BRUNO BITENCOURT 11 SETEMBRO 2019
Foto: Stringer/Reuters
Há 46 anos, em 11 de setembro de 1973, as forças armadas reacionárias do Chile, financiadas pelo USA, avançaram sobre o Palácio La Moneda, sede do governo, para derrubar o então presidente Salvador Allende, num golpe de Estado que deu início aos quase 17 anos do regime militar fascista de Augusto Pinochet. Desde então, a data é marcada por inúmeras manifestações populares contra o fascismo instaurado na época e em memória das dezenas de milhares de pessoas que verteram seu sangue na luta pela liberdade de seu país. Neste ano de 2019, na semana do 11 de setembro, não foi diferente.
Ainda no dia 08/09, manifestantes entraram em confronto com a polícia durante uma marcha em memória das vítimas de Pinochet realizada na capital Santiago. Quando o ato se aproximou do Cemitério Geral de Santiago, jovens ergueram barricadas e atacaram os policiais com coquetéis molotov. Estima-se que mais de dez mil pessoas participaram da manifestação.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Dois dias depois, 10/09, um grupo de mulheres percorreu o centro da capital fazendo paradas em locais utilizados como centros de tortura. Vestidas de preto, elas exibiram cartazes que lembraram o golpe de 1973.
"Decidimos fazer uma procissão por seis lugares que foram centros de tortura, sequestro e violência política sexual na ditadura e que atualmente estão absolutamente invisíveis", disse Beatriz Bataszew, uma das organizadoras da atividade.
Ainda neste 11 de setembro outras manifestações e atividades estão ocorrendo em muitas partes do Chile, muitas delas com o lema "Pela verdade e pela justiça".
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