Reproduzimos a seguir dois textos do Boletim produzido pelo Movimento Feminino Popular (MFP) por ocasião do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. O arquivo pdf do Boletim, na íntegra, está disponível aqui para impressão.
Em sentido horário: Combatentes do Novo Exército do Povo - Filipinas; Combatentes do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação - Índia; Combatentes do Exército Popular de Libertação - Peru;
Levantar as mulheres do povo para a revolução
Neste 8 de Março, uma vez mais, nós mulheres do MFP – Movimento Feminino Popular saudamos efusivamente a nossa gloriosa classe proletária e especialmente as mulheres do povo de todo mundo, afirmando peremptoriamente que este é o dia internacional das mulheres do povo e não de todas as mulheres como todo o feminismo burguês/pequeno-burguês alardeia juntamente com as agências do imperialismo e os governos reacionários em todo o mundo.
Saudamos orgulhosas de nossa condição feminina a todas as mulheres do nosso heroico povo, as operárias, as camponesas, as trabalhadoras do comércio, do transporte e demais serviços, as trabalhadoras funcionárias públicas, as trabalhadoras domésticas e donas de casa, as estudantes, as profissionais liberais, intelectuais e artistas progressistas, saudamos as jovens, as adultas e as anciãs, saudamos todas as crianças de nosso país, afirmando a esperança de um Novo Mundo com a certeza da luta classista e revolucionária.
Neste grandioso dia queremos glorificar a memória das heroínas de nossa classe e exaltar seu papel para todo sempre, luminoso exemplo expressos em Louise Michel (francesa), Jenny Marx (alemã), Clara Zetkin (alemã) Rosa Luxemburgo (polonesa), Alexandra Kolontai (soviética), Chiang Ching (chinesa), Tina Modotti (italiana), Olga Benário (alemã), Augusta de la Torre Carrasco e Yovanka Pardavé Trujillo (peruanas).
Saudamos as mulheres de nosso povo, reverenciando a memória das combatentes, que na história da luta de classes no Brasil dedicaram suas vidas à revolução. Sobretudo aquelas que encarnaram de forma mais profunda a ideologia do proletariado e, de armas nas mãos, lutaram pela destruição do velho Estado burocrático-latifundiário e pela Nova Democracia e pelo Socialismo no Brasil e o Comunismo em todo o mundo. Saudamos estas intrépidas combatentes brasileiras nas figuras das companheiras combatentes da Guerrilha do Araguaia, militantes do Partido Comunista do Brasil: Dinalva Oliveira Teixeira (Dina), Helenira Resende (Fátima), Maria Lúcia Petit (Maria), Dinaelza Santana Coqueiro (Mariadina), Luzia Reis (Baianinha), Suely Kanayama (Chica), Lúcia Maria de Souza (Sônia), Luiza Garlippe (Tuca), Jana Moroni Barroso (Cristina), Áurea Valadão (Elisa), Maria Célia Correa (Rosa), Telma Regina Correia (Lia), Walkiria Afonso da Costa (Walk).
Saudamos a fundadora do Movimento Feminino Popular nossa querida companheira Sandra Lima, que nos deixou em 27 de julho de 2016, seu incansável exemplo de luta e sua convicção de que “O Brasil precisa de uma REVOLUÇÃO!”.
Por fim, saudamos as mulheres proletárias e as massas populares que combatem de armas nas mãos na guerra popular dirigida por partidos comunistas maoístas no Peru, Índia, Turquia, Filipinas e nas guerras de libertação na Palestina, Iraque, Afeganistão, Síria e outros países dominados pelo imperialismo.
Glória eterna às heroicas combatentes que na luta revolucionária deram suas vidas pela libertação do povo e dos países dominados pelo imperialismo!
Despertar a fúria revolucionária da mulher!
A origem da opressão feminina é a propriedade privada e a sociedade de classes
Só a revolução proletária emancipará as mulheres
Homenagem do Comitê Central do PCUS à grande lutadora Clara Zetikin em seus 75 anos, intrépida combatente da emancipação da mulher e da revolução
A opressão feminina tem origem na propriedade privada e divisão da sociedade em classes antagônicas. Inicialmente, o patriarcado derruba o direito materno em função da propriedade privada, atendendo à necessidade do homem de garantir a herança para seus filhos e revelou-se uma armadilha terrível para as mulheres, já que a elas também interessavam a herança para seus filhos. A forma de família patriarcal monogâmica garante essa nova exigência. As novas relações de propriedade, entretanto, fez com que cada vez mais a divisão da sociedade entre homens e mulheres se tornasse secundária em relação a divisão da sociedade em classes sociais. A intensidade e os efeitos da opressão sexual, aplicada originalmente sobre o conjunto de mulheres, são relativos à sua condição social, de classe proprietária ou de classe despossuída e explorada. A família individual que se estabelece então é uma unidade econômica fundamental da sociedade de classes. O que com o capitalismo não só se manteve como reforçou-se.
Em razão da origem e causa da opressão feminina ser a propriedade privada e divisão da sociedade de classes e dessa relação ser de exploração e opressão, somente a erradicação completa destes fatores e sua substituição por novas relações de produção baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção social e de distribuição da riqueza pode conduzir a emancipação das mulheres ao emancipar politicamente a classe operária e demais massas trabalhadoras. Ou seja, a revolução social do proletariado – composta por homens e mulheres – para o estabelecimento do socialismo em transição para a sociedade sem classes, o comunismo.