Thursday, December 29, 2016

A morte de Fidel Castro e o destino do revisionismo cubano

Sentimos o afã de redenção e solidariedade do povo cubano, voltado para seus irmãos ainda sob o jugo do mesmo inimigo: o imperialismo norte-americano. É a primeira vez que se ergue na Assembleia das Nações Unidas a voz de um povo latino-americano verdadeiramente livre e independente, proclamando que os princípios contidos na Primeira Declaração de Havana são os objetivos da Revolução, a qual tem uma importância sem precedentes para a história dos países da América Latina.
Pedro Pomar, dirigente do Partido Comunista do Brasil
É lamentável que uma revolução tão importante como a revolução cubana tenha sido truncada e mesmo traída. (...) Como é diferente o Fidel de 1973 do de 1953! Entregou-se completamente aos social-imperialistas soviéticos. Na realidade, enrolou a bandeira da revolução. Mas, nem por isso o movimento revolucionário deixa de avançar na América Latina.
Maurício Grabois, dirigente do Partido Comunista do Brasil e comandante na Guerrilha do Araguaia.
http://anovademocracia.com.br/182/20a.jpg
Da luta armada e revolução democrática à subjugação nacional: o papel de Fidel Castro; na foto, Fidel e Kruschov
Com a morte de Castro, toda a reação mundial e particularmente a guzanadaenquistada em Miami se agitaram frenética e histericamente expelindo todo seu rancor e recalque de capachos e lacaios do imperialismo ianque e sua baba hidrofóbica de ódio à memória do que foi a Revolução Cubana. Brindaram e celebraram a morte de Fidel agitando bandeiras de uma Cuba serviçal do USA, no último 26 de novembro.
Esses arrivistas festejam a morte de Castro como se enterrassem com ele o comunismo. Essa gente odeia as massas, sente repulsa a qualquer coisa minimamente popular e democrática, como as conquistas da Revolução Cubana alcançadas antes de que sua alta direção a colocasse de joelhos frente ao social-imperialismo soviético sobre o bastão de Kruschov, Brejnev e seus sucessores, todos traidores do socialismo.
A primeira questão importante é compreendermos o ódio com que o monopólio da imprensa e os diversos grupelhos anticomunistas viscerais de direita e da reação tratam Fidel Castro e a Revolução Cubana. Embora seja um processo com significativos recuos e estagnação por ter sido uma revolução democrática que não avançou ao socialismo e, portanto, resultou inconclusa e que culminou com a sujeição de Cuba à URSS social-imperialista, o fato é que Fidel Castro e a luta armada que planteou o programa democrático das reformas agrária, educacional, habitacional e no tratamento da saúde popular, etc., animaram todo o movimento popular, particularmente da escravizada América Latina, inspirando revolucionários e lutas anti-imperialistas por todo o mundo.
Um pequeno país, colado às fronteiras ianques, declarava-se independente e ameaçava inspirar a rebeldia na mais importante base do imperialismo ianque: a América Latina.
ROMPEM AS CORRENTES: TRIUNFA A REVOLUÇÃO CUBANA
Em 1960, Fidel lia para uma multidão entusiasmada o programa democrático da Revolução, no que ficou conhecido como “Primeira Declaração de Havana”.
“O direito dos camponeses à terra; o direito do trabalhador ao fruto do seu trabalho; o direito das crianças à educação; o direito dos doentes à assistência médica e hospitalar; o direito dos jovens ao trabalho; o direito dos estudantes à educação gratuita, experimental e científica; o direito dos negros e dos índios à ‘dignidade plena do homem’; o direito da mulher à igualdade civil, social e política; o direito dos idosos a uma velhice segura; o direito dos intelectuais, artistas e cientistas a lutar, com suas obras, por um mundo melhor; o direito dos Estados a nacionalização dos monopólios imperialistas, resgatando assim as riquezas e recursos nacionais; o direito dos países ao comércio livre com todos os povos do mundo; o direito das nações pela sua plena soberania; o direito dos povos em converter suas fortalezas militares em escolas, e armar seus trabalhadores, seus camponeses, seus estudantes, seus intelectuais, o negro, o índio, a mulher, o jovem, o idoso, todos os oprimidos e explorados, para que defendam, por si mesmos, seus direitos e seus destinos”.
A Revolução Cubana, sendo então num país semicolonial-semifeudal, nasceu erguendo bandeiras democráticas, expressando a insatisfação das massas populares de Cuba, que vivia em total subjugação nacional e brutal tirania, com sua economia reduzida à monocultura e ao turismo de bordéis e cassinos.
Com o golpe do ditador Fulgência Batista, em 1952, diversos grupos se insurgem, e entre eles um grupo liderado por Fidel e Raúl Castro, que tentam de armas nas mãos tomar um quartel militar, o Quartel de Moncada (1953). Lá são presos e, quando soltos, se exilam no México, de onde organizam nova tentativa de derrubar Batista, desembarcando com o iate Gramma com 82 combatentes e desencadeando a luta armada pelo poder.
Entre eles estava o argentino Ernesto Che Guevara, que demonstrou rapidamente ser de todos aqueles democratas revolucionários o mais avançado, representando a ala esquerda da revolução democrática que se desenvolvia.
O CARÁTER DE CLASSE
É simplesmente ridículo negar a necessidade do Partido na realização da luta armada, como faz Fidel Castro (...). A negação do Partido é, no fundo, uma forma de se opor à hegemonia do proletariado na revolução em benefício da pequena-burguesia.
Comitê Central do Partido Comunista do Brasil, janeiro de 1969, em “Guerra Popular, o caminho da luta armada no Brasil”
Deste ousado processo revolucionário que resultou na vitória em 1º de janeiro de 1959, romantizado com ares de aventura juvenil, se desenvolveu uma série de conclusões que confundiram os setores menos esclarecidos dos movimentos popular e revolucionário ao longo de muitos anos.
O ponto que logo foi bastante explorado pelos que procuram atalhos fáceis foi o de que seria possível que um punhado de homens, sem a direção de um autêntico Partido Comunista, poderia iniciar uma guerrilha, e com a própria dinâmica dos combates, mobilizar as massas populares para posteriormente conquistarem o poder. Assim, Fidel Castro incentivou o revisionismo armado e todo tipo de oportunismo de “esquerda”, levando à derrota várias lutas revolucionárias em toda a América Latina, inclusive no Brasil e a mais recente as Farc na Colômbia.
O próprio “Che” Guevara tentou aplicar essa fórmula na Bolívia e pagou com a própria vida os equívocos de teorias que preconizam subestimar o papel de direção do Partido Comunista como encarnação da ideologia científica do proletariado ou de substituí-lo por “frentes de esquerda” ou outros arranjos pequeno-burgueses.
Outro tortuoso legado do grupo de Castro foi a reivindicação de algumas reformas sociais de cunho democrático, como se tratando de transformações socialistas.
As primeiras ações do governo revolucionário são autenticamente democráticas e anti-imperialistas, como a democratização do acesso à terra, a nacionalização das empresas estrangeiras e investimentos em saúde, educação e moradia populares. É desse processo inicial de caráter democrático-burguês da Revolução Cubana que nasceu as mais importantes conquistas para o povo cubano.
Lenin, ao analisar a fase imperialista do capitalismo, no qual vivemos, afirmou que a partir desse momento histórico estava terminado o período das revoluções democráticas dirigidas pela burguesia e pela pequena-burguesia, e se iniciava a era das Revoluções Proletárias. Com isso Lenin estava dizendo que em um mundo repartido entre potências imperialistas, nenhum país conseguiria desenvolver-se de forma autônoma e independente, sem que essa revolução estivesse ligada a onda revolucionária proletária, iniciada com a ousadia da Comuna de Paris em 1871, mas principalmente triunfante com a Revolução Bolchevique de 1917 na Rússia.
Assim, a luta anti-imperialista e anticolonial não pode vencer desvinculada da luta pela revolução proletária mundial; necessita então de um Partido Comunista que eleve as reivindicações democráticas e anti-imperialistas à luta pelo socialismo, sob risco dessas revoluções desabarem e seguir o bastão de mando de uma ou outra potência imperialista.
A Revolução Chinesa, vitoriosa 10 anos antes da Revolução Cubana, demonstrava a validade das teses de Lenin através da sua aplicação concreta. No país mais populoso do mundo, em uma encarniçada e prolongada luta dirigida pelo Partido Comunista se levava a cabo as transformações democráticas (principalmente a Revolução Agrária e a independência nacional) passando ininterruptamente às transformações socialistas, que significavam a industrialização acelerada do país e a coletivização da agricultura baseados nos próprios esforços e na mobilização das massas sob novas relações de produção.
Sem que se avançasse às transformações socialistas que pudessem consolidar o poder político, as próprias conquistas da Revolução como a independência nacional e a Revolução Agrária estariam ameaçadas.
UM PROBLEMA IDEOLÓGICO: A TROCA DE AMO
Logo após a tentativa de invasão de Cuba por tropas financiadas pelo USA, em 1961, Fidel faz uma opção política e ideológica. Como forma de manter-se fora da área de influência ianque, escolhe a sujeição à URSS social-imperialista, já na época em pleno processo de restauração capitalista.

Revolucionários desfilam anunciando o triunfo da luta armada, 1959
Com essa decisão, ao invés de elevar a Revolução Cubana a um novo patamar, passando-a à revolução socialista, aplica a política de “troca de amos”, ou seja, sujeita Cuba a um novo patrão, ao domínio de outra potência imperialista.
Nesse processo é formado um arremedo de partido (denominado de “comunista”) para reproduzir as formas políticas, já sob direção revisionista da URSS, que nada tem mais a ver com socialismo.
Interrompe-se qualquer processo de desenvolvimento nacional, industrialização e democratização da agricultura, inclusive retroagindo importantes avanços dos primeiros anos da Revolução, para aplicar a política social-imperialista formulada por Brejnev de “divisão internacional do trabalho”. Cuba mantém sua economia fornecedora de matéria-prima e baseada na monocultura à URSS social-imperialista, retornando à situação de colônia, na sua forma semicolonial, de antes da revolução.
É importante entender que isso é o resultado lógico de uma revolução democrática de velho tipo, quando não dirigida pelo proletariado através de seu Partido Comunista. No caso particular de Cuba, ocorreu que, ao se sujeitar ao social-imperialismo soviético, passou à direção da revolução ao revisionismo, cuja cabeça do processo foi capitaneado por Fidel Castro.
Já para a camarilha revisionista que assaltou o poder na URSS, Cuba serviu como uma importante base avançada em sua pugna com o imperialismo ianque, e um contraponto no movimento comunista internacional ao protagonismo dos comunistas chineses, já que o PCUS não motivava o ímpeto revolucionário dos povos e o “guerrilheirismo errante” e fraseologia castrista pôde ajudar a expandir a influência social-imperialista soviética. Com a opção de Fidel Castro pelo revisionismo soviético, o povo cubano perdeu a sua soberania e paralisaram-se os avanços sociais.
NEGAÇÃO DA LUTA ARMADA E CRETINISMO PARLAMENTAR
Cuba tem alta responsabilidade na América porque foi uma esperança; mas temos que recordar muito bem o que se passou nos anos 70: Fidel Castro afirmou que a estratégia da luta armada havia fracassado, buscando abandoná-la, deixar o que havia incentivado e apoiado.
Presidente Gonzalo, chefatura do PCP e da Revolução Peruana.
Logo após incentivar o revisionismo armado, causando desgastes e capitulações ante as derrotas militares dos grupos guerrilheiros, o próprio Castro passa a renegá-la, tachando a luta armada de “relativa e pouco optativa”. Fazendo coro com a Perestroika, afirmou ser o perigo principal a “guerra nuclear”, que a bomba atômica impedia a vitória da revolução e sustentou esta tese contrarrevolucionária de que não há diferença entre os imperialistas e povos oprimidos, pois “estamos todos no mesmo barco”. Aponta como saída a via do cretinismo parlamentar e da legalidade subordinada aos velhos Estados, como fizera recorrentemente com vários processos na América Central e com as Farc, desde as décadas 1980 e 1990 até o último dia de sua vida.
BANCARROTA E LIÇÕES A EXTRAIR
Com a bancarrota do revisionismo e o fim da URSS social-imperialista, em 1991, o povo cubano teve que enfrentar, sem o suborno dos revisionistas soviéticos dado aos dirigentes cubanos, o criminoso bloqueio do imperialismo ianque – imposto em outubro de 1960 –, contando apenas com tabaco e açúcar e dificuldades colossais. Dificuldades que não foram superadas graças à decisão da direção cubana de servir de satélite aos revisionistas soviéticos.
A saída de Fidel para a crise pós-URSS foi mais uma vez a busca por outras potências imperialistas, chegando aos dias de hoje com Raúl tendo que colocar as últimas conquistas sociais à mercê de uma nova subjugação nacional ao imperialismo ianque.
Assim, Fidel, ao contrário de representar os “problemas do socialismo”, como alardeiam toda a sorte de anticomunistas, representa a falta que faz o Partido Comunista, hoje marxista-leninista-maoísta, em qualquer processo revolucionário para garantir sua própria vitória; representa o risco do revisionismo na cabeça da revolução democrática e as consequências de não se avançar da revolução democrática para o socialismo.

CHILE: LUISA TOLEDO, MADRE POPULAR Y REVOLUCIONARIA


Publicado en la edición impresa n° 54 de El Pueblo (diciembre, 2016)
Luisa Toledo es la madre de los hermanos Eduardo y Rafael Vergara, dos jóvenes asesinados un 29 de marzo por la junta militar fascista de Pinochet en el año 1985. Cada año y hasta el día de hoy, ese día la juventud popular sale a la calle a conme­morar el día del joven combatiente, como expresión de repudio a la represión y para no olvidar que las razones para luchar no se han acabado, aunque el Partido Único (Nueva Mayoría + Chile Vamos) diga lo contrario. En el año 1988 la represión pinochetista le quitó también a su hijo Pablo.

Publicado en la edición impresa n° 54 de El Pueblo (diciembre, 2016)
Luisa Toledo es la madre de los hermanos Eduardo y Rafael Vergara, dos jóvenes asesinados un 29 de marzo por la junta militar fascista de Pinochet en el año 1985. Cada año y hasta el día de hoy, ese día la juventud popular sale a la calle a conme­morar el día del joven combatiente, como expresión de repudio a la represión y para no olvidar que las razones para luchar no se han acabado, aunque el Partido Único (Nueva Mayoría + Chile Vamos) diga lo contrario. En el año 1988 la represión pinochetista le quitó también a su hijo Pablo.
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Pero Luisa ha sido muy fuerte. Tras la muerte de sus hijos, lejos de alejarse de las calles, o de llamar a tomar resguardos, ella ha dedicado su vida a defender la lucha de los jóvenes y de­nunciar en cada oportunidad el carácter de este viejo Estado, máquina para defender y enriquecer a imperialistas, grandes monopolios y terratenientes.
Y es que el carácter del viejo Estado no ha cambiado. Hoy, igual que ayer, el podrido Estado burgués-terrateniente mantiene al pueblo viviendo con migajas y miseria en las poblaciones, como muy bien lo sabe Luisa, quien nos señala:
“La lucha de mis hijos fue en otro contexto, pero el contexto que estamos viviendo hoy día es tan absolutamente duro y difícil como la dictadura. Tenemos que no están los militares en la calle, pero tenemos una desigualdad tremenda y trae consecuencias muy fatales, como la famosa “delincuencia”. Nadie reconoce que son fruto de la sociedad que ha dejado fuera de este sistema a mucha gente. Nosotros estamos trabajando en la población y uno sabe el hacinamiento en las casas, la droga que llega, hay un gran número de gente que está fuera del sistema y que nace y vive muy mal, muy violentamente todo lo que es su vida. Entonces, a mí me da mucha vergüenza darme cuenta que se da chipe libre para matar a esas personas que se les llama delincuentes. Primero, crean la delincuencia aislando a la gente que no está en el sistema y después se elimina quemando a 81 personas en la cárcel, porque así se elimina esta “lacra” llamada delincuencia y nadie habla de que son personas, seres humanos a quienes se está liquidando”.
Luisa Toledo tiene claridad de quiénes son los enemigos del pueblo y las formas en cómo socavan su organización. En sus palabras, “los cínicos de los poderosos dicen “no vengan con populismo”, pero para ellos mismos lo quieren todo. Para el otro tipo de personas hay que eliminarlas. Eso es lo que dicen todos los Frei, los Lagos, la Bachelet. Todos dicen “hay que eliminar la delincuencia” y cada vez se compra más infraestructura para la policía y eliminar a nuestra gente, a esos seres humanos. Hoy en día existe mucha gente que está trabajando en grupos, luchando para que todo esto se termine, pero viene la represión y un día echan abajo todo el trabajo que se ha hecho”.
Cada 29 de marzo se conmemora en las calles de las poblaciones el día del Joven Combatiente y cada año, los medios de comunicación burgueses, los parlamentarios, el revisionismo y el oportunismo aparecen condenando los “hechos de violencia”. Preguntamos a Luisa si considera legítima la violencia revolucionaria que ejercen las masas, a lo que responde sin dudar:
“¡Pero por supuesto!, la violencia que usan los chiquillos es para salvar el pellejo. En el sur para recuperar sus tierras, para salvar a sus familias de cómo los tratan… ¿y la violencia que ejercen los po­derosos? ¿Quién habla de la violencia de ellos? ¿De un policía que le dispara a un niño? ¿Quién habla de la violencia contra los ancianos? ¿Con las mujeres en el sur? ¿Con las Machi? Porque claro, aquí los únicos violentos somos los pobres, pero que un hijo de rico mate a una persona y la deje ensartada en unos alambres, paga 10 millones y no pasa ni por la cárcel. ¿Eso no es violencia? ¡Claro que es violencia de los de cuello y corbata!, hipócritas, avaros, sinvergüenzas, ladrones que nos roban todos los días y ellos no pasan ni un día por la cárcel, ¡ni un día! Entonces, yo comparto absolutamente esa violencia de los jóvenes, absolutamente. Si esta mujer Bachelet ha usado todo el sistema que dejo Pinochet y lo ha usado mejor que ninguno de los otros que estuvieron en el mando, en contra del pueblo y a favor de la policía y los militares. Hemos visto cuántos millones de pesos han gastado en maquinarias que mandan al sur para aniquilar a los mapuche y a las poblaciones nos mandan cuestiones para aniquilarnos a nosotros. Nos dejan días y días llenos de gases venenosos”.
Mientras el feminismo pequeño burgués y el oportunismo levantan la lucha de la mujer como una lucha de género, al margen de la lucha de clases, Luisa Toledo sintetiza y representa una mujer popular trabajadora, con un profundo amor al pueblo y un ejemplar odio hacia quienes lo oprimen. A pesar del asesinato de sus tres hijos y el encarcelamiento de su nie­ta, ella no da su brazo a torcer en la lucha contra la explotación de la mayoría por un puñado de saqueadores. Como madre y abuela expresa fielmente la máxima de “enterrar a nuestros compañeros, tomar su bandera y seguir luchando”.

Ecuador: Viva el 123 aniversario del Natalicio del Presidente Mao

miércoles, 28 de diciembre de 2016

VIVA EL 123 ANIVERSARIO NATALICIO DEL PRESIDENTE MAO TSE-TUNG.


El 26 de diciembre celebramos el 123 aniversario del natalicio del Presidente Mao Tse-tung.

Son muchos los acontecimientos que cobran importancia histórica en el mundo. Unos con cierta valoración negativa para los pueblos, otros con una importancia trascendental que ha determinado el dramático cambio de correlación de fuerzas en el planeta, y precisamente, el  natalicio del presidente Mao, establece un punto de inflexión en  ese recurrir histórico en la medida que deviene en el erguimiento de uno de los marxistas más insignes e incidentales en el derrotero de la humanidad, particularmente del  nuevo rumbo del proletariado y pueblos oprimidos del mundo.

Toda una vida dedicada a la lucha revolucionaria. Continuador dialéctico de la gesta de Marx, Engels, Lenin y Stalin, que es recuperada por el proletariado internacional, particularmente por el presidente Gonzalo quién en el marco de la Guerra Popular en el Perú la eleva a una condición de MAOÍSMO.

Del maoísmo rescatamos su aporte en la filosofía marxista, en la economía política, en el socialismo científico; la Nueva Democracia, los tres instrumentos, la guerra popular, la GRAN REVOLUCIÓN CULTURAL PROLETARIA; sobre la superestructura, ideología, cultura y educación; la incansable lucha en contra del revisionismo y la lucha por la revolución mundial. Pero de esto sacamos síntesis, y  encontramos que lo esencial de todo su aporte está en la concepción del  Poder, “El Poder para el proletariado, el Poder para la dictadura del proletariado, el Poder basado en una fuerza armada dirigida por el Partido Comunista. Más explícitamente: 1) El Poder bajo dirección del proletariado, en la revolución democrática; 2) el Poder para la dictadura del proletariado, en las revoluciones socialista y culturales; 3) el Poder basado en una fuerza armada dirigida por el Partido Comunista, conquistado y defendido mediante la guerra popular”.

Hoy conmemoramos el aniversario del natalicio del presidente Mao, y lo hacemos en medio de la más profunda crisis del imperialismo, de sus regímenes títeres, pero también en medio del descalabro del nuevo revisionismo. También lo celebramos en medio de la guerra popular que desarrollan los partidos comunistas en Filipinas, Perú, Turquía y la India. En el vertiginoso acenso de procesos constructivos o reconstitutivos de Partidos Comunistas marxistas, leninistas, maoístas, verdaderas maquinarias para desatar la guerra popular hasta el comunismo.

Quizá el aspecto a resaltar, es que dicha conmemoración va también de la mano al conmemorar el 50 aniversario de la GRAN REVOLUCIÓN CULTURAL PROLETARIA, el acto más  importante que ha desplegado el proletariado hasta la actualidad, pues es síntesis de las luchas de éste por la dictadura del proletariado,  su consolidación y su defensa

¡HONOR Y GLORIA ETERNA PARA EL PRESIDENTE MAO TSE-TUNG!

¡VIVA EL MARXISMO-LENINISMO-MAOÍSMO!

¡VIVA EL PRESIDENTE GONZALO!

¡VIVA EL PENSAMIENTO GONZALO!

¡VIVA LA GUERRA POPULAR EN LA INDIA, TURQUÍA, FILIPINAS Y EL PERÚ!

¡MUERTE AL IMPERIALISMO!

¡MUERTE AL REVISIONISMO!

sábado, 24 de diciembre de 2016

REPRESIÓN Y SALARIO DE MISERIA


Estos últimos días el pueblo del Ecuador ha tenido que confrontar varios escenarios. Además de los escándalos por corrupción de funcionarios del régimen,  de la militarización de Morona Santiago con la consiguiente campaña represiva que ha comprometido ametrallamiento de zonas de selva desde helicópteros, cercos envolventes sobre las comunidades indígenas de la Amazonía (Morona Santiago) para amedrentar a la población; allanamientos masivos,  apresamiento de varios dirigentes de la comunidad Shuar de Nankints, el régimen, como si nada, ha decretado el alza salarial en 9 dólares.

¡Cuánta infamia! ¡Cuánta estupidez! ¡Cuánto descaro!

Una vez más el régimen descarga sobre los hombros de los trabajadores explotados del país la crisis del  viejo estado. El gobierno, lejos de comprimir los niveles de ganancia que tienen los detentores de poder, la gran burguesía y los grandes terratenientes, ha decretado el alza salarial para el 2017 en USD 9, perjudicando a los trabajadores de manera directa, pues dicho incremento salarial no se compadece con los verdaderos índices de inflación que están en el orden del 5%, y con él, el incremento de la canasta básica que ya supera los 700 dólares.

Las autoridades gubernamentales han manifestado que el incremento salarial está ajustado a la inflación promedio en el año (2,3%), -a decir de ellos-, no obstante los empresarios plantearon que el incremento sea de USD 6.

De todas formas el ministro de trabajo, Leonardo Barrezueta, señaló en su cuenta de twitter  que “Alcanzamos un consenso histórico entre trabajadores y empleadores para fijar el Salario Básico Unificado (SBU) del 2017”, lo que no dijo el ministro es que en la supuesta representación de los trabajadores estuvieron Oswaldo Chica y Lilian Durán, miembros de la Central Unitaria de Trabajadores (CUT) creada por el régimen y que recicló en su seno a los elementos más pútridos, conciliadores y traidores de la dirigencia sindical, y que obviamente, no representa sino a un puñado de sindicatos que cayeron obnubilados por la tramoya del socialismo del siglo XXI y la tal revolución ciudadana.

El argumento “consensuado con la dirigencia de los trabajadores” y los empresarios, se supone responde al momento, la crisis,  la imposibilidad de que el alza sea mayor porque el efecto inmediato sería el despido masivo de trabajadores en el sector privado y con  ello el incremento de la tasa de desempleados.

Es decir, los trabajadores estamos condenados a que nuestros niveles de vida se depriman cada vez más, ya sea en momentos de bonanza fiscal, de altas ganancias para los empresarios privados o, por el contrario, en momentos de crisis como la actual. Siempre, quién pone la cuota de sacrificio, es la clase obrera y el campesinado pobre. Definitivamente, ese salario de miseria va a pauperizar más aún los niveles de vida del pueblo. Todo esto en medio de una creciente tasa de desempleo o, la disminución –legal- de la jornada de trabajo y con ella del salario.

Desde luego que las condiciones de vida material de nuestro pueblo están al límite. Pero ese es un  aspecto de la coyuntura, pero hay el otro, y es que las masas ya se cansaron de la verborrea revolucionaria del régimen, de su mamotreto de revolución ciudadana y se manifiestan en la movilización y lucha popular.

A pesar de que la dirigencia oportunista de la Conaie no ha asumido políticamente la lucha del pueblo Shuar por la tierra, muchas comunidades indígenas se han levantado en protesta ante la represión estatal en Morona Santiago, tanto así que hace pocos días, en la comunidad de Sarayaku, Pastaza, 11 militares fueron retenidos por la comunidad por violentar su territorio, acción que le costó al representante del gobierno en la provincia su puesto.

Hoy que las masas ya no temen al régimen fascista, que se ha perdido el miedo; hoy que se está fortaleciendo los niveles de organización y respuesta de las masas, de los trabajadores, que los niveles de lucha se han cualificado a tal nivel de que si la respuesta por parte de las masas debe ser violenta, será violenta, hay que salir a las calles a conquistar un salario que elementalmente responda a la necesitad que tienen los trabajadores de contar con un salario que posibilite reproducir la fuerza de trabajo.

MIENTRAS EL RÉGIMEN CORPORATIVISTA DE ALIANZA PAÍS SE PUDRE EN CORRUPCIÓN, LAS MASAS SE MUEREN DE HAMBRE.

¡NO AL MISERABLE INCREMENTO SALARIAL!
¡POR UN  SALARIO QUE PERMITA LA REPRODUCCIÓN DE LA FUERZA DE TRABAJO!

CONDENA TOTAL A LA FALSA DIRIGENCIA DE LOS TRABAJADORES REPRESENTADA POR LA CUT GOBIERNISTA Y LA  CUT  OPORTUNISTA –REVISIONISTA DE OPOSICIÓN.

LAS CONQUISTAS SALARIALES, POLÍTICAS, SE LAS GANA EN LA CALLE, LUCHANDO, NO EN LA MESA DE NEGOCIACIONES.

¡ALTO A LA REPRESIÓN DEL PUEBLO SHUAR!

¡ALTO A LA VORACIDAD EMPRESARIAL!

¡ALTO AL ELEVADO GASTO BUROCRÁTICO DEL ESTADO! 

Friday, December 23, 2016

Aus Dem Volke Dienen : Zu den Ereignissen in Berlin.- En cuanto a los últimos acontecimientos en Berlín




Zu den Ereignissen in Berlin

Eine englische Übersetzung dieses Artikels findet sich hier.

Am Montag, dem 19. Dezember fuhr in Berlin ein Lkw in einen Weihnachtsmarkt, dabei wurden 12 Menschen getötet und fast 50 verletzt. Schnell war die deutsche bürgerliche Presse und einige bürgerliche Politiker dabei von einem „Terroranschlag“ zu sprechen.

Sollte es sich um einen Anschlag wie der in Nizza handeln, zu dem inzwischen oft eine Parallele gezogen wird, dann darf dies keine Ausrede sein Solidarität mit dem imperialistischen Staat BRD zu fordern. Die Kommunisten stehen immer auf der Seite des internationalen Proletariats und der Völker der Welt. Es gibt keine Berechtigung des Imperialismus und all jener, die von seiner Blutsaugerei profitieren, zu verlangen, dass wir solidarischer mit den zivilen Opfern in den imperialistischen Ländern sind, als mit den hunderttausendfach mehr Opfern in den unterdrückten Ländern. Die Kommunisten sind revolutionäre Defätisten, die sich die Niederlage des imperialistischen Staates, in dem sie wirken, herbeiwünschen.

Zu dieser Frage haben die deutschen Kommunisten zusammen mit anderen Parteien und Organisationen ihre Position schon festgelegt:
„Nur durch das was uns der Vorsitzende Mao gegeben hat können wir die aktuelle Situation der Länder des sogenannten Ausgeweiteten Mittleren Osten, wie Syrien verstehen, wo sich zwei Widersprüche zuspitzen und drei Kräfte agieren. Die zwei Widersprüche sind: 1) der Widerspruch zwischen unterdrückten Nationen und imperialistischen Nationen, der Hauptwiderspruch, und 2) der interimperialistische Widerspruch, der sekundäre Widerspruch. Die drei Kräfte sind: 1) der USA-Imperialismus, einzige hegemoniale Supermacht, Hauptfeind, und seine zeitweiligen Verbündeten; 2) die atomare Supermacht, Russland und seine zeitweiligen Verbündeten; 3) das angegriffene Land, Syrien, das alle nationalen Klassen und Minderheiten beinhaltet, abgesehen von einer Handvoll verräterischer Anhänger der Theorie der nationalen Unterjochung. Auch wenn der gerechte Widerstandskampf von den Massen heroisch ausgeführt wird und von allen Revolutionären unterstützt werden muss, ist es noch immer eine schwache Kraft. Um ihn zu stärken und die Perspektive der effektiven Befreiung der Massen zu sichern, ist die proletarische Führung unvermeidlich. Das ruft die Kommunisten Syriens dazu auf, im Schmelztiegel des bewaffneten Kampfes ihre Kommunistische Partei zu rekonstituieren, um eine Einheitsfront des nationalen Widerstands gegen die imperialistische Besatzung unter der Parole „Tod den Besatzern!” zu errichten und, nach dem Rauswurf des externen Aggressors, die nationale demokratische Revolution weiter zu ihrem Höhepunkt zu führen, alles mittels dem Volkskrieg. Auch für die Kommunisten der Welt muss die Parole „Nieder mit dem imperialistischen Aggressionskrieg! Tod den Besatzern!” fest aufgenommen werden und durch Volkskriege angepackt werden, um den Weg zu zeigen, der Entwicklung der proletarischen Weltrevolution zu dienen.“

Des weiteren müssen alle Revolutionäre und klassenbewussten Arbeiter denunzieren, dass die Verantwortlichen für den Anschlag der deutsche Imperialismus mit seiner Aggression gegen die Völker der Welt ist. Und sie müssen am Arbeitsplatz, in den Vierteln, in den Schulen und sonst wo mit ihren muslimischen Klassenbrüdern und -schwestern gegen die chauvinistische Hetze zusammen stehen. Ebenso ist klar zu denunzieren, dass die BRD die Ereignisse offensichtlich nutzt, um die Militarisierung der Gesellschaft weiter voran zu treibe, wie man jetzt an den mit Maschinenpistolen auf Weihnachtsmärkten patrouillierenden Polizisten schon erkennt. Wenn die deutschen Imperialisten jetzt von er Sicherheit der Bevölkerung schwadronieren ist nur zu sagen, dass alle Auslandseinsätze der Bundeswehr beendet werden müssen, die BRD aus der NATO austreten muss und umgehend alle Waffenexporte gestoppt werden müssen, denn das hätte vielleicht irgendeinen Effekt für die Sicherheit der Bevölkerung in der BRD.


En cuanto a los últimos acontecimientos en Berlín

El lunes, 19 de diciembre en Berlín, un camión arrolló un mercado de Navidad, como consecuencia 12 personas murieron y cerca de 50 resultaron heridas. la prensa burguesa alemana y algunos políticos burgueses rápidamente hablaron de un "ataque terrorista".

De haber sido un ataque como el de Niza, como ahora a menudo se traza un paralelo, entonces en este caso esto no debe ser motive para exigir solidaridad con el Estado imperialista la RFA. Los comunistas están siempre del lado del proletariado internacional y los pueblos del mundo. No hay ninguna justificación del imperialismo y de todos aquellos que se benefician de su sed de sangre a la demanda, que mostremos solidaridad con las víctimas civiles en los países imperialistas, al igual como lo somos con los cientos de miles de víctimas más en los países oprimidos. Los comunistas son derrotistas revolucionarios que anhelan la derrota del Estado imperialista en la que actúan.

Sobre esta cuestión, los comunistas alemanes ya han definido su posición junto con otros partidos y organizaciones:
"Únicamente partiendo de lo aportado por el Presidente Mao podemos comprender la situación actual de países del llamado Oriente Medio Ampliado como Siria, donde se agudizan dos contradicciones en las que actúan tres fuerzas. Las dos contradicciones son: 1) la contradicción entre naciones oprimidas y naciones imperialistas, contradicción principal y 2) la contradicción interimperialista, contradicción secundaria. Las tres fuerzas son: 1) El imperialismo de EE.UU., superpotencia hegemónica única, enemigo principal, y sus aliados temporales; 2) la superpotencia atómica, Rusia, y sus aliados temporales; 3) el país agredido, Siria, incluyendo todas sus clases y minorías nacionales, exceptuando un puñado de traidores partidarios de la teoría de la subyugación nacional. Aun cuando la justa lucha de resistencia es llevada por las masas en forma heroica y debe ser apoyada por todos los revolucionarios, ésta es aún la fuerza débil. Para hacerla fuerte y asegurar la perspectiva de efectiva liberación de las masas es imprescindible la dirección proletaria. Esto clama a los comunistas de Siria reconstituir su Partido Comunista en el crisol de la lucha armada, para construir un frente único de resistencia nacional contra la ocupación imperialista bajo la consigna “¡muerte al invasor!” y, luego de la expulsión del agresor extranjero, proseguir la revolución democrático nacional hasta su culminación, todo a través de la guerra popular. También para los comunistas del mundo la consigna “¡Abajo la guerra de agresión imperialista! ¡Muerte al invasor!” debe ser asumida firmemente y, a través de impulsar guerras populares para mostrar el camino, servir a desarrollar la revolución proletaria mundial..".

Por otra parte, todos los revolucionarios y los obreros con conciencia de clase deben denunciar que el responsable por el ataque  es el imperialismo alemán con su agresión contra los pueblos del mundo. Y en el lugar de trabajo, en los barrios, en las escuelas y en otros lugares hay que estar con nuestros hermanos de clase y hermanas musulmanes uniéndonos contra la agitación chovinista. También está claro que hay que denunciar que la RFA utiliza estos eventos como aparentes para la militarización de la sociedad para avanzar aún más exagerado el despliegue de patrullas de policía con ametralladoras en los mercados de navidad. Si los imperialistas alemanes ahora fanfarronean sobre la seguridad de la población, consecuentemente, sólo queda exigir que todas las misiones de la Bundeswehr (el Ejército Federal) en el extranjero deben dares por concluídas, la RFA debe salir de la OTAN e inmediatamente deben cesar todas las exportaciones de armas, porque eso podría tener quién sabe algún efecto sobre la seguridad de población en Alemania.

    20 de diciembre de, el año 2016

Publicado originalmente en alemán por la web Dem Volke Dienen