Maoistas marcham em Austin no Dia do Internacionalismo Proletário
Em todo o mundo o povo e os revolucionários enfrentaram toques de recolher, quarentenas e uma repressão ainda mais ostensiva para comemorar o 1° de maio com diversas ações combativas e de solidariedade proletária internacional. Desde a América do Sul ao Norte da Europa, entre outros lugares, blocos vermelhos e combativos se organizaram para realização de manifestações, penduraram faixas, promoveram atividades solidárias em meio à crise e propagandearam a necessidade de uma revolução proletária mundial como única saída ao sistema de exploração e opressão, à crise geral do imperialismo, agravada pela crise sanitária atual, agudizada pelo novo coronavírus.
América do sul
No Equador, os revolucionários realizaram uma semana de ações em celebração ao 1º de Maio. Em Imbabura, foram realizadas mobilizações da Frente de Defesa dos Trabalhadores de Imbabura, com ações combativas na província de Chimborazo. Além disso, em mais três províncias do país, os Comitês de Camponeses Pobres estiveram presentes para celebrar a data.
O Sindicato Geral dos Trabalhadores da Saúde também convocou uma nova manifestação em diversas províncias do país, sendo Manabí a província com o protesto mais importante e combativo. Fora as manifestações, diversas pichações contra o regime entreguista de Moreno foram feitas em todo o país.
Também houve uma declaração em ocasião ao dia, onde os revolucionários afirmam: “Os proletários do mundo estão otimistas; Não é hora de ceder, relaxar, muito menos de ser ingênuos e cair na chantagem do imperialismo e de seus lacaios locais para 'unir-se diante da crise', além afirmar que o proletariado no Equador está se mostrando mais avançado, não por mera casualidade, mas por “produto de ter a linha ideológica correta, que determina tudo”.
Encerram o documento exaltando o 1º de maio e destacando os heróis do proletariado internacional desde os "mártires de Chicago” até os heróis e heroínas das guerras populares levadas a cabo no Peru, Índia, Filipinas e Turquia; Também prestaram homenagens aos lutadores que derramaram seu sangue no Brasil México, e reafirmaram sua base de defesa no marxismo-leninismo-maoismo e os aportes de validez universal do pensamento Gonzalo.
"Retomar Recabarren! Abaixo ao Revisionismo!”
Luis Emilio Recabarren, fundador do Partido Comunista do Chile
As homenagens foram feitas utilizando bandeiras vermelhas sob o monumento de Luis Emilio Recabarren, além de um cartaz com os dizeres Retomar Recabarren! Abaixo ao Revisionismo! Prestada as homenagens, os revolucionários se retiraram do local, erguendo consignas em homenagem ao 1º de Maio, ao proletariado internacional, e aos povos oprimidos do mundo.
Também no Chile, ocorreram manifestações no 1º de Maio em todo o país, nas quais os trabalhadores enfrentaram as forças de repressão do velho Estado. Ao menos 57 pessoas foram presas.
Polícia ataca manifestação durante o Dia do Internacionalismo Proletário. Fonte: Reuters/ Ivan Alvarado
A concentração ocorreu na Praça Baquedano, conhecida como Praça Itália, onde tiveram início as grandes manifestações que abalaram o país no ano passado, em outubro. Com máscaras e respeitando a distância mínima sanitária, cerca de 200 pessoas compareceram à manifestação no Dia do Internacionalismo Proletário. Logo após o início do ato, os trabalhadores enfrentaram um grande aparato policial que lançou água e gás lacrimogêneo sob as massas.
Também foram registradas manifestações em Valparaíso, terceira cidade mais populosa do Chile, onde os trabalhadores resistiram às forças de repressão. Dezenas de lideranças sindicais foram presas.
Repressão no Dia do Internacionalismo Proletário no Chile. Fonte: Reuters/ Ivan Alvarado
América do norte
No USA, em Austin, Texas, revolucionários realizaram ações contra a Câmara Municipal da cidade, que teve suas portas pintadas com tinta vermelha, além de pichações com palavras de ordem como O Imperialismo dos EUA é o vírus, Revolução Socialista é a cura! em antecipação ao Dia do Internacionalismo Proletário.
Câmara Municipal pintada de vermelho, com pichações “1º de Maio Dia Internacional dos Trabalhadores!” e “O Imperialismo dos EUA é o vírus, Revolução Socialista é a cura!”
Já no 1º de maio, militantes maoístas tomaram as ruas em marcha, com um cartaz com os dizeres Viva o Primeiro de Maio, Dia Internacional do Proletariado. Os revolucionários entraram em confronto com grupos fascistas, que saíram feridos. Encerram a marcha em frente a uma prisão local, para mostrar solidariedade aos manifestantes que foram presos mais cedo no dia, numa ação em apoio a Greve de Aluguel.
Em outras cidades, como em Orlando, Los Angeles, Pittsburgh, St. Louis e Charlotte, diversas pichações foram feitas promovendo o Dia do Internacionalismo Proletário e Greves de Aluguel, além de denúncias contra o Imperialismo ianque e sua resposta à pandemia da Covid-19.
“O Imperialismo é o vírus, Revolução Socialista é a cura!”
Também no 1º de Maio, trabalhadores de empresas como Amazon, Target, Whole Foods e outros monopólios paralisaram suas atividades ou abandonaram seus postos no meio do expediente em protesto por melhores condições de trabalho e exigindo pagamentos de adicional por risco às suas vidas.
Enfermeiras em 13 estados também protestaram contra a falta de equipamento apropriado para lidar com a Covid-19. Sendo uma das categorias da saúde com menor salário, elas exigem luvas e outros equipamentos de proteção para lidar com a pandemia.
“Protejam os Trabalhadores da Amazon!”
No México, a Corrente do Povo-Sol Vermelho emitiu uma declaração em ocasião do 1º de Maio. Nela, destacam a crise geral do Imperialismo, afirmando “estar gerando uma bomba que mais cedo ou mais tarde explodirá”. Também, fazem um retrato histórico do 1º de Maio e seus 130 anos, como um dia para honrar os heróis do proletariado e elevar “essa luta em direção ao programa estratégico da Revolução Proletária Mundial”.
Dá como resposta à crise econômica o chamado à Greve Geral, com as palavras Greve geral agora! Que a crise econômica e da saúde sejam pagas pelos ricos!, finalizando a declaração defendendo a criação de Comitês de Saúde e Higiene em Defesa do Povo, como resposta para a crise sanitária da Covid-19, ao realizar “ações informativas, preventivas e sanitárias”.
Europa
Na Alemanha, em Berlim, a mobilização de 5.000 policiais na tentativa de impedir que as muitas pessoas que saíram às ruas se manifestassem resultou em confrontos e três carros incendiados no bairro de Kreuzberg. Na capital, revolucionários também fizeram um ato em Hohenschönhausen.
Em Bremen, o dobro do número de pessoas permitido pelo Estado Imperialista se reuniu para celebrar o primeiro de maio, sendo que folhetos foram distribuídos e jornais vendidos na manifestação. A polícia tentou, em vão, acabar com a marcha utilizando como pretexto o elevado número de pessoas presentes. Diante disso, os revolucionários apenas separaram-se em dois grupos, ficando um pouco atrás do outro, e continuaram a marcha.
Revolucionários fazem ato em Essen, desafiando o toque de recolher do Estado imperialista Alemão no 1° de maio
Na cidade de Friburgo, organizações revolucionárias afixaram faixas e distribuíram panfletos e materiais de propaganda no parque Seepark-Garden, pela manhã. A Internacional, hino do proletariado e povos em luta em todos os países, também foi executada no local. À tarde os revolucionários participaram de uma manifestação no centro da cidade.
Revolucionários se mobilizam no primeiro de maio em Friburgo
Em Hamburgo, 150 pessoas se reuniram para celebrar o primeiro de maio, sendo que o bloco combativo fez falas de agitação no megafone, e entoou A Internacional.
De acordo com o relato dos participantes, o Estado reacionário alemão concentrou uma força policial três vezes maior que a dos manifestantes no local, o que não foi suficiente para intimidar os manifestantes.
Revolucionários se manifestam no 1° de maio em Hamburgo
Militantes e democratas turcos na alemanha, da organização Partizan, também demarcaram sua presença revolucionária em manifestações nas cidades de Wuppertal, Nürnberg, Ulm, entre muitas outras.
Militantes da organização democrática Partizan se manifestam no 1° de maio em Stuttgart
Na Áustria, houve muita agitação, com grandes marchas, considerando o isolamento imposto pelas "autoridades". Em Innsbruck, a manifestação contou com 750 pessoas, apesar do isolamento imposto pelas "autoridades".
Em Viena, ativistas revolucionários e anti-fascistas se uniram na marcha contra a hipocrisia dos partidos políticos da via parlamentar, após o partido dos democratas desistir do evento. Em Linz, Friedrich Engels foi homenageado por ter há 130 transformado o primeiro de maio numa data internacional da classe trabalhadora.
Em um texto publicado, os revolucionários austríacos explicam a necessidade mais do que nunca da manifestação, eles denunciam que o isolamento forçado no primeiro de maio é uma tática do imperialismo para os trabalhadores não se organizarem. Denunciam ainda o aumento de impostos, do desemprego e a situação precária que o país e o resto das classes trabalhadoras do mundo enfrenta.
Revolucionários austríacos (Fonte: New Epoch)
Na França, em Paris, um grupo se concentrou na Place de la République, exibindo vários cartazes com as palavras de ordem: O capitalismo é o vírus, a revolução é a vacina e outro dizendo Nossas vidas, ou seus lucros. A polícia interveio em grande número, verificou as identidades dos ativistas e prendeu vários deles. Mais tarde, outras manifestações ocorreram na capital e nos subúrbios de Paris, em Montreuil e em frente a sede do 18º distrito da prefeitura.
Também nos quatro cantos do estado francês a organização de juventude Jovens Revolucionários se manifestou exibindo banners em cidades como Lyon, Saint-Étienne, Paris, Aubervilliers, Nantes, Clermont-Ferrand, Bordeaux, Caen, Rennes, mas também no interior, em Lot et Garonne.
Jovens Revolucionários da França penduram faixa escrita Seus lucros, nossas mortes no primeiro de maio
Norte da Europa
Na Irlanda do norte, Republicanos socialistas irlandeses de South Leinster ergueram uma faixa em Co Wicklow.
Na Suécia, os ativistas reuniram-se em quatro cidades para saudar as quatro Guerras Populares Prolongadas em curso hoje (Índia, Peru, Turquia e Filipinas). Eles declararam que as Guerras Populares são uma fonte de inspiração indispensável aos comunistas de hoje.
Em Estocolmo, capital do país, um grupo se organizou em frente à embaixada indiana em protesto de apoio à Guerra Popular na Índia, chamando a atenção da população em volta. Eles exigiram o fim da criminosa guerra do velho Estado indiano contra o povo, denunciando os massacres cometidos, os presos políticos e os crimes brutais das Forças Armadas contra os Naxalitas, como assassinatos em massa e de camponeses, estupros seguidos de feminicídio, incêndio em aldeias, etc. Foi também denunciada a recente lei que arrancou a cidadania de muitos muçulmanos e camponeses pobres no país.
Os ativistas condenaram o velho Estado indiano que "vende o país e empobrece o povo" e apontaram que a saída é se unir contra as classes dominantes e o velho Estado. Exigiram, além disso, a liberdade de Saibaba, intelectual preso político que viajou por países expondo a luta popular indiana. A embaixada tentou tirar fotos dos manifestantes e chamou a polícia, que chegou em quatro carros, mas os militantes já haviam se retirado.
Ativistas de Estocolmo na frente da embaixada indiana (Fonte: indiensolidaritet)
Em Gotemburgo, ativistas penduraram uma faixa vermelha grande com a imagem de İbrahim Kaypakkaya, grande líder revolucionário turco, com as palavras de ordem Apoie a Guerra Popular na Turquia! e Viva o internacionalismo proletário! Comunismo, já!
Em Upsália, a faixa foi erguida em homenagem à Guerra Popular peruana, dizendo Apoie a Guerra Popular no Peru! Comunismo já! Em Esquiltuna, a faixa dizia Apoie a Guerra Popular nas Filipinas!
Na capital do país, Estocolmo, uma grande faixa foi feita com a inscrição Apoie a Guerra Popular na Índia!
Ativistas suecos fazem agitação (Fonte: kommunisten)
Na Dinamarca, especialmente na capital (Copenhague), panfletagem e agitação foram feitas no parque Fælledparken, local simbólico onde o proletariado celebra o Dia da Batalha (Slaget på Fælleden), uma data de luta do proletariado dinamarquês por direitos. Os revolucionários contornaram as tentativas de dispersão orquestradas pelas forças de repressão.
Na declaração escrita, os revolucionários dinamarqueses condenam os partidos oportunistas de "esquerda" que cancelaram os atos do 1°de maio e os farão por videoconferências e denunciam as movimentações fascistas que o velho Estado dinamarquês vem tomando.
Eles também saúdam a Declaração Conjunta de Partidos e Organizações Comunistas Internacionais. E terminam a nota com várias palavras de ordem, incluindo Deixe o povo dirigir os serviços de saúde, deixe os ricos pagarem pela pandemia!
Ativistas dinamarqueses no primeiro de maio no parque Fælledparken (Fonte: Socialistisk Revolution)
Na Noruega combativos protestos ocorreram em diversas cidades.
Em Kristiansand, bandeiras do USA foram queimadas enquanto ativistas gritavam palavras de ordem.
Na cidade de Trondheim, mais bandeiras ianques foram queimadas e bandeiras com a foice o martelo erguidas. Durante a manifestação, um ativista fez um impactante discurso, elevando os ânimos dos revolucionários, seguindo a linha editorial da revista El Maoista.
Revolucionário norueguês discursa (Fonte: TMF)
Na capital, Oslo, diversas ações foram realizadas, incluindo uma homenagem a Otto Lier, comunista morto em 1943. Um comitê popular também andou pelas ruas divulgando medidas de segurança contra a pandemia, distribuindo máscaras, conversando com as massas sobre o sistema de opressão e exploração, cantando canções revolucionárias, etc.
No bairro de Grønland, em Oslo, um banner gigante de 10 metros foi pendurado com a palavra de ordem imortal: Trabalhadores de todos os países, uni-vos!
Em Gotemburgo, ativistas penduraram uma faixa vermelha grande com a imagem de İbrahim Kaypakkaya, grande líder revolucionário turco, com as palavras de ordem Apoie a Guerra Popular na Turquia! e Viva o internacionalismo proletário! Comunismo, já!
Em Upsália, a faixa foi erguida em homenagem à Guerra Popular peruana, dizendo Apoie a Guerra Popular no Peru! Comunismo já! Em Esquiltuna, a faixa dizia Apoie a Guerra Popular nas Filipinas!
Na capital do país, Estocolmo, uma grande faixa foi feita com a inscrição Apoie a Guerra Popular na Índia!
Ativistas suecos fazem agitação (Fonte: kommunisten)
Na Dinamarca, especialmente na capital (Copenhague), panfletagem e agitação foram feitas no parque Fælledparken, local simbólico onde o proletariado celebra o Dia da Batalha (Slaget på Fælleden), uma data de luta do proletariado dinamarquês por direitos. Os revolucionários contornaram as tentativas de dispersão orquestradas pelas forças de repressão.
Na declaração escrita, os revolucionários dinamarqueses condenam os partidos oportunistas de "esquerda" que cancelaram os atos do 1°de maio e os farão por videoconferências e denunciam as movimentações fascistas que o velho Estado dinamarquês vem tomando.
Eles também saúdam a Declaração Conjunta de Partidos e Organizações Comunistas Internacionais. E terminam a nota com várias palavras de ordem, incluindo Deixe o povo dirigir os serviços de saúde, deixe os ricos pagarem pela pandemia!
Ativistas dinamarqueses no primeiro de maio no parque Fælledparken (Fonte: Socialistisk Revolution)
Na Noruega combativos protestos ocorreram em diversas cidades.
Em Kristiansand, bandeiras do USA foram queimadas enquanto ativistas gritavam palavras de ordem.
Revolucionário norueguês discursa (Fonte: TMF)
Na capital, Oslo, diversas ações foram realizadas, incluindo uma homenagem a Otto Lier, comunista morto em 1943. Um comitê popular também andou pelas ruas divulgando medidas de segurança contra a pandemia, distribuindo máscaras, conversando com as massas sobre o sistema de opressão e exploração, cantando canções revolucionárias, etc.
No bairro de Grønland, em Oslo, um banner gigante de 10 metros foi pendurado com a palavra de ordem imortal: Trabalhadores de todos os países, uni-vos!
Banner internacionalista de 10 metros (Fonte: TFM)
Os revolucionários da Finlândia comemoraram o Primeiro de Maio sobretudo em duas cidades, Tempere e Turko. Eles desafiaram as ordens de isolamento para se reunir nessa data importante que uniu também as celebrações em honra aos heróis do proletariado tombados durante a grande Rebelião Trabalhista de 1918.
Os revolucionários também afirmaram em declaração que o Marxismo-Leninismo-Maoismo, principalmente Maoísmo é a direção para a luta do proletariado internacional.
Em ambas as cidades os revolucionários agiram com banners, pichação e posters com as palavras de ordem Rebelar-se é justo!
Lutar e resistir! (Fonte: punalippu)
Sul da Europa
Na Grécia, em Atenas, centenas de pessoas se reuniram em frente ao parlamento, mantendo distância e usando máscaras, para comemorar o 1° de maio e protestar contra o governo de turno ultrarreacionário grego. Uma manifestação também aconteceu em Thessaloniki.
Primeiro de maio em Atenas
Turquia
Em Istambul e Ancara, pelo menos 45 pessoas foram criminosamente detidas pelas forças de repressão do fascista Erdogan, ao tentarem organizar marchas no dia de maio. Pelo menos 15 pessoas foram presas quando um grupo se reuniu em Istambul, e tentou marchar até a Praça Taksim.
Outras onze pessoas foram detidas no bairro Kadikoy de Istambul, do lado anatoliano, por tentarem realizar um comício. Outros 12, que marchavam na Praça Taksim, foram presos no distrito de Sisli, em Istambul e mais sete pessoas na capital Ancara. Um total de mais de 44 mil policiais foram mobilizados para impedir as manifestações.