Saturday, July 17, 2021

A NOVA DEMOCRACIA BRASIL: Editorial semanal – Quem deterá os criminosos fardados? Editorial semanal - ¿Quién detendrá a los criminales uniformados?

Redação de AND

14 Julho 2021

Editorial semanal – Quem deterá os criminosos fardados?



 

Comandantes das três forças, Ministro da Defesa e o presidente fascista. Da esquerda para direita: Paulo Sérgio Nogueira (Exército), General Braga Neto (Defesa), Almir Garnier (Marinha) e Carlos Alberto Batista (Aeronáutica). Foto: Reprodução

Já virou rotina, no Brasil, o pronunciamento de militares da ativa sobre questões políticas. Após o discurso de Pazuello, o Carniceiro, em comício de Bolsonaro no Rio, rasgando o que determinam de modo explícito as próprias leis, segundo as quais a existência e missão das Forças Armadas é defender seu cumprimento (inclusive o Regulamento do Exército), os próceres de farda dobraram a aposta: no último dia 7, em nota oficial, o Ministro da Defesa e os Comandantes das três Forças Armadas se pronunciaram repudiando declarações de um certo senador na CPI. No dia seguinte, o Comandante da Aeronáutica, numa linguagem muito comum entre os matadores da Baixada Fluminense, reiterou a nota golpista, dizendo que “homem armado não ameaça”. Só faltou puxar o revólver da cintura e dizer ao repórter que o entrevistava: “Teje preso!”.

São todos eles, portanto, apenas por isso, baderneiros e criminosos confessos, a violar o que determina a própria disciplina militar (burguesa) a que estão obrigados e dizem defender. Desta vez, não foi apenas o general desacreditado, mas toda a cúpula militar, que se pronunciou em público. Se isto é o que vem à tona, imaginem o nível de agitação e efervescência política que grassa, agora mesmo, dentro dos quartéis – cenário que se agrava se nele incluímos o quadro crítico das polícias, civis e militares, que todos os dias demonstram seu “patriotismo” nas vielas e becos escuros, agredindo e assassinando prisioneiros inermes.

Ocorre que os crimes daqueles veteranos de coquetéis e cursos, entremeados por incursões temporárias em favelas cariocas ou haitianas, não se encerram no desrespeito aos próprios regulamentos. Para não retrocedermos à história (os crimes de tortura e assassinato praticados nos porões entre 1964 e 1985, e aqueles de esparramada ladroagem tramados nos palácios em Brasília no mesmo período), basta lembrarmos o que veio à tona nos últimos 12 meses: tráfico de drogas em avião presidencial, compra superfaturada de insumos para produzir cloroquina, aquisições estratosféricas de cerveja e picanha, tramoias escandalosas no Ministério da Saúde (envolvendo aquisição de testes e de vacinas), a gestão genocida da pandemia (liderada por Pazuello), a omissão no socorro à mortandade em Manaus (que só não foi maior devido ao envio de oxigênio, via caminhões, pela Venezuela), a recusa em abrir os leitos ociosos dos hospitais militares (financiados pelo Tesouro) quando brasileiros e brasileiras morriam de Covid-19 sem conseguir acessar os hospitais públicos.

É esta a folha de serviços prestados, ou a folha corrida, dos senhores oficiais-generais ao povo brasileiro. Eles são a infantaria do nosso atraso secular; desde sempre, a quinta-coluna da nacionalidade. Como se vê, são crimes continuados contra a pátria e contra o povo, alimentados pela cumplicidade servil dos “três poderes” acovardados.

Engana-se quem pensa que estas forças estão “fechadas” com Bolsonaro, assim como engana-se quem pensa que elas não podem ser, por ele, arrastadas como medida extrema para salvaguardar a unidade e hierarquia internas. Tudo depende da movimentação das distintas forças, dinâmica muito fluida em cima da qual agem, como condicionantes, os acontecimentos objetivos sobre os quais nem os generais e nem Bolsonaro podem controlar.

O Alto Comando das Forças Armadas, como instituição, sabe que Bolsonaro é um instante, ao passo que ele perdurará até que a revolução vindoura ponha-lhe na guilhotina (senão a de madeira, a guilhotina política, isto é, a perda de poder). Neste contexto, a ocorrência ou não de eleições próximas é tema secundário – agitação e ameaças da extrema-direita para barganhar, fazer ordem unida de suas hordas e também desviar a atenção do público quando vão no auge as denúncias contra Bolsonaro. A tendência principal é que as haverá, pois que até o Iraque e o Afeganistão ocupados por centenas de milhares de tropas invasoras ofereceram uma lista de candidatos títeres aos eleitores amordaçados, tão logo alterado o status quo. Os generais não precisam necessariamente cancelá-las para garantir o rumo da marcha política (caso apenas extremo!), mas podem e, pelo desenvolvimento das tendências eleitorais, vão conduzir e influenciar diretamente em seus resultados por processos outros. Os últimos 30 anos provam que as eleições periódicas não são empecilho para o alijamento das massas do processo político, senão que, em situações normais de temperatura e pressão, são mesmo a forma mais eficaz de fazê-lo. A chamada tutela militar, embora tenha se agravado extraordinariamente e tomado forma de golpe militar de Estado contrarrevolucionário desde 2017, na essência existiu sempre, e tende a se reforçar, com ou sem Bolsonaro, e talvez até mais sem ele.

Se uma coisa provam os recentes episódios é que não está nas urnas a solução para a tragédia brasileira. Esta radica na luta das massas do campo, principalmente, e também da cidade, mobilizadas em defesa dos seus interesses mais sentidos, e passo a passo engajadas na luta pelo Poder. Contra esta muralha, nada poderão os criminosos fardados.

Editorial semanal - ¿Quién detendrá a los criminales uniformados?

 

Comandantes de las tres fuerzas, ministro de Defensa y presidente fascista. De izquierda a derecha: Paulo Sérgio Nogueira (Ejército), General Braga Neto (Defensa), Almir Garnier (Marina) y Carlos Alberto Batista (Aeronáutica). Foto: Reproducción

 

Ya se ha convertido en una rutina en Brasil que los soldados activos se pronuncien sobre cuestiones políticas. Luego del discurso de Pazuello, el Carnicero, en un mitin de Bolsonaro en Río, rompiendo lo que las leyes determinan explícitamente, según el cual la existencia y misión de las Fuerzas Armadas es defender su cumplimiento (incluido el Reglamento del Ejército), los líderes uniformados se duplicaron. La apuesta: el día 7 de este mes, en nota oficial, se pronunciaron el Ministro de Defensa y los Comandantes de las tres Fuerzas Armadas, repudiando las declaraciones de cierto senador al CPI. Al día siguiente, el Comandante de la Fuerza Aérea, en un lenguaje muy común entre los asesinos de la Baixada Fluminense, reiteró la nota golpista, diciendo que “un hombre armado no amenaza”. Solo le restaba sacar el revólver de la cintura y decirle al reportero que lo entrevistaba: “¡Teje arrestado!”.

Todos son, por tanto, justamente por eso, alborotadores y criminales confesos, violando lo que determina la propia disciplina militar (burguesa) que están obligados y pretenden defender. Esta vez, no fue solo el general desacreditado, sino toda la cúpula militar, quien habló en público. Si esto es lo que pasa a primer plano, imagínense el nivel de agitación y efervescencia política que reina, ahora mismo, dentro del cuartel, escenario que se agrava si incluimos en él el marco crítico de la policía, civil y militar, que Todos los días demuestran su “patriotismo” en callejones y callejones oscuros, agrediendo y asesinando a presos indefensos.

 

Ocurre que los crímenes de esos veteranos de cócteles y cursos, intercalados con incursiones temporales en Río de Janeiro o en barrios marginales haitianos, no terminan en la falta de respeto a la propia normativa. Para no volver a la historia (los delitos de tortura y asesinato cometidos en sótanos entre 1964 y 1985, y los de robo generalizado conspirados en los palacios de Brasilia en el mismo período), basta recordar lo que ha salido a la luz en los últimos 12 meses. : narcotráfico en un avión presidencial, sobreprecio de la compra de insumos para producir cloroquina, compras estratosféricas de cerveza y tapa de grupa, escandalosas intrigas en el Ministerio de Salud (que involucra la adquisición de pruebas y vacunas), el manejo genocida de la pandemia (liderado por Pazuello ), la omisión en las ayudas a la mortalidad en Manaus (que no fue mayor solo por el envío de oxígeno, vía camiones, a través de Venezuela), la negativa a abrir las camas ociosas de los hospitales militares (financiados por Hacienda) cuando brasileños y Los brasileños murieron de Covid-19 sin poder acceder a los hospitales públicos.

 

Este es el historial de los servicios prestados, o el historial, de los oficiales generales al pueblo brasileño. Son la infantería de nuestro atraso secular; siempre la quinta columna de nacionalidad. Como puede verse, son crímenes continuos contra el país y el pueblo, alimentados por la complicidad servil de los cobardes de los "tres poderes".

 

Se equivocan quienes piensan que estas fuerzas están “cerradas” con Bolsonaro, así como quienes piensan que no pueden ser arrastradas por él como una medida extrema para salvaguardar la unidad interna y la jerarquía. Todo depende del movimiento de distintas fuerzas, una dinámica muy fluida sobre la que actúan los eventos objetivos, como condicionantes, sobre los que ni los generales ni Bolsonaro pueden controlar.

 

El Alto Mando de las Fuerzas Armadas, como institución, sabe que Bolsonaro es un instante, mientras que durará hasta que la revolución que se avecina lo ponga en la guillotina (si no la de madera, la guillotina política, es decir, la pérdida del poder). ). En este contexto, la ocurrencia o no de las próximas elecciones es un tema secundario: agitación y amenazas de la extrema derecha para negociar, hacer un orden unido de sus hordas y también desviar la atención pública cuando las denuncias contra Bolsonaro alcanzan su punto máximo. La tendencia principal es que los habrá, ya que incluso Irak y Afganistán ocupados por cientos de miles de tropas invasoras han ofrecido una lista de candidatos títeres a los votantes amordazados tan pronto como el status quo ha cambiado. Los generales no necesariamente necesitan cancelarlos para asegurar el curso de la marcha política (¡solo caso extremo!), Pero pueden y, mediante el desarrollo de tendencias electorales, liderarán e influirán directamente en sus resultados a través de otros procesos. Los últimos 30 años han demostrado que las elecciones periódicas no son un impedimento para apartar a las masas del proceso político, pero que, en situaciones normales de temperatura y presión, son incluso la forma más eficaz de hacerlo. La llamada tutela militar, si bien ha aumentado extraordinariamente y se ha concretado en un golpe de Estado militar contrarrevolucionario desde 2017, en esencia siempre ha existido, y tiende a reforzarse, con o sin Bolsonaro, y quizás más sin él.

 

Si algo demuestran los episodios recientes es que la solución a la tragedia brasileña no está en las urnas. Esto tiene su raíz en la lucha de las masas en el campo, principalmente, y también en la ciudad, movilizadas en defensa de sus intereses más sentidos y comprometidas paso a paso en la lucha por el Poder. Contra este muro, los delincuentes uniformados no pueden hacer nada.