Wednesday, July 4, 2018

A NOVA DEMOCRACIA: Declaração de Partidos maoistas sobre o Dia da Heroicidade

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Nota da Redação: Publicamos a seguir adaptação de importante declaração assinada por Partidos e Organizações maoistas da América Latina e da Europa por ocasião do dia 19 de junho, o Dia da Heroicidade. O documento na íntegra, traduzido, pode ser lido em serviraopovo.wordpress.com.
Proletários de todos os países, uni-vos!
Dia da Heroicidade: lutar, lutar, lutar é nossa felicidade
Os prisioneiros de guerra, como personagens
da história, seguem ganhando batalhas além
da morte porque vivem e combatem em nós,
conquistando novas vitórias.
Presidente Gonzalo
O dia 19 de junho constituiu-se em um marco de heroicidade, valor e coragem dos heróis da guerra popular no Peru e referentes históricos do proletariado internacional.
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Heroicos comunistas celebram aniversário do PCP nas Luminosas Trincheiras de Combate, Peru
Precisamente nessa data, 19 de junho de 1986, o velho Estado do Peru, representado pelo governo fascista de Alan García, cometeu um dos genocídios mais execráveis que a história conheceu contra os prisioneiros de guerra.
O exitoso desenvolvimento da Guerra Popular, dirigida pelo Partido Comunista do Peru a partir do 17 de maio de 1980, em pouco tempo começou a materializar seus objetivos: a destruição – parte por parte – do velho Estado peruano e da velha sociedade que ele representa e defende, isto é, a semifeudalidade, o capitalismo burocrático e o imperialismo; os duros golpes assestados nas hienas da reação e o aplastamento do revisionismo no Peru.
A resposta não se fez esperar. Em maio de 1986 registraram-se oito mil e setecentos assassinatos efetuados pelo velho Estado. Massas despejadas, filhos do povo desaparecidos, outros enterrados em fossas comuns, assassinatos massivos contra a população camponesa. A crueldade centrou-se nos prisioneiros de guerra, pois em alguma medida o regime fascista e genocida de Alan García considerava que eram um alvo fácil pela sua condição.
Genocídio que o povo enfrentou esbanjando heroicidade, sendo que a resistência das luminosas trincheiras de combate transformou-se em símbolo desta grandiosa resistência popular.
Foi o elevado nível de organização do PCP que transformou as masmorras da reação em Luminosas Trincheiras de Combate. Apesar das condições de desvantagem com o inimigo, a guerra popular foi desenvolvida, pois os combatentes estavam fortalecidos pela moral comunista. O fator que os potencializou para atingir níveis de heroicidade a toda prova, poucas vezes conhecidos pela humanidade, foi estarem dotados da expressão ideológica mais elevada que desenvolveu a classe até os dias de hoje: o marxismo-leninismo-maoismo, pensamento Gonzalo. E precisamente o fato de terem sido forja do Presidente Gonzalo e de serem soldados vermelhos de Gonzalo que os possibilitaram a determinação necessária para desafiar a morte.
O regime aprista, corporativo e fascista não poupou serviço algum contra os prisioneiros de guerra. As hienas da reação viram-se na necessidade de recorrer à tortura, ao assassinato seletivo e, de fato, Alan García, vendo-se contra as mais elementares normas jurídicas de seu próprio Estado, atacou os prisioneiros de guerra com um só objetivo: promover o mais infame e cruento genocídio de prisioneiros de guerra.
Mas há um fato importante a ressaltar: se é verdade que a reação desatou toda sua campanha de aniquilamento com milhares de soldados e policiais equipados com armas de grosso calibre, tanques, helicópteros e canhoneiras, pela frente encontraram férreos guerrilheiros com vontade de aço, dispostos a imolar-se, a entregar suas vidas. Mas não sem antes oferecer a mais bela e sacrificada resistência armada, apesar da desproporção em termos de armamento, posições e condições estratégicas. Depois de causar importantes baixas ao inimigo, 250 comunistas entregaram suas valiosas vidas pelo povo, pelo partido e pela revolução, proporcionando-nos uma importante vitória política, militar e moral.
Sem pôr-se de joelhos, sem pedir piedade e sem claudicar, sob a clara consigna de que Aqui ninguém se rende!, a forja de Gonzalo evidenciou ao mundo a força ideológica que move os comunistas de novo tipo, um claro exemplo de como arrancar louros de vitória da morte, cujo exemplo perdura e transmuta no tempo naqueles que hoje combatem na Índia, Filipinas, Turquia e no Peru; na luta gerada em cada rincão do mundo pela constituição ou reconstituição de partidos comunistas, com camaradas dispostos à transformação do mundo e seguir o exemplo daqueles combatentes das luminosas trincheiras de combate.
Este ato heroico da classe – que somente a ideologia e a guerra popular podem gerar – não passará despercebido jamais pelo proletariado internacional, assim tampouco a responsabilidade que o governo fascista de Alan García teve no massacre, com a cumplicidade do imperialismo ianque e chinês, mas também do revisionismo.


Hoje celebramos a morte em combate dos prisioneiros de guerra no Peru num momento em que a nova onda da revolução proletária mundial confronta novos cenários de luta nas Filipinas, na Índia, Turquia e no Peru, onde a guerra popular se mantém, apesar das dificuldades, dos avanços e dos reveses travados em meio da luta de duas linhas que cobra uma força e necessidade extraordinárias com o avanço no processo de Reorganização do PCP; no qual a luta contra o novo revisionismo se fortalece e demanda que este seja esmagado com toda nossa força e ódio de classe. Celebramos em meio da decidida luta contra o oportunismo e as patranhas da reação, que permanentemente emite seu vômito negro de que a guerra popular no Peru foi derrotada. Celebramos em um contexto no qual cresce rapidamente, firme em seus propósitos, a reconstituição e constituição de partidos comunistas comprometidos com a construção dos instrumentos para a revolução e desenvolver guerra popular até o comunismo.
Hoje também alçamos nossa voz em solidariedade com todos os prisioneiros revolucionários. Rechaçamos e condenamos o velho Estado indiano, com o reacionário Narendra Modi à cabeça, que tem aumentado seu ataque contra os comunistas, revolucionários e ativistas democráticos do povo indiano. Solidariedade com os prisioneiros de guerra do TKP/ML dentro e fora da Turquia, solidariedade com os presos do Partido Comunista das Filipinas e solidariedade com os presos palestinos, e de todas as lutas revolucionárias dos povos.
Solidarizamo-nos preparando mais firmemente a unidade internacional ideológica e orgânica, e preparando ou desenvolvendo mais guerras populares – única maneira para acabar com os genocídios e varrer o imperialismo e a reação da face da Terra.
Está escrito na história: a experiência de luta do proletariado internacional nos ensinou que as ações e crimes cruentos que o inimigo aplica contra a classe e o povo não afoga a revolução, pelo contrário, a atiça, a vivifica, porque persistir na luta até a vitória é a lógica do povo, sem importar-se quanto ou qual é o sacrifício que se deva fazer. Assim tem sido sempre, assim será até a conquista do dourado comunismo.
Honra e glória aos e às camaradas imolados(as) nas luminosas trincheiras de combate do Peru!
Desfraldar, defender e aplicar o marxismo, leninismo, maoismo, pensamento Gonzalo!
Viva os soldados vermelhos do Presidente Gonzalo!
Viva a guerra popular na Índia, Turquia, Filipinas e Peru!
Entregar nossas vidas pelo Partido e a Revolução!
Defender todos os presos revolucionários do mundo!
Partido Comunista do Equador – Sol Vermelho
Partido Comunista do Brasil (Fração Vermelha)
Movimento Popular Peru (Comitê de Reorganização)
Fração Vermelha do Partido Comunista do Chile
Organização Maoista para a Reconstituição do Partido Comunista da Colômbia
Núcleo Revolucionário para a Reconstituição do Partido Comunista do México

Comitê Bandeira Vermelha – Alemanha