírios de Avakian sobre uma “nova etapa” para a
qual é necessária sua “nova síntese” (que não tem nada de nova porque contêm os
velhos prejuízos burgueses do revisionismo de sempre, e tampouco de síntese,
porque é um amontoado de especulações e sabedorias como as frases dos biscoitos
da sorte chineses).
É o
Presidente Gonzalo quem mais profundamente assumiu a tese maoista sobre o
Capitalismo Burocrático, sem a qual não se pode entender nada das relações
econômica no mundo de hoje, ao aplicá-lo “nos ensina que este tem cinco
características: 1) que o capitalismo burocrático é o capitalismo que o
imperialismo desenvolve nos países atrasados, que compreende capitais dos
grandes latifundiários, grandes banqueiros e magnatas da grande burguesia; 2)
exerce exploração sobre o proletariado, campesinato e pequena burguesia e
restringe a média burguesia; 3) atravessa um processo pelo qual o capitalismo
burocrático se combina com o poder do Estado e devém capitalismo monopolista
estatal, capital monopolista não estatal e um segundo, quando se combate com o
Poder do Estado, se desenvolve como capitalismo monopolista estatal; 4)
amadurece as condições para a revolução democrática ao chegar ao cume de seu
desenvolvimento; e 5) confiscar o capitalismo burocrático é a chave para
levantar a revolução democrática e decisivo para passar até a revolução
socialista. … o Presidente Gonzalo vai generalizar que o capitalismo
burocrático não é um processo particular da China ou Peru, senão que obedece as
condições tardias em que os imperialistas subjugam as nações oprimidas da Ásia,
África e América Latina e onde estas ainda não destruíram, a feudalidade
subsiste e menos desenvolvido capitalismo”. (Linha Democrática)
Sem esta
compreensão da tese do Presidente Mao, muitos se deixam emborrachar pelo conto
sobre “os poderes emergentes”, “o imperialismo traz desenvolvimento e pode
superar a semifeudalidade” que os leva a negar a revolução democrática e
assumir posições trotskistas.
Com sua
tese sobre a militarização do Partido Comunista e a construção concêntrica dos
três instrumentos, o Presidente nos da (aos comunistas) um aporte indispensável
para instaurar a Ditadura do Proletariado e construir o socialismo:
“O
Presidente Gonzalo propõe a tese de que todos os partidos comunistas do mundo
se militarizem, por três razões:
Primeiro,
porque estamos na ofensiva estratégica da revolução mundial: vivemos o período
varrimento do imperialismo e da reação da face da Terra que se dará nos
próximos 50 a 100 anos, um período marcado pela violência expressa em que todos
os tipos de guerras, vide como a reação cada vez mais militarizando-se,
militarizando os velhos Estados, a sua economia, desenvolvendo guerras de
agressão, traficando com as lutas dos povos e que apontando para uma guerra
mundial, mas a revolução sendo a principal tendência no mundo, a tarefa dos
partidos comunistas é desfraldar a revolução plasmando a principal forma de
luta: a guerra popular, para opor a guerra revolucionária mundial à guerra
contrarrevolucionária mundial.
Segundo,
porque há que impedir a restauração capitalista. A burguesia, quando perde o
Poder se introduz dentro no partido, usa o exército procurando usurpar o poder,
destruir a ditadura do proletariado para restaurar o capitalismo, portanto os
Partidos Comunistas devem se militarizar e exercer a ditadura onímoda dos três
instrumentos, forjar-se na guerra popular e potencializar a organização popular
armada das massas, a milícia popular, para engolir o exército. Por isso ele nos
disse que “forjar os militantes como comunistas primeiramente e principalmente,
como combatentes e como administradores”; por isso que todo militante está
forjado na guerra popular e alerta contra qualquer tentativa de restauração.
Terceiro,
porque marchamos para uma sociedade militarizada. Militarizando o Partido
plasmamos um passo no sentido da militarização da sociedade que é a perspectiva
estratégica para garantir a ditadura do proletariado. A sociedade militarizada
é o mar das massas armadas que nos falavam Marx e Engels, que preserva a
conquista e a defesa do poder conquistado. Tomamos a experiência da revolução
chinesa, a base anti-japonesa de Yenan era uma ‘sociedade’ militarizada onde
dos canos dos fuzis nascia tudo. Partido, Exército, Estado, nova política, nova
economia e nova cultura. E assim o desenvolvimento do comunismo de guerra.
Na Primeira
Conferência Nacional em Novembro de 1979, o Presidente Gonzalo planteou a tese
da necessidade da militarização do Partido Comunista do Peru; logo, nos
primeiros meses de 1980, quando o Partido se preparava para iniciar a Guerra
Popular, levantou-se desenvolver a militarização do partido por meio de ações,
com base no grande Lênin que diz: reduzir o trabalho não-militar para
centralizá-lo no militar, que concluía-se o período de paz e entrávamos nos
tempos de guerra, por isso então todos os efetivos deviam ser militarizados e
tomando o partido como o eixo para construir em torno do mesmo, o Exército, e
com esses instrumentos, com massas em guerra popular construir em torno de
ambos o novo Estado. Que a militarização do Partido só pode ser levada adiante
através de ações concretas da luta de classes, de ações concretas de caráter
militar, mas isso não significa que iremos apenas executar ações exclusivamente
militares de vários tipos (ações de guerrilha, sabotagem, aniquilamento
seletivo, propaganda e agitação armadas), mas que devemos realizar principalmente
essas formas de luta, a fim de incentivar e desenvolver a luta de classes
doutrinando-a com feitos nestes tipos de ações como a principal forma de luta
da guerra popular.
A
militarização do Partido tem seus antecedentes em Lenin e Presidente Mao, mas é
um novo problema desenvolvido pelo Presidente Gonzalo tendo em conta as novas
circunstâncias da luta de classes e há que ver que se apresentam problemas
novos que através da experiência irão se resolvendo. Que implicará
necessariamente em um processo de luta entre o velho e o novo para que mais se
desenvolva, sendo a guerra a mais alta forma de se resolver as contradições,
melhora as faculdades dos homens para encontrar as soluções. É a militarização
do Partido que nos permitiu iniciar e desenvolver a Guerra Popular; e
consideramos que esta experiência tem validez universal, portanto, é uma
demanda e necessidade de todos os Partidos Comunistas do mundo se militarizem.
A construção
concêntrica dos três instrumentos é a plasmação orgânica da militarização do
Partido e sua síntese se resume no que o Presidente Gonzalo nos ensina: “O
Partido é o eixo de tudo, dirige onimodamente os três instrumentos, sua própria
construção, absolutamente o Exército e o novo Estado como uma ditadura conjunta
apontando à ditadura do proletariado”. (Linha de Construção)
Aqui temos
uma posição marxista-leninista-maoísta que aplasta contundente todas as
posições revisionistas que planteiam os partidos legalistas, “sistema
multipartidário” como suposta solução “para conjurar a restauração”, assim como
o conceito de estruturas “autônomas” e “paralelas” dentro dos partidos
comunistas.
O
Presidente Gonzalo nos arma decisivamente para aplastar as posições revisionistas
que centram em quantidade e “acumulação de forças” como pretexto para nunca
iniciar a guerra popular. Nos disse: “A luta pelo Poder como principal não quer
dizer que desde o começo vamos incorporar as massas de uma só vez, pois o
Presidente Mao nos ensina que desenvolvendo Bases de apoio e força armada é que
se gerará o auge da revolução; tem pois que ver com a lei de incorporação das
massas à revolução, estabelecida pelo Partido no II Pleno de 1980, incorporação
que será por saltos e progressivamente; quanto mais guerra popular maior
incorporação das massas, pois a guerra popular é um fato político que vai
esmagando com ações contundente as ideias na mente dos homens, que pouco a
pouco vão entendendo seu único e verdadeiro caminho, desenvolvendo assim sua
consciência política; a guerra popular convoca a todos os revolucionários e ao
desenvolver-se abre caminho para si mesma.” (Linha de Massas)
Assumindo
“a lei de incorporação das massas à revolução” fazemos cinzas as posições que
tratam de contrapor trabalho de massas com ações bélicas da guerra popular.
No III
Pleno do Comitê Central do PCP, no ano de 1992, o Presidente Gonzalo planteou
que o Terceiro Mundo se expande à Europa, uma tese importantíssima,
principalmente para os comunistas em tal continente, obra que ele não pôde
desenvolver mais por sua detenção. Orientação estratégica para os comunistas
sem a qual não se pode entender a chamada “União Europeia”, a guerra na
Ucrânia, a situação nos Bálcãs ou na zona báltica, entre muitos temas candentes.
Como último
exemplo, tomamos a questão chave da universalidade da guerra popular e como se
aplica em forma criadora, em vez de simplesmente reduzi-la a uma cópia mecânica
da experiência chinesa. O Presidente Gonzalo sustenta “que para levar adiante a
guerra popular há que ter em conta quatro problemas fundamentais: 1) A
ideologia do proletariado, o marxismo-leninismo-maoísmo que deve especificar-se
em um pensamento guia, por isso nos baseamos no marxismo-leninismo-maoísmo
pensamento gonzalo, principalmente este; 2) A necessidade do Partido Comunista
do Peru que dirige a guerra popular; 3) A guerra popular especificada como
guerra camponesa que segue o caminho de cercar as cidades desde o campo; e 4)
Bases de apoio ou Novo Poder, a construção das Bases de apoio, é a essência do
caminho de cercar as cidades desde o campo. …. É uma especificação da guerra
popular no Peru fazer do campo o palco principal das ações e das cidades
complemento necessário.” (Linha Militar)
Com estes
poucos exemplos, continua demonstrado que o Presidente Gonzalo resolve
problemas novos, aporta assim a uma nova etapa do marxismo; sobre seu futuro
desenvolvimento não podemos nem temos porque quebrar a cabeça, na luta de
classes vai se definir. Continua claro que o pensamento gonzalo não tem nada em
comum com o chamado “caminho de prachanda” – que não é marxismo senão
revisionismo, demonstra que é uma arma de combate dos comunistas e, que assim
não aprendemos do Presidente Gonzalo, não podemos estar a altura que exige a
luta armada entre revolução e contrarrevolução a nível mundial.
Estando na
celebração do 30º aniversário do Dia da Heroicidade, que coincide com a
campanha que os comunistas desenvolvemos pelo 50º aniversário da Grande
Revolução Cultural Proletária, é necessário plantear umas observações acerca do
MCI.
A
reunificação dos comunistas no mundo somente é possível sobre bases sólidas
marxistas-leninistas-maoístas
O PCP sob a
chefatura do Presidente Gonzalo cumpriu o papel de fração vermelha do MCI e era
a esquerda dentro do MRI. Desde a fundação do MRI, até sua desarticulação
astutamente operada pelos partidos que eram membros de seu Comitê, este estava
dominado pelo PCR/USA, isto é, por Avakian e seus lacaios. Após a “Resolução do
Milênio”, aprovada pela Terceira Reunião Ampliada do Comitê do MRI, há um
documento do MRI que não correspondia aos planos de Avakian. Aqueles que
planteiam “um novo MRI” e não tomam clara posição pelo que era a esquerda do
MRI e sua luta, em concreto estão planteando “avakianismo” sem Avakian, ou
melhor colocado: a linha do PCR/USA antes de que se atreveram a plantear
abertamente que consideravam Avakian como “o novo Marx”.
Os que hoje
nostalgicamente celebram os tempos quando atuava “o partido do CoMRI” como eram
conhecidos os seguidores de Avakian dentro do MRI, são nostálgicos acerca do
revisionismo. Não é coincidência que nos países onde estão surgindo comunistas
que estão assumindo a tarefa pendente da reconstituição de Partidos Comunistas,
o liquidacionismo de direita pretende abanar o rabo e idolatrar a direita do
MRI; incluso a forma de traficar com as guerras popular no mundo é uma cópia e
calco de como o fez o PCR/USA.
Assim
também, é necessário assinalar que no balanço da luta de duas linhas no MRI, e
no MCI em geral, não se pode tratar como ponto imencionável a capitulação no
Nepal e a forma como os partidos e organizações diretamente a apoiou ou/e se
conciliou com ela. As posições do revisionismo ao estilo de Prachanda seguem
repercutindo e causando dano. Os camaradas que incorreram nesta situação devem
fazer autocrítica e deslindar campos claramente.
O processo
para reunificar o MCI é uma questão complicada e não é uma questão que se
improvisa. Seria fácil se as declarações fossem suficientes, mas não é assim. O
que se necessita saber é unir, diferenciar e dirigir. Nós estamos plenamente
convencidos de que devemos unir-nos cada vez mais, no entanto isso só é
possível se partimos de sólidas bases marxistas-leninistas-maoístas, lutando
contra o revisionismo e servindo à revolução proletária mundial.
Assim, com
o vibrante exemplo dos prisioneiros de guerra e presos políticos que em junho
de 1986 conquistaram um triunfo ideológico, político e militar, dando suas
vidas pelo Partido e pela Revolução, tendo-os sempre presentes e aprendendo com
Presidente Gonzalo, vamos pelo rumo seguro e ressonando em nossas orelhas a voz
do titã que nos disse:
“Finalmente
agora escutemos isto, como vemos no mundo, o maoismo marcha incontivelmente
para comandar a nova onda da revolução proletária mundial. Entenda-se bem e
compreenda-se! Os que têm ouvidos, usem-os, os que têm entendimento, e todos
nós os temos, manejam-os! Basta de necedades, basta de obscuridade! Entendamos
isso! O que se desenvolve no mundo? Do que necessitamos? Necessitamos que o
maoismo seja encarnado e o está fazendo e que passe gerando Partidos
Comunistas, a manejar, a dirigir essa nova grande onda da revolução proletária
mundial que se aproxima.” (Discurso do Presidente Gonzalo, 24 de setembro de
1992)
Desfraldar,
defender e aplicar o marxismo-leninismo-maoísmo, principalmente o maoísmo!
Viva o
Presidente Gonzalo, continuador de Marx, Lenin e Presidente Mao Tsetung!
Derrotar a
ofensiva contrarrevolucionaria geral!
Viva a nova
grande onda da revolução proletária mundial!
Glória aos
heróis caídos, viva a Revolução!
Comitê de
Construção do Partido Comunista (maoísta) Galícia
Comitês
para a Fundação do Partido Comunista (Maoísta) da Áustria
Comitê
Bandeira Vermelha (RFA)
Fração
Vermelha do Partido Comunista do Chile
Movimento
Popular Peru (Comitê de Reorganização)
Organização
Maoísta para a Reconstituição do Partido Comunista da Colômbia
Partido
Comunista do Brasil Fração Vermelha – P.C.B. (FV)
Partido
Comunista Maoísta – França
Partido
Comunista Maoísta – Itália
Partido
Comunista do Equador – Sol Rojo
A
assinatura de outros Partidos e Organizações está pendent
Mamotreto:
livro ou conjunto de papéis volumosos; livro ou caderno de anotações; etc.
(
Dicionário Manual da Língua Vox espanhol. © 2007 Editorial Larousse, SL)
Geschrieben von
Ailin Ueber
26. Juni 2016