Saturday, June 30, 2018

200 JAHRE KARL MARX 28. Juni 2018 Aufruf der Genossen aus der Türkei zur 200. Jahre Feier

Genosses der Website ikk-online.org und verschiedene andere Genossen von unterschiedlichen türkishsprachigen Webseiten haben ihren Aufruf zur Feier des 200. Jahrestag der großen Karl Marx veröffentlicht. Im folgenden ihr Aufruf im Original:

Enternasyonal Proletaryanın Büyük Ustası Karl Marx`ın 200.Doğum Yılı Uluslararası bir etkinlikle kutlanacak!

Enternasyonal Proletaryanın Büyük Ustası Karl Marx`ın 200.Doğum Yılı Uluslararası bir etkinlikle kutlanacak!
Komünizm ideolojisinin kurucusu, Enternasyonal Proleteryanın Büyük Ustası Karl Marks`ın doğumunun 200. yılını uluslar arası Marksist – Leninist – Maoist Parti ve örgütler enternasyonal bir etkinlikle Almanya´da kutlayacaklarını açıkladılar.
2018 Mayıs ayından başlayarak, Dünya işçi sınıfının birlik, mücadele ve dayanışma bayramı 1 Mayıs`ta, Karl Marx`ın doğum günü 5 Mayıs`ta ve Haziran ayında dünya`nın farklı kıtalarında olmak üzere, Almanya, Fransa, Avusturya, İtalya, İspanya gibi Avrupa ülkelerinde mitingler, açıklamalar ve duvar yazılamaları biçiminde çeşitli eylem ve etkinlikler gerçekleştirildi.
Karl Marx kampanyasının kordinasyonu adına Enternasyonal Kollektiv “Haziran ayı içerisinde 1, 8 ve 15 Haziran günlerinde Bremen, Berlin ve Hamburg`ta enternasyonalist devrimci sanatçı ve grubların katılımıyla konserler gerçekleştirdiğini” açıkladıktan sonra, 30 Haziran günüçeşitli MLM parti ve örgütlerin katılacağı Uluslar arası etkinliği, saat 13:00`de Almanya`nın Bremen şehrinde, Sielwallhaus (Sielwall 38) adresinde gerçekleştireceğini açıkladı.
TKP/ML`nin de örgütleyicileri arasında olduğu uluslar arası kampanya MLM örgüt ve partilerin enternasyonal alanda birlikte yapacakları çalışmalara ve Dünya`daki genel siyasal sürece ilişkin deklere edecekleri bir yazı ile sonuçlandırılacak.

 

Saudação aos 200 anos do Grande Karl Marx.- Liga do Camponeses Pobes (LCP)


CC del Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha): Sobre os incidentes de 1o de Maio em Berlim, o internacionalismo e a luta de duas linhas pela unidade do Movimento Comunista Internacional



Proletários de todos os países, uni-vos!



Sobre os incidentes de 1o de Maio em Berlim, o internacionalismo
e a luta de duas linhas pela unidade do Movimento Comunista Internacional

Ao Movimento Comunista Internacional, aos revolucionários proletários da Alemanha e anti-imperialistas em todo o mundo

No dia 1o de maio, a chamada “Jugendwiderstand” [“Resistência Juvenil”] (JW), atacou deliberadamente ativistas revolucionários durante a marcha de 1o de Maio em Berlim. Os ativistas que foram agredidos, faziam parte do Bloco Internacionalista e carregavam lenços e estandartes da Campanha Mundial pelos 200 anos do grande Karl Marx, com a consigna de “proletários de todos os países, uni-vos! Estes são os mesmos ativistas que há tempos, na Alemanha e no exterior, têm estado à frente da Campanha Internacional de Apoio a Guerra Popular da Índia, das ações de apoio à Guerra Popular Peru, Filipinas, Turquia, bem como à luta revolucionária no Brasil e América Latina.

Este incidente não resultou de uma acalorada discussão política que tenha transgredido os limites, mas foi uma ação de agressão de surpresa e covarde, sem qualquer justificativa a militantes revolucionários. É um fato grave que converge sinistramente com a ação da reação imperialista, pois ocorreu precisamente quando o Estado imperialista alemão havia desencadeado uma odiosa caçada às bruxas, que prossegue, contra os revolucionários acusados de ações violentas durante a cúpula do G20, em Hamburgo-Alemanha, em julho de 2017.

Consideramos este um grave problema para todo o movimento democrático revolucionário em geral e comunista em particular, frente ao qual se exige a clara tomada de posição por parte de todos os verdadeiros comunistas e democratas revolucionários. Desde seu acontecimento condenamos, rechaçamos e aplastamos tais atitudes e nos reservamos um tempo maior para, com base no exame detido das informações e declarações públicas apresentadas pelas organizações diretamente envolvidas, nos pronunciar publicamente.

Os ativistas agredidos são parte do crescente movimento revolucionário na Alemanha, no seio do qual, está se  levando a dura e irrenunciável luta de duas linhas em prol da necessária, pendente, atrasada e grandiosa tarefa da reconstituição do Partido Comunista da Alemanha. Luta e tarefa que são parte inseparável da luta pela futura reconstituição da Internacional Comunista, unida à intensa luta dos partidos e organizações marxistas-leninistas-maoístas da Europa, Ásia e América Latina. Todo este movimento revolucionário na Alemanha é parte e representa o verdadeiro internacionalismo, o internacionalismo proletário.

Como expôs de forma clara o Comitê Bandeira Vermelha-CBR da Alemanha sobre os acontecimentos, a “JW” sob o comando direto e pessoal de seu dirigente aproveitou a situação em que, os maoístas de Berlim participavam da manifestação, para desfechar a agressão física contra eles. É importante reproduzir sua descrição e sua compreensão do porque desta histeria:

“Nossos camaradas participaram na manifestação das 18:00 horas, em Berlín, com a frente mencionada no bloco internacional. Há forças ativas muito diversas nesta manifestação, que sempre mobiliza umas 10.000 pessoas. Não é uma manifestação liderada por comunistas. Estas pessoas, que organizam esta manifestação não são pessoas das que seriamente esperamos que desafiarão a este Estado, por dizê-lo muito diplomaticamente. Porém é uma manifestação, donde as massas querem lutar. Donde os revolucionários querem lutar. Donde os comunistas têm que ser a voz clara do proletariado. E isto é o que tem feito os camaradas. Lograram uma participação espontânea das massas. O entusiasmo das massas pela faixa resultou que nossos camaradas não tiveram que carregá-la senão foi o companheiro que entregou a faixa nas mãos das massas. Quando perguntaram a um companheiro das massas se estava cansado ou se quería que alguém o revesasse, respondeu: ‘não soltarei esta faixa até o resto de minha vida.’ Este é o trabalho dos maoístas em Berlim.
Isto causou um profundo ódio ao liquidacionismo de direita. Este ninho de ratazanas caminhou por trás das fileiras da polícia. As fileiras, que separam a manifestação dos espectadores. Então o cabeça deste bando deu a ordem direta de atacar, se precipitaram sobre a manifestação através das fileiras da polícia e atacaram às massas do coletivo internacionalista de Berlim. Por suposto, não foram obstaculizados pela força repressiva do Estado reacionário. Estes miseráveis ameaçaram os companheiros sob a liderança operativa direta do capataz. Disseram aos camaradas que não fizessem atividades em Neukölln, porque na linguagem neandertal desta pandilha esse é ‘seu distrito’ (Kiez). Antes que as massas pudessem mobilizar sua resposta, as ratazanas se retiraram, buscando a proteção da polícia alemã.” …. “Em consequência: este ninho de ratazanas, que sempre fugiu da luta ideológica e política aberta, que nunca formulou nenhum documento de crítica sobre a vanguarda proletária em formação na RFA começaram a atacar fisicamente os companheiros mediante a mobilização de tropas de valentões lumpens.
Porque esta gentalha faz um ataque assim agora? O fazem para ocultar sua ruidosa derrota. Ninguém deve falar sobre o fato de que sua chamada manifestação das 13:00 horas foi um grande fracasso. Desde que começaram este teatro, tem obtido cada vez menos. Se tornam cada vez mais isolados. Os únicos que a eles se  unem são lumpens e outros reacionários. Não é interessante que levem bandeiras. Por suposto que odeiam a nossos camaradas por isso. Declaramos com orgullo: Sim, é nossa culpa. Sim, temos argumentado contra eles. Sim, denunciamos seus puntos de vista políticos. Sim, vendemos o Rote Post em Neukölln, e bastante bem. E sim, vendemos a revista Klassenstandpunkt [Posição de Classe] em cada ‘local da esquerda’ em Berlim. Por isso, as pessoas lhes gostam menos. Sim, temos difundido a crítica escrita dos companheiros de Klassenstandpunkt. Sim, seguramente sejamos um pouco culpados por sua derrota.”...
.... “Qual é a consequência disto? Cremos que podemos resumir asssim: sob as condições da caça às bruxas anticomunista, nas quais centenas de revolucionários na RFA são processados, a vanguarda proletária em formação avança com os comunistas de todo o mundo num ato solidário.
Contra isto há sobretodo um liquidacionismo de direita que não quer ter um Partido militarizado. Que trafica com as lutas dos povos do mundo e entretanto degeneraram em pandilhagem mais degenerada e miserável que só podem existir em Berlim.
A publicação de Rote Post, um periódico, que da vóz e ouvido às massas mais profundas e amplas, fez que este grupo se desesperasse. Isto mostra o poder, a força, a invencibilidade da aplicação do maoísmo. Quando os maoístas se atrevem a não limitar-se às declarações gerais, senão a dizer os problemas reais das massas numa forma e um estilo que permitem a mobilização, a organização e a politização e, em perspectiva, o armamento das massas, o revisionismo treme de medo. Um resultado importante da distribuição do Rote Post foi o ataque de três lumpens a dois camaradas, que venderam o Rote Post em Sonnenallee (uma rua de Berlim). Envoltos com grossas correntes de ouro e demais complementos de lumpem, queriam proibir aos camaradas de vender o Rote Post em Neukölln.”

Já em sua “resposta”, a “JW” ademais de atacar o CBR como uma seita de “dogmáticos”, “ultra dogmáticos” de “pensamento estreito”, pretende eludir o problema, procurando se eximir de qualquer responsabilidade, com a alegação tergiversadora de que é apenas: “uma organização revolucionária de jovens - não como uma organização de quadros comunistas, ou como um partido, ou como uma organização de construção partidária. - portanto, não estamos sujeitos a nenhuma de suas diretrizes”.

Ou seja, essa agrupação de jovens se autoproclama fora dos marcos do movimento comunista. Porque então esta agrupação realizou um ataque contra um contingente de ativistas revolucionários que é parte do movimento de luta pela reconstituição do Partido Comunista da Alemanha que, enquanto tal é parte do Movimento Comunista Internacional e da luta pela futura Internacional Comunista? E, porque este pequeno incidente reveste-se de tanta importância para o desenvolvimento atual do MCI?

Por sua vez, curiosamente, desde o ocorrido e até agora, após a denúncia contundente dos ativistas e organizações diretamente agredidas e, inclusive, da declaração cínica e tergiversadora dos fatos, por parte dos covardes agressores, a “JW”, e da tomada de posição de outros partidos do MCI, alguns personagens “proeminentes” no movimento internacional, sempre muito ativos nestas ocasiões, nada mencionaram a respeito guardando um conivente silêncio, e embora conheçam os fatos se fazem de surdos, cegos e mudos e menos ainda tomam posição clara e pública.

Não foi por casualidade que este nefasto acontecimento ocorreu na Alemanha e em Berlim. Há alguns anos o movimento comunista na Alemanha vive um poderoso desenvolvimento, pois ali os avanços da esquerda maoísta estão se manifestando de forma contundente, rompendo com acomodação de uma longa tradição de revisionismo e reformismo. É o mesmo CBR que, em seu manifesto, expõe a contradição do movimento proletário no país:

“A ideologia do proletariado nasceu aqui. E aqui foi negada por primeira vez. O marxismo é uma ‘invenção alemã’, porém também o é o revisionismo. Bernstein, Kautsky. Alemães. Só Alemanha pôde criar um Ebert ou Noske. O que está claro desde o princípio: na Alemanha, a contradição deve ser agudizada. Não há um caminho intermediário na Alemanha, como nosso Marx disse,  esta pequena Alemanha prussiana, que se fundou no genocídio do povo eslavo pela Ordem Teutônica. Não há ‘paz social’. Na Alemanha há duas opções. Submissão ou luta pela vida ou a morte. Nós, que continuamos o trabalho de Karl Marx neste terreno, não nos submeteremos. Portanto, sempre insistimos em que o partido do proletariado tem que ser uma máquina de combate. Tem que ser uma máquina de guerra de classes sem piedade. Os comunistas neste país só tem que seguir esse caminho desde o princípio. Este não é um caminho fácil. Não é um caminho agradável para aqueles que querem seguir vivendo miseravelmente neste sistema. Aqueles que querem viver neste sistema ruinoso, moribundo e parasitário. Não é nada para aqueles que querem viver como sempre. Aqueles que o querem cômodo. Conforme a isto, a resistência contra esse camino tem que surgir da forma daqueles que por motivos ‘pessoais’ é dizer motivos egoístas, individualistas querem aproveitar-se da luta dos povos do mundo, da luta da classe operária para seus intereses de lumpen e de mente fechada. Assim é como surge o liquidacionismo de direita.”

A “JW” de Berlim, surgiu a partir de um grupo que se separou do CBR por diferenças ideológicas, políticas e de métodos, mas principalmente por capitular da luta pela reconstituição do Partido Comunista da Alemanha, recusando a luta de duas linhas, para se conformar como grupo a parte.

O ato torpe da gente da “JW”, não é difícil para ninguém concluir que é sintoma de desespero, porém é expressão política e de método correspondente a certa ideologia, tampouco é fato isolado. É uma ação política de tipo militarista que não só guarda distância da ideologia, política e método proletários, mas seu oposto e compõe com outras atitudes presentes no MCI típicas da linha de direita. Tais atos são a continuidade da política oportunista de substituir a luta de duas linhas no tratamento das contradições, para a forja do partido comunista, da linha revolucionária proletária e por persistir nela, pela contemporização, diplomacia, liberalismo, crítica e autocrítica como retórica e na prática métodos administrativos, divisionismo e cisão.

É verdade que frente à esta cisão algumas forças do MCI ficaram verdadeiramente confusas ou indecisas e, por falta de maiores informações mantiveram relações com esta que se revelou ser uma pequena gangue.

Qualquer um que esteja verdadeiramente interessado sobre a situação do que corre na Alemanha pode encontrar documentos do Comitê Bandera Roja-CBR (ver site Dem Volk Dienen – Servir ao povo) que apresentam uma ampla fundamentação ideológica e política bem como avanços práticos contundentes, em correspondência a estes princípios.

Entretanto, já há algum tempo certos direitistas e recalcitrantes se aproveitaram desta situação de surgimento destas tendências e buscaram oportunistamente  erigir a “JW” como a “verdadeira organização maoista na Alemanha”. Este patrocínio generoso e imediatista não obedece a qualquer verificação dos princípios proletários, mas em função da mera conveniência política de servir-se deste tipo de agrupações como ponta de lança para contrapor-se ao avanço do MCI, unidos sob o velho cacarejo do revisionismo de todos os tempos de acusar a esquerda de “dogmatismo”. Sem nunca fornecer quaisquer fundamentação teórica ou prática, a “JW” passou a atacar o CBR com os epítetos de “pequena seita”, “sectários”, “dogmáticos”, “gonzalistas”, etc.

A “JW”, em seu afã de publicidade e protagonismo, aceitou o miserável papel de peão no tabuleiro e foi atirado por seus patrocinadores na “cova dos Leões”, enquanto os verdadeiros responsáveis pelo incidente de Berlim, guardam silêncio cúmplice. Por isso consideramos que a correta compreensão, debate e posicionamento de todos sobre este acontecimento, é parte do necessário desenvolvimento da luta de duas linhas que opõe duas concepções e duas linhas opostas sobre o internacionalismo e impulsionamento do MCI, justo no momento em que se avança a luta pela superação cabal da dispersão de forças nele.

Assim que esta agressão é um ataque não apenas a um contingente de militantes revolucionários de Berlim, ou da Alemanha, o que por si já seria fato grave, mas constitui-se num ataque da oposição direitista e liquidacionista à luta pela reunificação do Movimento Comunista Internacional, como está irrefutavelmente caracterizado nos fatos e descaradamente tergiversado no pronunciamento de seus autores.

Tal acontecimento está na base da inevitável e necessária luta de duas linhas no MCI, tais atos, por mais grotescos que sejam, não são uma atitude impensada ou arroubos de jovens diante de uma divergência aguda e menos ainda um fato isolado. Expressam posições ideológico-políticas no seio do MCI que ao contrário de basear-se nos métodos e critérios proletários de tratamento das contradições internas, ou seja a luta de duas linhas franca e leal, pretendem se impor por métodos administrativos e burocráticos, que como no caso em questão, desbarranca para a prática do gangsterismo. Por detrás de tais atitudes há concepções e posições ideológico-políticas cuja correspondência em métodos se equivalem aos mesmos métodos e critérios da burguesia do vale-tudo. Portanto faz-se necessário ir ao fundo da questão e pôr sobre a mesa sua verdadeira natureza, pois que é o método sujo de luta a serviço daqueles que, falando em marxismo-leninismo e inclusive maoísmo se opõem à luta de duas linhas. Desmascarar essas vis intenções é parte da luta de duas linhas por deslindar claramente a linha vermelha com o revisionismo e o oportunismo.

Duas concepções de internacionalismo e duas linhas opostas
no Movimento Comunista Internacional

Nos últimos anos o MCI vive um inegável e potente ressurgimento. Este ressurgimento é resultado do acúmulo de duras lutas de duas linhas no seu interior, do combate implacável ao revisionismo de velho e novo cunho, tais como o avakianismo, prachandismo e a Linha Oportunista de Direita no Peru, de modo inseperável do combate ao imperialismo, seus lacaios e toda a reação. Velhos líderes oportunistas e revisionistas, bem como seus cúmplices liquidacionistas estão sendo desmascarados e derrotados, e o maoísmo está ganhando batalhas para se afirmar como mando e guia da Revolução Mundial.

A persistência e desenvolvimento das Guerras Populares na Índia, Peru, Filipinas e Turquia, derrotando as sucessivas campanhas de cerco e aniquilamento, bem como os chamados aos “acordos de paz” e capitulação, são uma grande fonte de inspiração e sólidos pilares do maoismo para derrotar o revisionismo e todo oportunismo. Com o terreno limpo das ervas daninhas e em meio à crise geral do imperialismo, por todo mundo, por todos os continentes e por crescente número de países oprimidos e imperialistas, florescem e se desenvolvem partidos e organizações maoístas levantando a bandeira da guerra popular.

Desfraldando, defendendo e aplicando o maoismo a dispersão de forças está sendo superada através da reunificação dos comunistas em todo mundo, parte por parte, tarefa que hoje se plasma na realização necessária da Conferencia Internacional Maoísta Unificada (CIMU) que dê origem a uma nova Organização Internacional do Proletariado de base e guia no maoísmo.

O V Encontro de Partidos e Organizações marxistas-leninistas-maoístas da América Latina, realizado em maio de 2016, representou um marco neste processo. Os partidos e organizações que tomaram parte do mesmo e outros que se somaram, passaram a trabalhar sistematicamente pela reunificação dos comunistas no mundo, avançando através do impulso de seus processos em cada país, das campanhas de apoio às guerras populares em curso, na defesa dos presos políticos e prisioneiros de guerra revolucionários e pela realização de uma Conferencia Internacional Maoista Unificada que dê origem a uma nova Organização Internacional do Proletariado.

Partindo da compreensão de que os comunistas não se rebaixam a ocultar seus objetivos e propósitos e de que a verdadeira unidade não pode ser alcançada sem dura e persistente luta de duas linhas, os Partidos e Organizações que tomaram parte no V Encontro entregaram ao MCI, para debate e tomada de posição, três declarações conjuntas: “Sobre a situação internacional e as tarefas do MCI”, “Celebrar os 50 anos da Grande Revolução Cultural Proletaria com Guerra Popular até o Comunismo” e “Resolução de solidariedade classista ao PCI Maoista”.

Nestes documentos avançamos sobre questões de suma importância para a Revolução Proletária Mundial,  tais como a compreensão do maoísmo como nova, terceira e superior etapa de desenvolvimento do marxismo, a defesa da necessidade da construção concêntrica dos três instrumentos fundamentais da revolução, da militarização dos partidos comunistas, a compreensão sobre chefatura e pensamento guia para cada partido e a revolução pela qual briga e dirige, dentre outros aportes de validez universal do pensamento gonzalo.

Esta compreensão foi exposta na declaração conjunta do V Encontro, bem como em artigos nas edições  1 e 2 da revista El Maoista, e nas sucessivas declarações conjuntas de 1o de maio, 19 de junho (Dia da Heroicidade), 12 de setembro (Discurso do Presidente Gonzalo desde a jaula), 26 de dezembro (Nascimento do Presidente Mao) e de celebração dos 200 anos de nascimento do Grande Karl Marx, dentre outros documentos.

Estes documentos foram entregues como contribuição para o desenvolvimento da luta de duas linhas no MCI e foram amplamente debatidos com outros partidos do continente americano, por partidos e organizações da Europa que participaram da I Reunião de Partidos e Organizações maoístas da Europa, bem como são de conhecimento de partidos comunistas da Ásia.

Baseamos nos ensinamentos do Presidente Mao de praticar a unidade e luta, pois que a luta sem unidade é oportunismo de ‘esquerda’ e a unidade sem luta é oportunismo de direita. Este método corresponde ao marxismo, defendido e aplicado por Lenin e o Presidente Mao, o de preconizar a luta ideológica ativa por alcançar uma unidade cada vez maior e mais avançada, através de colocar os problemas sobre a mesa. Mais ainda, de atuar de forma franca e leal, de não urdir intrigas e maquinações e trabalhar pela unidade e não pela cisão, de praticar sistematicamente a crítica e autocrítica, como corresponde aos princípios do centralismo democrático.

Aqueles que afirmam que os partidos comunistas não devem expressar suas posições além do que é “a base de unidade atual”, com o pretexto de “preservar a unidade”, devem dizer primeiro com quem é esta “unidade atual” e como se chegou a ela. Não responder de forma clara e objetiva a este problema é não querer uma verdadeira unidade baseada nos princípios e concepções maoístas; é manifestação de conservadorismo, de resistência a avançar e oposição à luta de duas linhas. Esta posição leva a eludir a luta de classes como a base de tudo, amamenta a direita e, portanto, um sério desvio direitista. Quando os defensores dessas posições passam da atitude de resistência passiva a agir obstinadamente para impedir o desenvolvimento da luta de duas linhas, eles passam a desempenhar um papel ativamente negativo, de oposição à linha de esquerda e devem ser duramente combatidos.

Como bem remarcou o CBR em seu manifesto sobre os incidentes de Berlim, citando Lenin:
“um traço peculiar de todo oportunismo contemporâneo em todos os campos: seu caráter indefinido, difuso, inapreensível. O oportunista, por sua própria natureza, evita sempre plantear problemas de maneira concreta e decidida, busca a resultante, desliza como uma cobra entre pontos de vista que se excluem mutuamente, esforçando-se por ‘estar de acordo’ com um e com outro, reduzindo suas discrepâncias a pequenas alterações, a dúvidas, a bons desejos inocentes, etc., etc.”

Tal como manifestamos, uma vez mais, na Declaração Conjunta de 1o de Maio deste ano, compreendemos que os critérios ideológicos e políticos fundamentais para a unificação dos comunistas no mundo, tarefa que hoje se condensa na necessidade de uma Conferência Internacional Maoísta Unificada são:

“A unidade dos comunistas ao nível mundial exige portanto 1) a defesa do Maoísmo, como nova, terceira e superior etapa do marxismo, contra todo tipo de revisionismo, novo e velho, tais como as Linhas Oportunistas de Direita no Peru, avakianismo e prachandismo, 2) a defesa da Guerra Popular como a estratégia militar superior da classe, Linha Militar do Proletariado, centro da Linha Política Geral para o Movimento Comunista Internacional, meio para realizar as revoluções de nova democracia e socialistas, para derrotar a Guerra Imperialista mundial se esta se impõe, opondo a ela Guerra Popular Mundial.”

Consideramos que estes elementos, tomados como uma unidade, expressam no fundamental o que é o Movimento Comunista Internacional hoje, ou seja, a linha de demarcação entre marxismo e revisionismo. Essa base de unidade é resultado de duras lutas de duas linhas em meio ao fogo da luta de classes, na qual o MCI tem se depurado dos elementos revisionistas e oportunistas, reafirmado a plena vigência do maoísmo, adicionados das contribuições de valor universal aportadas pela Guerra Popular no Peru e o PCP que a dirige e pelo pensamento gonzalo que a guia. Aportes estes que partem da afirmação de que o maoísmo é terceira, nova e superior etapa de desenvolvimento do marxismo e da vigência universal da guerra popular.

Baseados nestes critérios, guiados pelo internacionalismo proletário, é que os partidos e organizações que tomaram parte do V Encontro, bem como os que aderiram a esta inciativa e campanhas, passaram a trabalhar de forma sistemática e planificada pela CIMU, pondo em jogo todos os fatores positivos, unir todas as forças possíveis de serem unidas de modo a servir à luta pela reunificação dos comunistas, pela reconstituição da Internacional Comunista, tarefa que hoje se concretiza na luta por uma Conferencia Internacional Maoista Unificada e fundação de uma Nova Organização Internacional do Proletariado.

Desde então uma série de Encontros e reuniões gerais e regionais, campanhas e ações mundiais têm sido realizadas, num trabalho coordenado em sua planificação e execução: pelos 50 anos da GRCP, em defesa da Vida e saúde do Presidente Gonzalo, pelos 100 anos da Grande Revolução Socialista de Outubro, contra a cúpula imperialista do G20 em Hamburgo, e a grande Campanha pelos 200 anos do grande Karl Marx, servindo a avançar na reunificação dos comunistas em todo mundo.

A Campanha Mundial pelos 200 anos de nosso grande fundador Karl Marx, sob a consigna “Proletários de todos os países, uni-vos!” tem se desenvolvido de forma vigorosa e coordenada, demonstrando a vitalidade e o avanço na unificação dos comunistas no Mundo.

As ações da Campanha Mundial pelos 200 anos do grande Karl Marx expressam grande progresso do Movimento Comunista Internacional. No dia 1o de Maio, por todo mundo, no campo e cidade, massas marcharam sob direção do maoísmo, desfraldando a defesa da guerra popular. Partidos e organizações marcharam pela primeira vez em décadas sob uma única bandeira vermelha, sob uma única consigna, e uma única direção, como parte de uma ação única e coordenada.

No dia 5 de Maio, enquanto alguns sopraram velas, os maoístas realizaram ações contundentes por todo mundo na mesma noite e sob uma mesma consigna “Proletarios de todos países, uni-vos”, centenas de bandeiras vermelhas do Comunismo foram içadas em cidades e zonas rurais de dezenas de países, unindo-se aos heroicos combatentes da guerra popular na Índia, Peru, Filipinas e Turquia.

Contudo, ante à marcha dos partidos maoistas pela reunificação dos comunistas em todo mundo, alguns recalcitrantes baseados em seu afã de hegemonismo passaram a opor-se a esta marcha, fazendo de tudo para detê-la. Aqueles que rejeitam a luta ideológica franca e ativa e se recusam a trabalhar coletivamente com aqueles com os quais discrepa, como vulgares liberais preconizam a cisão, apregoam a unidade sem princípio, para impôr seus pontos de vista, preconizam e praticam, portanto o nefasto hegemonismo.

Esta parece ser a atitude da alta direção da ILPS, perante o movimento comunista na Alemanha e  Movimento Comunista Internacional. Esta aparenta ter dois pesos e duas medidas sobre o que ocorre na Alemanha. Como alguns outros que se arvoram ao papel de árbitro implacável ante ao que julgam em seus critérios ser manifestação de “sectarismo”, “dogmatismo” e “esquerdismo”, agora, ante a uma agressão física a ativistas revolucionários por parte de quem agiu no mais vil e repugnante estilo gangster, e até então eram referenciados por “democráticos”, mostram-se incrivelmente omissos e indulgentes diante desse covarde ato.

Durante anos, a única página web na Alemanha que difunde notícias e apoio, ativamente a Guerra Popular nas Filipinas foi o Dem Volk Dienen, sem que nunca tenha sido mencionado pela direção da ILPS, da NDF (Frente Nacional Democrática - Filipinas) ou qualquer organização afiliada. Mas quando este mesmo blog publicou um artigo no qual o autor expressava uma opinião crítica sobre as “negociações de paz” entre a NDF e o recém eleito governo do genocida Duterte, este foi alvo de injuriosas acusações travestidas de indignada crítica política, publicada pelo porta-voz da NDF em seu site oficial, com que passou imediatamente a estigmatizar os autores de tal crítica de “revolucionários de internet”, de forma absoluta e sem apresentar maior razão ou fundamento aos camaradas alemães que lutam pela revolução na Alemanha com acusações do tipo:

“Se você está empenhado em uma revolução real e não em uma fraseologia revolucionária, como um passatempo favorito de um revolucionário de poltrona, você pode ter avaliações realistas do que é atingível e qualquer momento dado, baseado nos objetivos concretos e condições subjetivas e no balanço da correlação de forças entre revolução e contra revolução"

e segue afirmando:

“Somente revolucionários pequenos burgueses, ou filisteus de “esquerda”, rejeitarão qualquer pensamento sobre reformas só porque não se encaixa em sua compreensão dogmática e estreita do Marxismo como apenas trovões e tormentas, sem nenhum lugar para reformas básicas”

Diferentemente parece ter sido o critério adotado quanto à “JW” de Berlim. Contudo logo que estes anunciaram uma campanha de “solidariedade” à Guerra Popular nas Filipinas, após uma longa visita as bases revolucionárias nas Filipinas, este foi objeto de efusiva saudação por parte da alta direção da ILPS, em março de 2018.

Desde então a “JW” de Berlim, passou a ser pintada com as mais belas cores, seus componentes saudados como notáveis revolucionários, e seus graves erros tais como agressões, delações, e cisionismo no movimento revolucionário da Alemanha, foram convenientemente ignorados e ou desconsiderados enquanto tais.

Esta aliás, tem sido atitude similar e correlata da alta direção da ILPS em relação ao movimento revolucionário no Brasil: não distinguir marxismo de revisionismo, apregoar uma unidade sem princípios, política de amigos, em prol de seu hegemonismo, ademais da política de disseminar a cisão (tal como a política de Avakian e seu partido na época do MRI) nas organizações que não aceitam seus métodos administrativos e diplomáticos no tratamento das divergências.

A ruptura com a ILPS por parte de organizações democráticas revolucionárias do Brasil, juntamente com outras organizações da Índia, Turquia, Grécia e outros, ademais das divergências sobre o ecletismo programático e práticas oportunistas da ILPS, se deveram principalmente quanto ao método e estilo de trabalho e direção. E a gota d’água foi a sumária revogação de mandatos eleitos em congresso por uma conveniente maioria no seu Conselho, sem qualquer discussão sobre divergências importantes. Por não aceitar a continuidade de tais métodos administrativos-burocráticos no tratamento das contradições internas numa organização que se define pelo centralismo democrático, ditas organizações, muitas das quais suas co-fundadoras passaram a ser alvo de injúrias e da gritaria clichê de tachar de seitas ultraesquerdistas, dogmáticas e sectárias.

No Brasil, quando do aparecimento de um grupo juvenil, dentre inúmeros surgidos nos últimos anos em oposição ao oportunismo da “esquerda” eleitoreira no gerenciamento do velho Estado, nosso Partido franca e sinceramente criticou seu ecletismo ideológico em pretender conciliar marxismo com Ideia Juche. Embora seu principal dirigente declarasse estar de acordo com a ideologia, linha política geral e programa do P.C.B.(FV),e inclusive ter solicitado seu ingresso através de uma carta de 20 páginas, claudicava ao apoiar o governo oportunista do PT em bancarrota, sob a rota argumentação de que este estava sendo atacado pela direita. Logo ficava evidente sua política de buscar um patrocínio internacional, além do alinhamento com o revisionista Partido do Trabalho da Coreia, passou a denominar-se União de Reconstrução Comunista-URC, por “reconstruir o Partido Comunista do Brasil”, estabeleceu contato com a ILPS.

A alta direção da ILPS se apressou em promover este grupo como a mais gabaritada organização revolucionária do Brasil. Em conversas via internet-skype com dirigentes deste grupo, a direção da ILPS atacou as organizações democráticas revolucionárias do Brasil, afirmando que elas haviam sido afastadas da ILPS por ter posições sectárias e de ultraesquerda. Até aí tratava-se de divergências, no entanto no afã de injuriá-las, não conteve sua língua, e referindo-se ao Cebraspo [Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos], uma organização democrática legal, passou a insinuações policialescas afirmando que “o problema com Cebraspo é o partido por trás dele...” insinuando que esta organização teria por trás o clandestino P.C.B.(FV). Ao final de tais conversações, por quase três horas na internet, deu lições e conselhos aos novos pupilos de que é preciso trabalhar conjuntamente com o Partido dos Trabalhadores - PT, PCdoB e MST, apesar de eles mesmos porem-se de acordo que tais organizações são revisionistas, oportunistas e comprometidas com o imperialismo. As tentativas desta tal URC de lançar difamações e cizânias entre a juventude em relação ao P.C.B.(FV) só lhe rendeu fracassos, não indo além do que sempre foi: um grupo eclético sem qualquer vínculo com massas. Foi assim que se pretendeu responder à crítica dos camaradas alemães às “negociações de paz” da NDF com Duterte, ou a baixeza de que em conversas com outros interlocultores, gratuitamente nos atacaram, afirmando que o P.C.B.(FV) era só um grupo de internet.

Muito antes desses ataques nosso partido escutou durante décadas esses mesmos impropérios de “dogmáticos”, “sectários”, etc., vindos das correntes trotskystas e outras do socialismo pequeno-burguês do Partido dos Trabalhadores-PT, bem como dos calejados revisionistas do PCdoB, PCbrasileiro e dos reformistas cristãos-castristas do MST. Hoje estes partidos estão desmoralizados após 14 anos empoleirados nas burocracias do velho Estado e seu governo de turno presidindo a repressão genocida às massas em luta. Em frangalhos, desmoralizados ante às massas como traidores por sua longa lista de crimes contra o povo, enquanto os verdadeiros comunistas são chamados pelas massas mais combativas, inclusive por aquelas que vão se libertando do engano eleitoreiro de que foram vítimas, clamando por direção revolucionária.

Esta é a mesma atitude tomada na América Latina em apoio aos regimes populistas manipuladores das massas e seus governos peões no tabuleiro da pugna interimperialista. A direção da ILPS se empenha não só para arregimentar toda e qualquer organização revisionista, reformista e oportunista, órfãs dos fracassados governos traidores do povo, algumas das quais notórias anti-maoístas, desde que sirvam aos seus interesses hegemonistas, mas também em atiçá-las contra o movimento revolucionário e sua direção maoísta.

A bandeira do “combate ao dogmatismo” e “à ortodoxia”, “combate ao esquerdismo” e ao “sectarismo” não é algo raro, ao contrário são palavras frequentes sempre quando o movimento revolucionário sofre derrotas, atravessa períodos de duras dificuldades e quando a situação revolucionária ganha maior desenvolvimento. Por isto mesmo a utilização destas palavras não são novidade alguma no MCI. O que a experiência histórica nos comprova é que elas nunca foram desferidas contra gente da laia dos Berntein e Kautsky, dos Trotsky,  Kruschov, Liu e Teng, e sim contra Lenin, Stalin, o Presidente Mao, Chiang Ching e o Presidente Gonzalo. Portanto tais arengas não nos soam nem estranho e nem surpreendente de onde e de quem elas partem.

Esta viragem crítica de partidos, como bem observa Lenin, antes “ortodoxos” está acompanhada da sua propensão ao revisionismo. Recordemos o miserável Prachanda, quando do início da Guerra Popular no Nepal afirmava “odeio o revisionismo!”, quando se prenunciava sua vil traição, entrando aos famigerados “acordos de paz”, passou a predicar que o perigo principal para o MCI e a revolução proletária era o “dogmatismo”. Que passos seguiu senão os abertos por Kruschov e já trilhados por Liu Shao-chi e Teng Siao-ping? Na Conferência de Partidos Comunistas e Operários de 1957, em Moscou, em resposta ao cacarejo de Kruschov de que o problema era o dogmatismo, o Presidente Mao, defendendo a necessidade de combater todo tipo de desvio, seja de direita ou de ‘esquerda’ deslindou implacável e categoricamente afirmando que o perigo principal para o MCI e a revolução proletária “segue sendo o revisionismo”.

Camaradas,

O grande Lenin, opondo-se ao social-chauvinismo de Kaustky, nos ensinou que o verdadeiro internacionalismo proletário para os comunistas está em que “os interesses do movimento operário em um país dado, se submetem aos interesses do movimento mundial de emancipação dos trabalhadores em sua totalidade” e o Presidente Mao afirmou que “o internacionalismo é o espírito do comunismo”. Acaso uma posição que não expresse tal axioma representa o internacionalismo proletário e serve ao desenvolvimento da revolução na Alemanha, Brasil,  América Latina e ao MCI?

O Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha), saúda efusivamente aos ativistas e militantes revolucionários proletários da Alemanha, em especial aos comunistas e combatentes em formação do Comitê Bandeira Vermelha, que assumiram a gloriosa bandeira da luta pela reconstituição do Partido Comunista da Alemanha, honrando-a com suas ações pela revolução na Alemanha a serviço da Revolução Mundial. Saudamos a marcha dos Partidos e Organizações maoístas no mundo, que através de duras lutas de duas linhas em meio à luta de classes contra o vento e a maré, combatendo de modo implacável o revisionismo e todo oportunismo de forma inseparável do combate ao imperialismo, seus lacaios e toda a reação, avançando em todos as partes do mundo, praticando o marxismo e não revisionismo, internacionalismo e não chauvinismo/nacionalismo estreito, trabalham pela unidade e não pela cisão, pela reunificação dos comunistas e não por sua dispersão. Saudamos as jovens forças do proletariado que ousam “desafiar o imperador” com as invencíveis bandeiras do maoismo e da guerra popular. Saudamos a Grande Campanha Mundial pelos 200 anos do grande Karl Marx, campanha histórica que está servindo brilhantemente ao avanço do maoismo e do MCI.

Saudamos muito especialmente as Guerras Populares da Índia, Peru, Filipinas e Turquia e os Partidos Comunistas que as dirigem, mantendo erguido, em meio a incontáveis heroísmos e sacríficos, o sol vermelho do maoismo para as massas exploradas e oprimidas de seus países e de todo o mundo.

Em meio ao aprofundamento da crise geral do imperialismo, em que se desenvolve de forma desigual a situação revolucionária no mundo, as condições objetivas e subjetivas para um novo e poderoso impulso à Revolução Mundial estão amadurecendo formidavelmente com as revoltas populares e principalmente com a persistência heroica das guerras populares e a preparação para o início de outras novas. A superação da dispersão de forças dará um salto com a CIMU e a fundação de uma Nova Organização Internacional, esta é uma marcha inexorável.

Viva o marxismo-leninismo-maoísmo principalmente maoísmo e os aportes de valor universal do pensamento gonzalo!
Morte ao revisionismo de velho e novo cunho e a todo oportunismo!
Pela Conferência Internacional Maoísta Unificada!
Abaixo a guerra imperialista! Viva a invencível guerra popular!
Viva o Grande Karl Marx e sua obra imortal!

Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha)
Comitê Central


Brasil, junho de 2018

MENSAJE DEL MPP(CR) A LA GRA CELEBRACIÓN INTERNACIONAL DEL 200°ANIVERSARIO DEL NACIMIENTO DEL GRAN CARLOS MARX

Hoy publicamos del documento del MPP (CR) para la gran celebración del 200° Aniversario del Nacimiento del Gran Carlos Marx en Bremen, solamente un adelanto que nos ha sido remitido, el documento completo se nos ha indicado será publicado completamente por los organizadores en su oportunidad. Leer aquí:


!Proletarios de todos los países, uníos!

MENSAJE DEL MPP(CR), ORGANISMO GENERADO POR EL PCP PARA EL TRABAJO PARTIDARIO EN EL EXTRANJERO A LA GRAN CELEBRACIÓN INTERNACIONAL DEL 200°ANIVERSARIO DEL NACIMIENTO DEL GRAN CARLOS MARX

BREMEN 30 DE JUNIO DE 2018

Estamos aquí reunidos para rendir homenaje a Carlos Marx en el 200° Aniversario de su nacimiento. Quien fundamento el marxismo. Marx y Engels cogen lo mejor que había producido la humanidad: la Filosofía clásica alemana, la Economía Política inglesa y el Socialimo francés para fundamentar la ideología del proletariado. Marx es el primer más grandioso jefe de la revolución proletaria mundial.
Expresamos nuestro saludo exhultante y pleno de optimismo revolucionario a nuestra ideología el marxismo-leninismo-maoísmo.

Con este motivo saludos a todos los partidos y organizaciones maoístas presentes, así como a otros revolucionarios y progresistas  que están presente en esta grandiosa celebracion por el gran Carlos Marx.
Saludamos al proletariado internacional y a los pueblos del mundo y a la revolución como tendencia histórica y política principal en el mundo actul, a la nueva gran ola de la revolución proletaria mundial que se desarrolla en la etapa de la ofensiva estratégica de la misma y de barrimiento del imperialismo y la reacción de la faz de la Tierra, mediante la guerra popular mundial.

Expresamos nuestro saludo y sujeción al Presidente Gonzalo y al pensamiento gonzalo, al heroico combatiente que dirije la revolución, el PCP, a quienes asumiendo su papel de comunistas vienen llevando a cabo la tarea de la Reorganización General del Partido para darle un nuevo gran impulso a la guerra popular.

Saludamos a la guerra popular en el Perú, en la India, Filipinas y Turquía y a todas las que necesariamente vendrán. Saludamos a las luchas armadas de las naciones oprimidas contra la guerra de agresión imperialista, que nos demandan la reconstitución del PC para su transformación en guerras populares de liberación para convergir en un solo torrente, laguerra popular mundial.
Saludamos los certeros avances en el procesos reconstitución de los partidos en América Latina, Europa y el mundo entero.

Expresamos nuestro saludo muy especial al Comité Bandera Roja de Alemania, organizadores de esta grandiosa y muy exitosa celebración internacional. La lucha de los c. del Comité Bandera Roja por la reconstitución de su Partido Comunista, transita por la misma senda trasada por Carlos Marx y de su inseparable camarada de armas Engels, de K. Liebnicht, Rosa Luxemburgo y tanto otros incontables representantes del proletariado de este país .

Este evento es una buena expresión del exitoso camino emprendido por la reconstitución del partido que llevan exitosa y ardorosamente nuestros camaradas en este país, en medio de la más dura lucha de clases, constituyendose en vanguardia del proletariado contra la mas negra reacción desatada por el imperialismo de este país con su “cacería de brujas”, en lucha a muerte contra el revisionismo y el oportunismo de todo tipo, aplastando la cruzada gansteril de toda clase de micropandillas callejeras, como lo acontecido el 1 de mayo en la marcha en Berlin, donde fueron atacados activistas revolucionarios internacionalistas alemanes por la micropandila oportunista y liquidacionista del autodenominado “Jugend Widerstand”. Estos elementos asumiendo el papel de condotieros de la reacción, del revisionismo y del oportunismo desesperados por los avances seguros en la tarea de la reconstitución del partido atacaron a comunistas en formación en plena marcha proletaria. Condenamos, rechazamos y marcamos a fuego a estos elementos que perpetraron esta acciòn de reprimir a la revolución y a las fuerzas siniestras de la màs negra reacción y el revisionismo que están detrás.

Pero nada podrá frenar a nuestros camaradas en la decisión tomada. Desarrollo exitoso que se conquista paso a paso en medio de dura lucha de dos líneas combatiendo el revisionismo como peligro principal,  enarbolando, defendiendo y aplicando el marxismo-leninismo-maoísmo, pensamiento gonzalo, como ellos mismo lo han establecido para generar el pensamiento guía de la revolución proletaria en este país imperialista. Camaradas, nosotroes estamos seguros y les aguramos grandes victorias en este camino:

....................................

Camaradas, queremos terminar con las siguientes palabras del Presidente Gonzalo:


Al hacer la revolución se transforma el mundo y también a los hombres. La raíz es el egoísmo y es una base del revisionismo y requiere tiempo. Desarraigar el individualismo va a ser un proceso largo. Al ir generando nuevas relaciones de producción más desarrolladas va a reflejarse más y más en la idea en toda la sociedad.
Los comunistas debemos ser trompetas que anuncien el futuro. La ideología permite que desarrollemos y avancemos en la lucha contra el egoísmo. Debemos ser los más avanzados. Trabajamos por una meta que no vamos a ver. Reducir cada vez más el individualismo y el egoísmo. Es en las luchas donde la acción golpea más el individualismo. La ideología es lo que permite avanzar.

¡Viva el 200°Aniversario del nacimiento del gran Carlos Marx quien fundamentó el marxismo y junto con Engel, dió nacimiento al mivimiento comunista internacional!

¡Viva el marxismo-leninismo-maoísmo, principalmente maoísmo con los aportes de validez universal del Pensamiento Gonzalo!

¡Por la pronta realización de la Conferencia Internacional Maoista Unificada¡

¡Por una nueva organización internacional de Partidos y Organizaciones Marxista-Leninista-Maoístas como un nuevo paso adelante en la reunifación de los comunistas a nivel mundial!

MPP (CR)
Bremen, 30 de junio de 2018

Thursday, June 28, 2018

WEB Servir ao Povo de todo Coração: Exemplos que ilustram a lei da unidade dos contrários (Pequim Informa, 1966)

jueves, 28 de junio de 2018


Exemplos que ilustram a lei da unidade dos contrários (Pequim Informa, 1966)


Nota do blog: Publicaremos a partir de hoje compilação traduzida pelo Núcleo de Estudos do Marxismo-leninismo-maoismo de 19 ensaios que sintetizam as experiências de camponeses, operários, soldados e quadros na China no estudo e a aplicação dos ensinamentos do presidente Mao. Ensaios estes publicados no ano de 1966 em Pequim Informa.
Para facilitar a leitura, publicaremos por partes tomando como orientação a divisão em grupos temáticos estruturada já em o “Cem exemplos que ilustram a lei da unidade dos contrários”.
Esta primeira parte está composta por Apresentação, Sumário, Prefácio de apresentação da Pequim Informa e primeiro bloco temático.

Exemplos que ilustram a lei da unidade dos contrários

Apresentação
Os seguintes dezenove ensaios, com que se sintetizam algumas experiências sobre o estudo e aplicação dos ensinamentos filosóficos do Presidente Mao, foram produzidos no ano de 1966 na República Popular da China por operários, camponeses, soldados e quadros revolucionários. Eles compõem a seleção publicada por Pequim Informa, sob o título geral de “Os operários, camponeses e soldados estudam e aplicam de maneira viva o pensamento filosófico de Mao Tsetung”. Por sua vez essa seleção se baseou na publicação de “Cem exemplos que ilustram a lei da unidade dos contrários”, feita pela revista filosófica chinesa, de então, a Zhexue Yanjiu (Investigação Filosófica).

Às vésperas do desencadear da Grande Revolução Cultural Proletária, a linha proletária no Partido Comunista da China estava travando contra o revisionismo, uma luta sem quartel e em todas as frentes, seguindo na esteira da grande confrontação que o Partido Comunista da China desatara abertamente contra o revisionismo contemporâneo de Kruschov. Nesta luta grandes massas de operários, camponeses, soldados e quadros revolucionários foram mobilizados e estavam empenhados ardorosamente por assimilar o marxismo-leninismo e o pensamento Mao Tsetung, batendo-se por estudar e aplicar vivamente seus ensinamentos, destacadamente seu pensamento filosófico. Tratava-se do grande movimento vanguardeado pelo Presidente Mao, para o qual as massas populares estavam convocadas a participar ativamente, denominado por “Três grandes movimentos revolucionários: a luta de classes, a luta pela produção e a experimentação científica”. Os estudos e aplicação viva do pensamento filosófico do Presidente Mao abriu de forma inusitada na história a participação das grandes massas populares, particularmente nesta esfera da prática social – a da investigação científica – e desencadeou um poderoso movimento revolucionário que, sem qualquer margem a dúvida, jogou papel relevante no início e desenvolvimento da GRCP.
Ao estudarmos estes ensaios podemos nos dar conta do pioneirismo e grandiosidade deste movimento e seu significado transcendental para a revolução proletária mundial daqueles anos. Quando, mesmo com os grandes embates da GRCP, o revisionismo logrou derrotar a linha proletária no Partido Comunista da China e no Estado da República Popular Chinesa, a luta por impulsionar a nova onda da revolução proletária mundial em nossos dias, particularmente pelas novas gerações de revolucionários marxistas-leninistas-maoístas, não pode prescindir de tais aportes.
Na impossibilidade, pelo menos de momento, de ter em mãos o conjunto das publicações da importante revista filosófica referida acima, buscamos compilar os dezenove ensaios publicados pela Pequim Informa e esperamos poder colocar à disposição outros mais que a mesma Pequim Informa publicou. A publicação de Pequim Informa reproduz a estrutura da publicação da Zhexue Yanjiu que apresentou os cem ensaios divididos em doze grupos correspondentes a doze temas, doze ângulos ou formas com que se expressa a lei da unidade dos contrários, lei fundamental da dialética materialista. De forma que os dezenove ensaios são representativos destes doze temas.
A Zhexue Yanjiu, revista bimestral, publicou os “Cem exemplos que ilustram a lei da unidade dos contrários” em 1966, para o que dedicou todo seu segundo número daquele ano. Já a seleção de dezenove ensaios retirados desta edição de Zhexue Yanjiu foi publicada por Pequim Informa em seus números 22, 23, 24, e 25 daquele mesmo ano. A nossa compilação foi baseada nestes números de sua edição em espanhol e a tradução feita por nós.
Para facilitar o entendimento da distribuição dos dezenove ensaios nos doze grupos de temas os enumeramos em arábico e em romanos os doze temas, como está disposto no sumário abaixo. Mantivemos o prefácio do redator de Zhexue Yanjiu e suas notas que acompanham cada um dos doze temas. Ademais mantivemos a nota de apresentação que a Pequim Informa inseriu quando deu início às publicações.
Núcleo de Estudos do Marxismo-leninismo-maoísmo
Janeiro de 2010

Sumário
IO conceito “um se divide em dois” se aplica a todas as coisas que existem no mundo
1 – Os Fan não são todos de uma mesma família
2 – Para combater os céus se deve compreender que “um se divide em dois”
3 – Utilização do conceito “um se divide em dois” para descobrir o desnível em nosso trabalho
4 – Trabalhando em comércio à luz de “um se divide em dois”
IIA causa fundamental do desenvolvimento de uma coisa está em sua contradição interna
5 – Se alguém quer amadurecer rápido, deve temperar-se conscientemente
IIIConhecer a particularidade da contradição, analisar concretamente as coisas concretas
6 – Resolver diferentes contradições mediante distintos métodos
IVApreender a contradição principal e concentrar forças para resolvê-las
7 – Como inventamos uma máquina compactadora elétrica manejável, leve, aperfeiçoada e barata ao apreender a contradição principal
VAnalisar as coisas cientificamente e apreender a essência através das aparências
8 – Removendo as cascas para chegar à essência dos assuntos
9 – Olhando através das aparências para descobrir a causa real de porque as plantas de arroz se tornam amareladas
VIPrestar atenção aos limites quantitativos que determinam as qualidades das coisas e realmente “ter os números na cabeça”
10 – Ao produzir aço em convertedores, há que se esforçar pela rapidez sobre a base de uma melhor qualidade
11 – Grande quantidade em alta qualidade
VIIO conteúdo determina a forma e a forma deve adaptar-se ao conteúdo do movimento da contradição dentro de uma coisa
12 – Os regulamentos não devem restringir o servir ao povo
VIIITodo trabalho deve partir da situação em seu conjunto; as partes devem subordinar-se ao todo
13 – Tratar corretamente a relação entre os interesses do Estado e o das massas
IXTratar corretamente a relação entre os homens e as coisas e entre a política e o trabalho; colocar em primeiro lugar o fator humano e o político
14 – Se não existem boas condições, criá-las e lograr que o trabalho se realize bem
15 – Se o homem escuta as palavras do Presidente Mao, a locomotiva funciona conforme os desejos do homem
XResumir constantemente a experiência e passar do reino da necessidade ao da liberdade
16 – Utilizar as leis objetivas e desenvolver continuamente a produção
XI A vitória do novo sobre o velho constitui uma lei eterna e inviolável
17 – Não há fim para a revolução nem limite para a produção
XIIDifundir a dialética própria das coisas, acelerar sua transformação e alcançar o objetivo da revolução
18 – Convertendo a ignorância em conhecimento
19 – A seca, uma coisa má, nos impulsiona a fazer a revolução

Os operários, camponeses e soldados estudam e aplicam de maneira viva o pensamento filosófico de Mao Tsetung

Aplicação da lei da unidade dos contrários

São muitos os excelentes ensaios escritos nos últimos anos por operários, camponeses, soldados e quadros revolucionários sobre sua experiência no estudo e aplicação de maneira viva do pensamento filosófico do camarada Mao Tsetung. Zhexue Yanjiu (Investigação Filosófica), revista bimestral de circulação nacional, dedicou todo seu segundo número de 1966 a uma seleção de tais escritos. Sob o título de “Cem exemplos que ilustram a lei da unidade dos contrários”, a revista publicou 100 artigos selecionados que, desde diferentes ângulos, esclarecem esta lei fundamental da dialética materialista. Contém ademais um Prefácio sobre a grande contribuição feita pelo camarada Mao Tsetung à dialética marxista-leninista. Pequim Informa escolheu alguns desses 100 artigos para sua publicação neste e em posteriores números junto com as 12 notas do redator inseridas em dita edição da revista. Publicamos a seguir o Prefácio, a primeira nota do redator e quatro artigos sobre o conceito “um se divide em dois”.
A Redação [de Pequim Informa]

Prefácio

Pela redação de “ZHEXUE YANJIU”
As massas de operários, camponeses, soldados e quadros revolucionários estudam em ampla escala as obras do Presidente Mao ao tempo que participam nos três grandes movimentos: a luta de classes, a luta pela produção e a experimentação científica. O estudo e aplicação em forma viva do pensamento de Mao Tsetung têm rendido grandes e frutíferos resultados. O fato de que grande número de pessoas utilizem conscientemente a lei da unidade dos contrários para solucionar problemas concretos nos diversos tipos de trabalho tem promovido em grande medida a revolucionarização da mente do homem assim como de seu trabalho. O pensamento de Mao Tsetung, ao apoderar-se das vastas massas, converte-se numa força formidável para a transformação do mundo.
O camarada Mao Tsetung disse: “A lei da contradição, isto é, a lei da unidade dos contrários nas coisas, é a lei mais fundamental da dialética materialista.” Também expressou: “A lei da unidade dos contrários é uma lei básica do universo.” O camarada Mao Tsetung desenvolveu o conceito de Lenin relativo a esta lei como núcleo da dialética, expondo a lei da unidade dos contrários como a lei fundamental da dialética materialista e revelando as interrelações entre esta lei e as outras leis da dialética materialista. Fez uma exposição criadora e completa do conteúdo desta lei, levando assim a uma etapa nova e superior a dialética marxista-leninista. Isto constitui uma grande contribuição do camarada Mao Tsetung à filosofia do marxismo-leninismo.
A lei da unidade dos contrários não é paralela às outras leis da dialética materialista, nem está num mesmo plano delas. As outras leis e categorias da dialética materialista, tais como a lei da transformação de quantidade em qualidade e vice-versa e a lei da afirmação e negação, etc., são, ao fim das contas, diferentes expressões e extensões desta lei fundamental: a unidade dos contrários.
A lei da transformação de quantidade em qualidade e vice-versa é a unidade dos contrários, de quantidade e qualidade, de mudança quantitativa e mudança qualitativa, no desenvolvimento das coisas. O movimento e o desenvolvimento das coisas se manifestam invariavelmente em dois estados: o estado de mudança quantitativa com os dois aspectos contraditórios dentro de uma coisa em um estado de unidade relativa; e o estado de mudança qualitativa, a dissolução desta unidade e a transformação de uma coisa em outra. A luta entre os dois aspectos contraditórios dentro de uma coisa determina a contínua transição da mudança quantitativa à mudança qualitativa e da mudança qualitativa à mudança quantitativa.
A lei da afirmação e negação é a unidade de contrários, da afirmação e a negação, no desenvolvimento das coisas. O desenvolvimento das coisas se expressa invariavelmente como um processo de afirmação – negação – afirmação – negação… O resultado da luta entre os contrários, afirmação e negação, é a extinção do velho e o surgimento do novo, o desenvolvimento de uma coisa desde uma etapa inferior para uma superior.
Outras categorias da dialética materialistas, tais como fenômeno [aparência] e essência, causa e efeito, forma e conteúdo, a parte e o todo, o particular e o geral, possibilidade e realidade, casualidade e necessidade, liberdade e necessidade, etc., são todas relações de contrários em aspectos particulares do processo do desenvolvimento das coisas.
Isto quer dizer que a lei da unidade dos contrários é a lei predominante já que todas as outras leis e categorias da dialética materialista são expressões e extensões suas. Ao estudar a dialética materialista, devemos, em primeiro lugar, estudar esta lei segundo o ensinamento do camarada Mao Tsetung. Todas as outras leis e categorias da dialética materialista resultarão incompreensíveis se se divorciam da lei da unidade dos contrários.
Mediante a aplicação desta lei, o camarada Mao Tsetung revelou e elucidou as contradições que existem na sociedade socialista. Ensinou-nos que devemos aprender a utilizar esta lei para observar e tratar estas contradições; saber distinguir as contradições no seio do povo das contradições entre o inimigo e nós e dar a ambas um tratamento correto; tomar a luta de classes e a luta entre o caminho socialista e o capitalista como o fator chave em todo nosso trabalho; e colocar a política proletária em primeiro lugar. Devemos seguir ainda mais estritamente os ensinamentos do camarada Mao Tsetung, não esquecer jamais a luta de classes, por sempre a política proletária no comando e nos opormos ao ecletismo e o compromisso sem princípios.
O camarada Mao Tsetung fez avançar e desenvolveu em todos os aspectos o marxismo-leninismo. O pensamento de Mao Tsetung representa o cume do marxismo-leninismo em nossa época. Devemos estudá-lo mais ainda. Devemos estudar a dialética revolucionária desenvolvida por ele. Para nós, o pensamento de Mao Tsetung é uma arma invencível para, em forma correta, observar as coisas, estudar os problemas, tratar as contradições e travar lutas. Devemos empregar de maneira ainda mais consciente esta aguda arma em nosso combate contra o revisionismo contemporâneo, o dogmatismo, a metafísica e a escolástica.
A dialética marxista não é uma filosofia morta relegada às bibliotecas. É uma filosofia viva nascida na luta revolucionária das massas e que, por sua vez, serve a esta luta. Ao estudar esta dialética revolucionária, devemos, portanto, pôr grande ênfase em sua aplicação prática.
Os 100 artigos que publicamos neste número [de Zhexue Yanjiu] são tomados de ensaios escritos pelas massas de operários, camponeses e soldados, assim como por quadros revolucionários, ensaios que mostram como seus autores estudam e aplicam de maneira viva o pensamento dialético do camarada Mao Tsetung, solucionam problemas e resumem seu trabalho ás luz da lei da unidade dos contrários. Estes exemplos, com seus fatos e comentários, são vívidos, combatentes e convincentes. Possuem um saber radicalmente diferente ao da filosofia confinada às bibliotecas, da filosofia que vai de abstração em abstração.

I – O conceito “um se divide em dois” se aplica a todas as coisas que existem no mundo

Nota do Redator: O conceito “um se divide em dois” se aplica a todas as coisas que existem no mundo. Cada coisa compreende dois aspectos contraditórios. Ao estudar uma questão ou ao tratar qualquer trabalho, devemos reconhecer suas contradições, analisá-las e esforçar-nos seriamente por resolvê-las. O camarada Mao Tsetung disse que a dialética marxista “nos ensina antes de tudo a observar e analisar certeiramente o movimento das contradições nas distintas coisas e sobre a base de tal análise, encontrar os métodos de resolver as contradições”. Também disse: “Temos que aprender a examinar as questões em todos seus aspectos, a ver não só o verso das coisas, senão também o reverso.” A aplicação do conceito “um se divide em dois” constitui para nós um método fundamental no estudo das coisas.
“Um se divide em dois” denota uma posição, um ponto de vista e um método. Nos anos recentes, as massas de operários, camponeses e soldados, assim como os quadros revolucionários, no curso de seu estudo e aplicação em forma viva do pensamento filosófico de Mao Tsetung, utilizaram este conceito na luta de classes, na luta pela produção e na experimentação científica, no trabalho político e ideológico, no treinamento militar, no combate, no melhoramento das técnicas, no manejo das máquinas, na agricultura, no comércio, no ensino, no tratamento das doenças e nos esportes com bola, com o propósito de reeducar-se e fazer bem seu trabalho revolucionário. O conceito “um se divide em dois” vem sendo gradualmente dominado pelas grandes massas de operários, camponeses e soldados, assim como pelos quadros revolucionários; e converteu-se numa arma mais afiada em suas mãos.

1 – Os Fan não são todos de uma mesma família
No distrito de Jeyang, província de Shensi, existe uma aldeia chamada Duma da Família Fan, no qual, salvo duas exceções, todas as famílias têm um mesmo sobrenome: Fan. Em 1962, alguns dos antigos latifundiários desse lugar, aproveitando a idéia de clã que ainda subsistia entre uma parte dos aldeões, tratavam de abrir o caminho para sua restauração mediante atividades tais como a compilação de “Árvore Genealógica do clã Fan”. Arguíam que todos os Fan tinham uma ascendência comum e, portanto, todos pertenceriam a “uma mesma família”. Porém os fatos revelados pelos antigos camponeses pobres e camponeses médios da camada inferior mostraram que as coisas não haviam sido, de nenhuma maneira, tal como estes latifundiários as apresentavam. No passado, alguns Fan eram proprietários da maioria das terras da aldeia, enquanto que outros não tinham nenhuma; alguns eram latifundiários e outros eram assalariados agrícolas; alguns levavam uma vida de esbanjamento enquanto outros morriam de fome e de frio. Podiam ter tido antepassados comuns, porém a descendência fazia tempo que se havia dividido em duas, em latifundiários e camponeses ricos, por uma parte e camponeses pobres e camponeses médios da camada inferior, por outra. Em nenhum sentido estes dois grupos eram “gente de uma mesma família”. Inclusive em “Árvore Genealógica” que patrocinaram os latifundiários, as pessoas se encontravam divididas em duas. Aqueles que haviam sido funcionários na velha sociedade tinham seus nomes escritos em vermelho; os nomes daqueles pobres que haviam sido considerados como insignificantes não foram admitidos no texto principal e só apareceram nos “suplementos”.
A luta de classes desenvolvida na aldeia despertou a consciência dos habitantes das Dunas da Família Fan. Começaram a romper o velho conceito de clã. Isto é uma coisa excelente. A luta entre as classes é a contradição fundamental na sociedade de classes. A distinção principal entre os homens é a distinção de classe e não reside nos sobrenomes: Chang, Li, Fan ou Wang. Os Fan estão divididos em dois: as classes dos exploradores e dos explorados, da mesma forma que os Chang, Li e Wang. O mesmo ocorre com as nacionalidades. A nacionalidade Han está dividida em duas e também estão a tibetana, a Chuang, a Uigur e todas as outras minorias nacionais. Todas as nacionalidades se dividem em exploradores e explorados. Toda a China e o mundo inteiro estão, também, divididos em dois. Por um lado, estão os imperialistas, os revisionistas e os reacionários dos diversos países e, por outro, os povos oprimidos e explorados. Se agruparmos as pessoas a uma mesma família, veremos que nós, operários, camponeses pobres, camponeses médios da camada inferior e o restante das grandes massas do povo trabalhador, pertencemos verdadeiramente a uma só família. Somos de uma mesma família com o Partido Comunista da China e o Presidente Mao e somos de uma mesma família com todos os povos oprimidos e explorados do mundo. Só mediante o conceito “um se divide em dois” podemos adquirir uma compreensão correta de todos os homens e coisas que existem no mundo.
(Por Yu Sin-yen. Publicado originalmente em Zhongguo Qingnian [Juventude Chinesa], nº 21, 1965, sob o título “Apontamentos sobre o estudo de ‘um se divide em dois’ ”.)

2 – Para combater os céus se deve compreender que “um se divide em dois”
Realizar o trabalho agrícola significa enfrentar-se ao Senhor dos Céus. Seca e inundação são os dois dramas maiores que ele costuma por em cena alternadamente. A luta contra as calamidades naturais é, no principal, um combate contra a seca ou a inundação, para o qual o conceito “um se divide em dois” tem demonstrado ser nossa mais afiada arma.
Sempre teremos a iniciativa em nossas mãos e seremos invencíveis se, ao concentrar nossa atenção no combate contra uma inundação, temos em conta a prevenção contra a seca e se, ao dirigir nossos principais esforços contra uma seca, temos em mente o perigo de inundação.
Em 1964 tivemos muitas chuvas. Cerca de 1.000 milímetros nesse ano, ou seja, quase o dobro da média normal. Em outubro só houve sete dias claros. Em tais circunstâncias, quando chegou a aração de outono, sugerimos, tomando em conta a umidade da terra nesses momentos e a possibilidade de uma seca posterior, que a terra se arara profundamente e se gradeara bem. Porém alguns tinham outras opiniões e expressaram: “Já que temos tantas chuvas e o solo está molhado, é melhor não gradear a terra arada. Isso ajudará a quebrar o solo e a matar insetos nocivos.”
Para assegurar uma boa colheita mediante a combinação correta da luta contra a inundação com as precauções contra a seca, sugerimos que os membros de nossa brigada de produção realizassem um estudo sobre como havíamos combatido contra as calamidades naturais nos últimos anos e tratassem de descobrir as leis que governam estas calamidades.
Descobriram que durante muitos anos a seca e a inundação se alternavam com frenquência: de uma seca a outra e vice-versa. Um refrão da localidade diz: “depois de uma grave inundação haverá uma seca e após uma grande seca virá uma inundação.” Porém em Nanliu, igualmente como em outras partes da província de Shansi, a seca produz mais calamidades que a inundação. Por isso, quando lutamos contra a inundação, devemos tomar precauções contra a seca. Finalmente estivemos todos de acordo no que se devia fazer: gradear bem depois da aração de outono. E isto foi o que fizemos nos 1.020 mu de algodoal que tem nossa brigada. Gradeamos o solo alcalino duas ou três vezes. Desta maneira logramos assegurar que a semeadura se fizesse a tempo e que as sementes brotassem bem.
Em 1965 houve com efeito uma rigorosa seca, que combatemos com resolução. Porém, ao mesmo tempo, pensamos na possibilidade duma inundação posterior. Por exemplo, ao cuidar do algodão, fizemos com que o adubo, o controle dos insetos nocivos e a poda se realizassem o mais cedo possível para que se dessem os frutos e se abrissem as cápsulas o quanto antes. Isto serviria possivelmente na luta contra a inundação e contra a seca. Como resultado, os campos cultivados nesta forma renderam uma média de uma cápsula e meia mais por planta que os outros. As cápsulas eram maiores, abriram-se mais cedo e produziram fibras mais longas. Além do que, construímos 100 diques em nossos trigais para melhorar o solo e conservar as águas.
Ao lavrar nossa terra, adotamos uma série de medidas entre as quais se incluem as seguintes: nivelação periódica dos campos, escavação da superfície do solo até uma profundidade que não passe de 33 centímetros, terraplanagem a uma altura não maior que 6,6 centímetros, utilização de terra escavada para encher as depressões e gradeamento da nova superfície do solo imediatamente após tê-la preparado. Tais medidas são eficazes contra a inundação e, além do que, asseguram que, em caso de uma seca prolongada, possamos semear a tempo e que brotem todas as sementes.

(Publicado originalmente em Remin Ribao em 16 janeiro de 1966, sob o título “O poder sem limites da dialética materialista”. Foi escrito por Chou Ming-shan quando era secretário da célula do Partido da brigada de produção de Nanliu, Comuna Popular de Nanfan, distrito de Chiangsien, província de Shansi.)

3 – Utilização do conceito “um se divide em dois” para descobrir o desnível em nosso trabalho
Como resultado de uma contínua série de inovações e a campanha de emulação socialista no trabalho realizadas nos últimos anos, obteve-se grandes progressos na produção dos dois fornos Siemens-Martin que tem na nossa oficina. Porém ainda aparece de vez em quando um desnível no trabalho dos dois fornos. Por exemplo, houve um tempo em que nosso forno nº 1, em comparação com o nº 2, tinha um período mais curto de funcionamento entre uma reparação e outra, consumia maior quantidade de matérias primas e gastava mais tempo para fazer uma fornada de aço. O que devíamos fazer com o forno nº 1 que marchava evidentemente atrás do outro? Devíamos aprender modestamente de nossos camaradas mais avançados ou estar satisfeitos com a situação existente? Escolhemos o primeiro.
Observamos cuidadosamente o trabalho de nossos camaradas do nº 2 e tratamos de aprender deles. Notamos que faziam seu trabalho com maior entusiasmo revolucionário que nós e utilizavam o gás em melhor forma. Demo-nos conta de que devíamos emular seu entusiasmo revolucionário e dominar seus avançados métodos. Após a experiência com mais de 300 fornadas de aço, desenvolvemos finalmente um método para variar a proporção do gás empregado nas diferentes etapas do processo de produção do aço: encher o forno, fundir e refinar o aço. Com este método não só pudemos alcançar o forno nº 2, senão também ultrapassá-lo na economia de materiais e no tempo necessário para cada fornada.
Quando souberam disto, os camaradas do nº 2 passaram de imediatamente a aprender conosco. Com nossa ajuda dominaram rapidamente o novo método. Ao mesmo tempo nos transmitiram sua experiência na reparação dos fornos. A ajuda mútua, o aprender um do outro e o empenho em alcançarmo-nos reciprocamente resultaram no aumento da produtividade de nossos fornos.
Ambos os fornos contaram com notáveis logros a seu favor em 1963. Em comparação com 1962, registraram um aumento de 14% na produção anual, um aumento de 1,77% na proporção de lingotes de aço de qualidade padrão, um aumento de 16% no período médio de funcionamento de um forno entre uma reparação e outra e uma queda de 16 minutos no tempo necessário para cada fornada. Efetuaram-se notáveis poupanças no consumo de ferro e carvão por tonelada de aço.
Pudemos alcançar estes êxitos devido principalmente a que, graças à educação do Partido, havíamos trabalhado duro para buscar os pontos atrasados em nosso trabalho e analisar e resolver as contradições descobertas. Os desníveis no trabalho são contradições. Na campanha de comparar-se com os avançados, aprender deles, alcançá-los e ajudar os atrasados, há que descobrir primeiro em que se está atrasado em relação aos outros, isto é, descobrir as diferenças entre uma entidade e outra, assim como entre uma pessoa e outra, para determinar assim com quem, na realidade, deve-se comparar, de quem aprender, a quem alcançar e que medidas se devem adotar para ajudar os menos avançados. Só nesta forma se podem resolver corretamente as contradições e promover a transformação das coisas no interesse da revolução. Na produção sempre existem contradições entre os avançados e os atrasados, entre as entidades e entre as pessoas; sempre existem diferenças no montante da produção, na qualidade dos produtos e no consumo de matérias primas e materiais, etc. Porém a questão importante é: Qual é a atitude que se tem para com estas contradições? Se tomamos o conceito dialético “um se divide em dois” como mostra guia e nos esforçamos por descobrir em que e porquê estamos atrás de outros e em que e porquê os outros nos levam a dianteira; e se nos empenhamos em adotar medidas concretas para alcançá-los, então poderemos converter o atrasado em avançado e o avançado em ainda mais avançado.
(Por Jan Sin-liang. Publicado originalmente em Jiefang Ribao [Diário da Libertação], 18 de setembro de 1964, com o título “Devemos buscar os desníveis ou os ‘pontos comuns’?”.)

4 – Trabalhando em comércio à luz de “um se divide em dois”
Cada dia, são muitos os clientes que um vendedor atende. Os clientes podem ser classificados, em geral, em dois grupos: os que compram algo e os que não compram nada. Alguns chegam com o propósito definido de comprar algo de que necessitam e, uma vez realizada a compra, deixam o armazém levando os artigos que tinham em mente. Outros, que chegam por casualidade, ocorre de encontrar algo de seu agrado e num momento decidem comprar e outros vêm somente a dar uma olhada. Antes eu considerava estes clientes desde um ponto de vista absoluto e estático. Aqueles que estão dispostos a comprar, pensava, comprarão se nós lhes oferecemos os artigos que desejam, enquanto que aqueles que não vêm com essa disposição não comprarão nada por mais que eu os atenda. Sem analisarmos segundo o conceito “um se divide em dois”, acostumava receber com entusiasmo a aqueles que a meu parecer tinham intenções de comprar algo, porém tomava uma atitude diferente para com aqueles que vinham só dar uma olhada em nossos mostradores.
Então uma cliente me contou a fastidiosa experiência que teve noutro armazém. Ela havia solicitado ver alguns sapatos que pensava comprar mais tarde quando recebesse seu pagamento, porém a resposta que lhe deram foi: “Só lhe mostrarei se realmente os quiser!” Isto a levou a perguntar: Por que vocês, os atendentes, têm uma atitude para com quem compra e outra para com quem não compra? Não poderia um cliente ver os artigos ainda que não quisesse comprá-los imediatamente? Pese a que esta crítica não estava dirigida a mim, deu-me muito o que pensar. Penso que devemos aplicar o conceito “um se divide em dois” a todas as coisas e considerar os problemas de maneira dialética. Os clientes que não fazem uma compra também estão divididos em dois; sua não compra não é absoluta. Porque a olhada que dá um cliente hoje tem por propósito comprar amanhã. E para um atendente, este cliente não comprou nada hoje, porém, já que cada um, considerado em forma coletiva, satisfaz suas necessidades diárias – alimentos, vestuário e outras coisas – através dos armazéns, pode-se dizer que não existem clientes que não comprem. Considerado desde nossos mostradores, quem não compra desta vez pode comprar na próxima; a que compra desta vez pode ser aquela que só tinha dado uma olhada numa ocasião anterior; aquele que não compra agora pode regressar para comprar um pouco mais tarde. Considerado o armazém em seu conjunto, não comprar num mostrador não significa que não compre em outro; não comprar em nosso armazém não significa que não se compre em outros armazéns. Feitas esta considerações, perguntei-me então como pôde acontecer que eu tivesse adotado diferentes atitudes: uma para com os clientes que compram e outra para com aqueles que não compram. Cheguei a compreender que isto se devia principalmente a que acostumava a olhar meu trabalho meramente como uma tarefa que tinha que cumprir-se e de que, a idéia de servir o povo de todo coração, ainda não havia se arraigado em minha mente.
Desde então mudei minha maneira de trabalhar e mostro uma mesma atitude calorosa para com todos os clientes, comprem eles ou não. Por exemplo, uma vez chegou uma cliente solicitando uma maleta de couro. Tínhamos só três em exibição nesse momento, porém nenhuma delas era de seu gosto. Então tiramos outras cinco do depósito. Depois de olhá-las disse que ia a ver outros armazéns. Neste ponto eu lhe disse: “Uma maleta de couro durará no mínimo oito ou dez anos. É melhor que escolha com cuidado. Regresse, por favor, se não encontrar uma melhor.” Ao cabo de duas horas regressou e desta vez me pediu que escolhesse uma maleta para ela, ademais de expressar-nos sua gratidão por nossa paciência. Isto revela que se tratamos a todos os clientes, compradores ou não, da mesma maneira, aqueles que não compram nada pelo momento podem sentir-se como em casa e ficar com uma boa impressão nossa. Isto equivale a criar condições para que eles regressem no futuro.
(Por Fan Yu-chen. Publicado originalmente em Remin Ribao, 16 de janeiro de 1966, com o título “Contradições na realização de negócios”. Fan Yu-chen é uma atendente do Armazém para Mulheres e Crianças de Lanchou, província de Gansú.)

El "semitismo" y el "antisemitismo": La Cuestión Judía y la Cues­tión Palestina o la Cuestión Palestina como la Cuestión Judía


Hoy día publicamos unos estractos, que hemos escogido  de ¡Olvidar el semitismo! de Joseph Massad, publicado en Foro Internacional, México, Vol. 54, No. 3 (217) (JULIO-SEPTIEMBRE, 2014), pp. 696-737. Lo hacemos porque los sionistas-imperialistas, reaccionarios, oportunistas usan con frecuencia "semitismo" y "antisemitisco" para acusar de anti-semitas a los que se pronuncian contra el colonialismo zionista-imperialista en Medio Oriente y a favor de la causa palestina. Pero lo hacemos también porque muchos amigos caen en esta trampa creada por los académicos que trabajan para los colonialistas desde mediados el siglo XIX, primero como orientalistas y hoy como antropólogos y como otros cientistas  al servicio del imperialismo.

Leer los extractos:

"
Voy a argumentar que involucrar la política del recuerdo en el caso del semitismo es esencial para entender las vidas de aquellos a los que el semitismo ha interpelado e interpela como semitas hasta el día de hoy. Esto nos llevará a la Cuestión Judía y a la Cues­tión Palestina, o a la Cuestión Palestina como la Cuestión Judía. La cuestión palestina en los últimos treinta años se ha llegado a ver en Occidente como una parte esencial de la Cuestión Musulmana, si no es que como la propia Cuestión del islam. Como tanto palesti­nos como judíos habitan dentro de la taxonomía “semita”, quiero discutir la forma en que su(s) cuestión(es) constituye la Cuestión Semítica; de hecho, cómo es que lo semita se convirtió en una Cues­tión, para Europa.
Semitas y orientales
¿Pero qué es exactamente el semitismo y qué tiene que ver con los palestinos? Sabemos mucho sobre el antisemitismo y cómo, en la concepción popular europea y americana, tiene mucho que ver con los judíos como víctimas suyas. Cada vez más, la representación eu­roamericana afirma que musulmanes, árabes y, a menudo, palesti­nos, son sus perpetradores. ¿Pero qué es este semitismo al cual se opone el antisemitismo, al que quiere perseguir, oprimir? ¿Por qué los reportes recientes –o recuerdos– del antisemitismo olvidaron la historia del semitismo? ¿Por qué muchas veces no logran recordar a los semitas en su historiografía? ¿Están los musulmanes, o específi­camente los palestinos como una metonimia para aquellos, opues­tos en esos recuerdos al semitismo, a los semitas, y si es así, cuál sería la razón de la oposición? ¿Son en realidad víctimas o perpetradores del semitismo, o del antisemitismo? La cuestión esencial que quiero plantear es si el antisemitismo es verdaderamente el enemigo del semitismo en modo alguno, o si su relación es completamente de un orden diferente.
Cuando Edward Said comenzó su estudio del orientalismo, explicó que “por una lógica casi ineludible, me he encontrado es­cribiendo una historia de un copartícipe secreto, extraño, del an­tisemitismo occidental. Que el antisemitismo […] y el orientalismo JUL-SEP 2014 ¡Olvidar el semitismo! 701

se parezcan tanto entre ellos es una verdad histórica, cultural y políti­ca que basta con mencionarla frente a un árabe palestino para que se entienda perfectamente su ironía”.6 Aquí debo recordar que la épo­ca en que lo semita se convirtió en una cuestión era una época en la que muchas de las cuestiones que Europa tenía que considerar desde finales del siglo xviii en adelante tenían que ver con el Oriente; no de menor importancia entre ellas era la cuestión del Imperio Otoma­no Oriental, cuya presencia en Europa y la necesidad de expulsarlo de Europa se codificó como “Cuestión Oriental”. El casi contempo­ráneo surgimiento de la “cuestión judía” lidió con la presencia de otro pueblo, también identificados como “orientales”, que habían estado presentes por milenios en el corazón de Europa. La invoca­ción de Said del antisemitismo como el “copartícipe secreto” del orientalismo, término que toma prestado de Joseph Conrad,7 es instructiva. En su famoso relato, Conrad identifica a su “copartícipe secreto” como a un “segundo yo”, “mi otro yo”, un “doble” o, como lo pone el propio Said, como a un “espejo”.8 El oriental y el semita, el orientalista y el antisemita, orientalismo y antisemitismo, consti­tuyen por lo tanto el uno para el otro su segundo yo, su doble, y sus reflejos de espejo que siempre deben leerse y observarse en pareja.
La categoría de semita la inventaron los filólogos europeos en el siglo xviii, y en el xix pasó de ser una categoría lingüística a una racial. Ernest Renan fue quizá uno de los orientalistas más ilustres que contribuyó al surgimiento de esta transformación. Para Renan, el “espíritu semítico” tenía dos formas: “La forma he­braica o mosaica, y la forma árabe o islámica”.9 De hecho, según tales representaciones, como las resume Said, “los semitas son mono­teístas fanáticos que no han producido mitología, arte, comercio,ni civilización; tienen una conciencia estrecha y rígida; en con­junto representan ‘una combinación inferior de la naturaleza’”.10 Para Renan (1823-1892), como para los estudios semíticos, o semí­tica, como se le llamaba, “El judío es como el árabe y viceversa”.11 A este respecto, el hecho de que los cristianos medievales, incluidos los cruzados, se refirieran a los árabes como “sarracenos”, los des­cendientes de Sarah, prefigura esta identidad moderna entre am­bos grupos.12

La construcción del semita fue por supuesto un ardid para la invención del indoeuropeo, no sólo en términos filológicos, sino además en términos raciales específicamente, cuando el indoeuro­peo se convierte en el ario. El semitismo, por lo tanto, siempre guar­da relación con europeísmo y arianismo. 
6 Edward W. Said, Orientalism, Nueva York, Vantage, 1978, pp. 27-28.

7 Agradezco a Andrew Ruben por advertírmelo.
8 Véase Joseph Conrad, “The Secret Sharer”, en la compilación The Nigger of the ‘Narcissus’ and Other Stories, Nueva York, Penguin Books, 2007, pp. 171-214. Véase también Edward W. Said, Conrad and the Fiction of Autobiography, Nueva York, Columbia University Press, 2008, p. 127. El libro se publicó por primera vez en 1966.
9 Citado en Gil Anidjar, Semites: Race, Religion, Literature, Palo Alto, Stanford, Stanford University Press, 2008, p. 32.
10 Said, Orientalism, p. 142. Traducción tomada de la versión en español: Ed­ward W. Said, Orientalismo, trad. de Ma. Luisa Fuentes, Barcelona, Random House Mondadori, 2010), p. 197.
11 Citado en Anidjar, Semites, p. 32.
12 Aquí no me interesa que esta etimología de los sarracenos sea necesaria­mente correcta, sino más bien que muchos la vean como tal (véase la nota 47). Otras etimologías propuestas sostienen que “sarracenos” se deriva de la forma árabe “Sharqiyyin”, que significa “del Este” u “orientales”


(…)
La astuta concepción de Arendt de la historicidad de la cate­goría “semitas” se basa en su insistente recuerdo de que, al menos en su caso, los judíos ya existían antes de volverse semitas. Aun así, sin embargo, no cuestiona la sabiduría aceptada de que el antise­mitismo existe en oposición a lo semita. Esta es una problemática importante que se debe elaborar para entender lo que se exige de “nuestra” memoria en relación con lo semita. ¿Cómo vamos a olvi­dar o a recordar esta figura clave del Siglo de las Luces y de la época romántica?

De hecho las ideas hegemónicas sobre lo semita se elaborarían después, en el siglo xix, por medio de la influencia del darwinis­mo social y los criterios evolucionistas. En estos términos se veía al árabe y al judío como manifestaciones de una interrupción evolu­tiva. Said describe cómo es que los semiticistas representaron a ambos grupos.
Solo en los semitas orientales se podía observar el presente y el origen juntos. Los judíos y los musulmanes, como temas de estudio orientalista, se comprendían enseguida a la vista de sus orígenes primitivos: esto era (y hasta cierto punto sigue siendo) la piedra angular del orientalismo moderno. Renan había afirmado que los semitas eran un ejemplo de desarrollo detenido y, hablando desde un punto de vista funcional, esto llegó a significar que para el orien­talismo ningún semita moderno, por muy moderno que se conside­rara, podía separarse de sus orígenes.14 Said, Orientalism, p. 234. Traducción tomada de la versión en español: Ed­ward W. Said, Orientalismo, trad. de Ma. Luisa Fuentes, Barcelona, Random House Mondadori, 2010, p. 312.
El desa­rrollo de la idea semítica era tal que judíos y árabes llegaron a identificarse a sí mismos como “semitas”, distanciándose así de su existencia presemítica. Esto tendría pronto un uso político. De he­cho, la inteligencia sionista, que estableció organizaciones panta­lla en Palestina ya desde la década de 1920 entre judíos y árabes bajo el disfraz de una amistad árabe-judía (pero que de hecho ope­ró como una máscara para los colaboradores palestinos con el sio­nismo), llamó a una de tales organizaciones “La Unión Semítica”.16 Véase Hilel Cohen, Army of Shadows, Palestinian Collaboration with Zionism, 1917-1948, Berkeley, University of California Press, 2008, p. 25.
Semitas y antisemitas
Si la designación de cierta gente como semita fue precisamente un ardid para la designación de su otro superior como ario, entonces el semitismo empieza a ser indistinguible del antisemitismo. El acto de inventar al semita es el propio acto de inventar al portador de dicha identidad como otro. Es de hecho el acto de crear al an­tisemita. Bajo esta luz, el semitismo siempre ha sido antisemitismo. El ardid del antisemitismo consiste en habernos hecho creer que hubo una brecha histórica, una cronología conceptual cualquiera, en la que existía un semita antes del semitismo, y que hubo semi­tismo antes que antisemitismo. Lo que propongo aquí es que esta historización es en sí misma un efecto del propio discurso del semi­tismo. Esto es en realidad lo que le faltó a Arendt en su historiogra­fía del antisemitismo (Arendt, agente de la US-CIA, liada con el filósofo del nasionalsozialismo Heideger con quien después mantuvo amistad ahasta la muerte, una historiadora muy celebrada por los „postmodernos“ de „izquierda“ y que pretendió vanalizar el Holocausto, es decir el genocidio nazi contra los comunistas, judios, gitanos, etc. para tratar de reconciliarlos con Occidente para la lucha contra el comunismo, nota nuestra).

15 Louis Massignon, 1960, citado en Anouar Abdel-Malek, “Orientalism in Cri­sis”, en A. L. Macfir, Orientalism: A Reader, Nueva York, New York University Press, 2001, p. 51. Véase Said sobre Massignon y Berque en Orientalism, p. 270.
16 Véase Hilel Cohen, Army of Shadows, Palestinian Collaboration with Zionism, 1917-1948, Berkeley, University of California Press, 2008, p. 25.

(...)Hay que considerar cómo se relaciona el semitismo con los ju­díos como punto de partida para entender cómo es que los palesti­nos figuran en esta historia. A la luz de la semítica, y basado en sus taxonomías, el sentimiento antijudío se agrupó en el siglo xix en una edificación ideológica de la otredad hecha y derecha que se llamó a sí misma antisemitismo. En contraste con el semitismo, in­ventado por cierta clase de intelectuales que eran académicos y fi­lólogos, el antisemitismo lo inventaron intelectuales de profesión política y periodística. El término lo acuñó en 1879 un periodista vienés de poca importancia llamado Wilhelm Marr, y aparecería primero como un programa político titulado La victoria del judaísmo sobre el germanismo. Marr tuvo el cuidado de disociar el antisemitis­mo de la historia del odio cristiano a los judíos basado en la reli­gión, y enfatizó en concordancia con la semítica y las teorías raciales vigentes en ese tiempo que la distinción que había que hacerse entre judíos y arios era estrictamente racial.1717 Véase Bernard Lewis, Semites and Anti-Semites: An Inquiry into Conflict and Prejudice, Nueva York, Norton, 1986, p. 94.

En el mundo europeo y su extensión americana, en donde las teorías raciales se convirtieron en el árbitro de derechos y privile­gios para la segunda mitad del siglo xix, muchos judíos abrazaron el relato del origen semítico “como una forma de establecer el im­pacto positivo de su grupo en la historia mundial”. En Estados Uni­dos, los filántropos judíos harían donaciones a los departamentos de semítica en las universidades para “asegurar el reconocimiento adecuado”.18 Según el historiador Eric Goldstein, “durante el siglo xix la afirmación del origen ‘semítico’ se había vuelto una especie de medalla de honor para los judíos estadounidenses que les per­mitió rastrear su herencia hasta los albores de la civilización y tomar crédito por colocar los cimientos éticos de la sociedad occidental”.19 Recordar el origen semítico, por lo tanto, formaba parte del proce­so de olvidar la operación activa de inventar este origen mismo por parte de los filólogos.
18 Eric Goldstein, The Price of Whiteness: Jews, Race, and American Identity, Princ­eton, Princeton University Press, 2006, p. 20.
19 Ibid., p. 108.

Sin embargo, esto cambiaría considerablemente en el siglo xx, especialmente luego de que los científicos empezaran a atribuir un origen africano a los semitas (…) De hecho, con la creciente identificación de los semitas con África, algunos judíos que buscaban una asimilación total con la condición de blancos empezaron a replegar su afirmación y la olvidaron completamente en favor de otro recuerdo. Martin A. Meyer, un rabino reformista en San Francisco y académico de estudios semíticos, sintió la necesi­dad en 1909 de declarar que los judíos estadounidenses compar­tían más con los estadounidenses blancos no judíos de lo que compartían con “el árabe del desierto, el verdadero representante del mundo semítico de antaño”, o incluso con los judíos de Medio Oriente.21 Citado en ibid., p.109. (...)Otro rabino reformista, Samuel Sale, añadió que “(...)de que sólo alrededor de 5% de todos los judíos llevan la marca ca­racterística del origen semítico sobre su cuerpo”.23 Citado en ibid. Aquí el acto de repudio no es sólo psíquico, sino decididamente fisiológico, cuan­do se dicta a los cuerpos olvidar sus orígenes con excepción de algunas huellas restantes.

(…) Sin embargo, la explica­ción sionista predominante para la condición de los judíos en Eu­ropa diferiría de la de Estados Unidos, al grado de que los sionistas europeos (...) aceptaron descripciones (anti)semíticas de los judíos, mismas que explicaron recurriendo a la historia judía de la persecución y no necesariamente a las ca­racterísticas raciales innatas.

El sionismo se predicó sobre la doble operación de recordar y olvidar: pues el sionismo estipulaba por un lado que los judíos modernos debían recordar su pertenencia a un pueblo, que los hebreos eran sus ancestros y que la cultura hebrea había sido siempre su patrimonio, al que podían ahora acceder mediante la Ilustración europea, y que Palestina era su antigua tierra natal a la que habían de regresar; mientras que por el otro lado insistían en que los judíos modernos debían olvidar sus identidades y cul­turas judías europeas como predecesoras históricas de su identi­dad actual y olvidar que Palestina seguía teniendo una población no judía ni hebrea hasta ese momento(...)Es en la adopción del nacionalismo como solu­ción –o más precisamente, disolución– de la cuestión judía que el sionismo asimiló la forma más importante de la vida política desen­cadenada por la Revolución francesa. Si el semitismo y el antisemi­tismo insistieron en que los judíos no eran ni arios ni europeos, sino que eran una raza aparte y una nación aparte, el sionismo no podía estar más de acuerdo. Su proyecto transformador también incluiría a los palestinos, a quienes buscó transformar en judíos en una desplazada geografía de antisemitismo.25 Esta maniobra ga­rantizaría además que la figura del semita, como siempre ya un valor negativo, se preservara y que al mismo tiempo se identifica­ra únicamente con y se desplazara hacia el árabe.
Aquí, Arendt, quien captó mejor que la mayoría la posición estructural de los judíos en las sociedades cristianas europeas, se­guiría confundiendo la posición de palestinos y judíos en relación con los cristianos europeos en términos más generales. Su insisten­cia en el principio nacional de definir a los judíos como un pueblo dominó gran parte de sus discusiones.26 Declara que “desde los días en que los nobles polacos invitaron a los judíos a su país para ac­tuar como recolectores de impuestos, como intermediarios con los campesinos a los que pretendían exprimir, jamás hubo una coordinación de intereses tan ideal, una cooperación tan ideal. En aquellos días, los judíos llegaron con regocijo por la conver­gencia de tantos intereses e ignorantes de su futuro papel. No sabían más sobre los granjeros polacos de lo que los oficiales sio­nistas sabían sobre los árabes antes de la Declaración Balfour. En aquellos días el judío de Europa Central huía de los pogromos de la baja Edad Media hacia un paraíso del Este con intereses con­vergentes, y aún hoy seguimos huyendo de las consecuencias de aquello”.27 La ubicación de Arendt de los palestinos en la misma posición estructural que los campesinos polacos es instructiva a la vez que está mal manejada: su descripción de “judíos” como reco­lectores de impuestos delata su perspectiva historiográfica nacio­nalista al igual que su acusación sobre la ignorancia de los oficiales sionistas con respecto a los árabes palestinos delata una ignoran­cia de la historia sionista. La mayor limitación conceptual en los textos de Arendt sobre judíos y sionismo, sin embargo, es su creen­cia persistente de que el sionismo y el asimilacionismo son opues­tos en lugar de complementarios. A pesar de sus incisivas críticas
25 Elaboro este proceso en Joseph Massad, “The Persistence of the Palestinian Question”, Cultural Critique, núm. 59, invierno, 2005, pp. 1-23.
26 Sobre la compleja relación de Arendt con el sionismo, véase Richard J. Bernstein, “Hannah Arendt’s Zionism?”, en Steven E. Aschheim, (ed.), Hannah Arendt in Jerusalem, Berkeley, University of California Press, 2001, pp. 194-202.
27 Hannah Arendt, “Antisemitism”, en Arendt, The Jewish Writings, pp. 58-59. (...)

de las prácticas sionistas, su mayor fracaso fuel el de insistir en re­cordar a los hebreos como ancestros de los judíos y el de reificar transhistóricamente a los judíos europeos como pueblo. Que el sionismo haya buscado normalizar a los judíos fue un proyecto que Arendt apoyó celosamente; incluso invocaría El castillo de Kafka para robustecer su argumento. Su entusiasmo por la quin­taescencia de la institución sionista radicalmente separatista, el kibutz (a lo que Domenico Losurdo se refiere como, citando a una Arendt previa y antisionista, como “socialismo de raza dominante”),28 se debió a la actuación del kibutz como una ins­titución que transformaría a los judíos de semitas con un valor negativo a europeos normalizados con uno positivo. Ella lo cele­bra como el “más grande logro” del sionismo, a saber, por su “crea­ción de un nuevo tipo de hombre y una nueva élite social, el nacimiento de una nueva aristocracia que difirió enormemente de las masas judías dentro y fuera de Palestina en hábitos, cos­tumbres, valores y forma de vida, y cuya demanda por el lideraz­go en cuestiones morales y sociales fue claramente reconocida por la población [judía en Palestina]”.29 Que el sionismo haya transformado al judío en lo que un psicólogo israelí, Benyamin Beit-Hallahmi, llamó el “antijudío”, y al palestino en el judío, no disuadió a Arendt de apoyar esta idea central sionista.
¿Pero cómo se efectuó esta transformación de los palestinos? Es en la coyuntura del semitismo que Edward Said ubica su inter­vención. Afirma que “lo que no se ha destacado bastante en las historias del antisemitismo moderno ha sido la legitimación de ta­les designaciones atávicas por parte del orientalismo, y […] la for­ma en que esta legitimación académica e intelectual ha persistido hasta la época moderna en discusiones sobre el islam, los árabes o el Oriente Próximo”.30
En su libro Semitismo y antisemitismo, Bernard Lewis declara que “a veces se extiende el argumento de que los árabes no pueden ser antisemitas porque ellos mismos son semitas. Tal declaración es evidentemente absurda en sí misma, y el argumento que la apoya es defectuosa en dos sentidos. Primero, el término “semita” no tiene significado alguno si se aplica a grupos tan heterogéneos como los árabes o los judíos, y de hecho podría argumentarse que el uso de dicho término es en sí mismo un signo de racismo y se­guramente también de ignorancia o de mala fe”. Concuerdo com­pletamente con Lewis y agrego que se puede decir algo similar sobre los judíos. De hecho, para hacerle eco a Lewis, el frecuente argumento de que los judíos no pueden ser antisemitas porque ellos mismos son semitas se refuta sobre las mismas bases de la absurdidad del término semita cuando se aplica a un grupo hete­rogéneo como los judíos, como argumenta él mismo.
Lewis, sin embargo, añade un calificativo para volver insos­tenible el uso que acabo de hacer de su argumento. Sostiene que la segunda razón por la cual el argumento es defectuoso es que “nunca en ningún lado el antisemitismo se ha ocupado más que de los judíos, y por lo tanto está disponible como opción tanto para los árabes como para otros pueblos si así lo escogen”.31 Pero, como han revelado las historias del sionismo, el antisemi­tismo siempre ha estado disponible para aquellos judíos que bus­can diferenciarse ellos mismos y asimilarse a la normatividad cristiana protestante europea rechazando al semita de dentro, es decir, a su judeidad percibida –y al semita de fuera, es decir, al árabe oriental como fue elaborado por el orientalismo–.
28 Domenico Losurdo, Liberalism, Liberalism: A Counter-History, trad. de Gre­gory Elliott, London, Verso, 2011, p. 180.
29 Arendt, “Peace of Armistice in the Near East?”, en Arendt, The Jewish Writ­ings, 443.
30 Said, Orientalism, p. 262.
31 Bernard Lewis, Semites and anti-Semites, p. 117. En la primera mitad del siglo xx, el antisemitismo se seguiría enfocando en la figura del judío mientras que su doble, el orienta­lismo colonial, se enfocaría en el árabe y el musulmán, a menudo fusionados, como el semita de elección. En los albores del holo­causto nazi y el fin del colonialismo, ambos se replegarían, aunque sólo de forma temporal. Pronto el antisemitismo y el orientalismo resurgirían con un principal objetivo semítico racializado, el árabe y el musulmán, vistos como uno en esta economía racialista. Este momento transformador en Europa y América, que se consolidó durante y después de la guerra de 1967, pronto cobraría ímpetu. Llegó a ser tanto, que a principios de la guerra de 1973 y del embargo petrolero se empezó a representar a los árabes en Occi­dente, según observó Said, como poseedores de “claros rasgos ‘se­míticos’: narices de gancho afiladas, la malévola sonrisa bigotuda en sus rostros, eran obvios recordatorios (para una amplia pobla­ción no semítica) de que los ‘semitas’ estaban en el fondo de todos ‘nuestros’ problemas, que en este caso consisten principalmente en una escasez de petróleo. La transferencia de la animadversión popular antisemítica de un objetivo judío a uno árabe se dio paula­tinamente, pues la figura era esencialmente la misma”.34 Aquí Said despliega la historia del antisemitismo para ilustrar los hallazgos sobre la historia del árabe, y específicamente del palestino. Para dejar claro a qué se refiere, Said declara que al representar al árabe como un “valor negativo” y un “perturbador de la existencia de Israel y de Occidente […] como un obstáculo superable para la creación de Israel en 1948”, lo que producen las representaciones orientalistas y antisemíticas es cierta concepción del árabe que está ontológicamente ligada al judío: “por ahora se concibe al árabe como una sombra que persigue al judío. En esa sombra –porque árabes y judíos son semitas orientales– se puede colocar cualquier desconfianza tradicional, latente, que un occidental sien­ta frente al oriental. Así el judío de la Europa prenazi se ha bifurca­do: lo que tenemos ahora es un héroe judío, construido a partir de un culto reconstruido del orientalista-aventurero-pionero […], y su insidiosa, misteriosamente aterradora sombra, el árabe oriental”.35

Con estas observaciones, Said recuerda a sus lectores el (anti-)semitismo que invade todas las representaciones de los árabes. Si los antisemitas concibieron a los judíos como proveedores de co­rrupción, como banqueros que controlan el mundo, subversivos comunistas y envenenadores de los pozos cristianos, los árabes y musulmanes ahora se representan como depositarios del control del mercado del petróleo, surtidores de odio y corrupción de la civilizada sociedad cristiana, terroristas violentos y posibles asesi­nos en masa, no ya con veneno, sino con armas nucleares, quími­cas y biológicas.
El análisis de Said nos exhorta a no recordar u olvidar el orien­talismo, al musulmán, al árabe y finalmente al palestino sin acordar­nos de olvidar la historia judía europea y la historia del antisemitismo europeo en el contexto del colonialismo europeo, que hicieron y siguen haciendo posibles todas estas transformaciones históricas
34 Ibid., 286.
35 Loc. cit.JUL-SEP 2014 ¡Olvidar el semitismo! 713 

( sigue en próxima entrega)