GIOVANNA SCHAIDHAUER 05 DEZEMBRO 2019
Em diversos países organizações democráticas e revolucionárias realizaram a campanha pela liberdade de Théo El Ghozzi
No dia 4 de dezembro, os Jovens Revolucionários da França anunciaram a libertação de Théo El Ghozzi, militante revolucionário preso em 22 de julho em virtude de sua militância política.
Théo El Ghozzi foi preso em seu local de trabalho, no dia 22 de julho, em Nantes. Ele foi acusado de pichar a casa de um ex-ministro localizada em Orvault e de participar de protestos contra a retirada de direitos trabalhistas, em 2016. A acusação, porém, não foi provada, e o militante fora posto sob custódia.
Théo, já no primeiro dia de seu cárcere (22/07), iniciou uma greve de fome para ser reconhecido como preso político, assim como para exigir liberdade a todos os presos políticos, em particular ao prisioneiro da luta palestina, o comunista Georges Ibrahim Abdallah. Ele também exigia ser transferido para a prisão de Riom.
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Um militante comunista estadunidense falou, na época de sua prisão, ao portal revolucionário Incendiary News: “Em todos os meus anos de luta, encontrei poucos camaradas que encarnaram a luta como o companheiro Théo. Do amanhecer ao anoitecer, dormindo apenas algumas horas por noite, ele comeu, respirou e viveu seus compromissos revolucionários. Théo é um bolchevique em seu núcleo, no sentido mais real da palavra; é uma inspiração para todos os companheiros na luta. Seu modo de vida simples, suas expressões contundentes e diretas da avançada teoria comunista espalham a revolução em qualquer lugar que ele vá, não tenho dúvidas de que ele está decidido a levar adiante sua luta até o fim”.
O ativista já havia sido condenado pelo Estado imperialista francês diversas outras vezes, tendo sido preso e submetido a restrições legais. Até hoje ele é proibido de entrar em sua cidade natal.
“Ele agora reside na ‘pequena prisão’, mas não se engane, nós, trabalhadores, conhecemos apenas a ‘grande prisão’. Sem revolução não vamos começar a experimentar a liberdade verdadeira e duradoura”, disse o comunista norte-americano, citando o livro de um dos presos políticos brasileiros de 2014, Igor Mendes, A pequena prisão.
“É nosso dever internacionalista educar nossa classe aqui no USA sobre o companheiro Théo, o movimento ‘coletes amarelos’ e as lutas do proletariado francês”, disse ele.
Foram realizadas ações de solidariedade internacional pela sua libertação no Quebeque, na Irlanda, no USA, na Bélgica e no Brasil, pelo Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo).