CARLOS OLIVEIRA 11 SETEMBRO 2019
Fileiras do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL). Foto ilustrativa
As forças repressivas reacionárias indianas estão se preparando para enfrentar o que, segundo elas, será uma grande ofensiva tática do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL), dirigido pelo Partido Comunista da Índia (Maoista), que vai acontecer durante os meses de novembro de 2019 e abril de 2020.
De acordo com um alto funcionário do Ministério de Assuntos Internos (MAI) da União, que solicitou anonimato, “durante esse período, os maoistas lançam sua campanha tática contra-ofensiva, na qual realizam o máximo de ataques. Nos meses anteriores, eles costumam recrutar mais pessoas, treinadas nos meses entre junho e setembro”.
Segundo o velho Estado indiano, relatórios recebidos pelo dito Ministério, através do seu serviço de inteligência, dão conta que mais de 250 novos combatentes foram recrutados pelo EGPL, somente na região do “Corredor Vermelho”, entre os estados de Chhattisgarh e Jharkhand.
“O governo tomou medidas para aprimorar o compartilhamento de informações e melhorar a coordenação entre as agências envolvidas. O MAI também está apoiando extensivamente os governos estaduais por meio do envio de forças paramilitares, fornecimento de helicópteros e parte de batalhões regulares e especiais da Força Policial da Reserva Central (FPRC)”, disse outro funcionário do MAI, também sob condição de anonimato.
O chamado "Corredor Vermelho", área sob controle ou influência dos maoistas. Imagem: A Nova Democracia
O objetivo dos revolucionários de expandir e treinar seus militantes na região do “Corredor Vermelho” vem preocupando as “autoridades” e os serviços de inteligência indianos.
Segundo os mesmos, as atividades revolucionárias na região são lideradas pelo camarada Basavaraj, dirigente maoista e comandante do EGPL temido pelos reacionários, como pode-se perceber na fala de um funcionário da agência de segurança com sede em Chhattisgarh, que também solicitou anonimato: “Basavaraj é conhecido por ser belicoso e, portanto, expandiu os quadros armados, tanto que houve alguns ataques específicos este ano, como os ocorridos contra o político do Partido do Povo Indiano, Bhima Mandavi, e o ataque em Gadchiroli, que foram todos planejados por ele. Seu treinamento geralmente ocorre em Abhujmaad, em Chhattisgarh, porque esse é o centro nervoso”, afirma.
No ano de 2019, o EGPL tem atacado duramente membros das forças repressivas e políticos reacionários do velho Estado burguês-latifundiário, principalmente durante a farsa eleitoral, massivamente boicotada e denunciada, sendo que o boicote dirigido pelo PCI (Maoista).