Monday, August 9, 2021

ESTUDIOS AGRARIOS BRASIL: Da luta pelos mortos a lutar pelos vivos: a história das Ligas Camponesas

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Mulheres guaranis e o direito às placentas
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Mulheres Guarani durante o I Encontro Estadual das Kunhangue de Santa Catarina. Foto: Banco de Dados AND
Uma das exigências do povo guarani catarinense ao governo, a partir de agora, será que suas gestantes recebam de volta a placenta, o cordão umbilical e outras substâncias orgânicas derivadas dos seus partos para que, ao chegarem às aldeias, seja realizada a cerimônia de enterramento desse material precioso, que reforça a ligação sagrada da criança guarani com o território da tribo.


Manifestantes erguem faixa com a frase "Só queremos o direito de ter nossa casa própria". Foto: Reprodução
No dia 26 de julho, camponeses protestaram exigindo a liberdade de oito companheiros presos em 2019, durante resistência contra despejo realizada pelos paramilitares a mando da empresa monopolista Veracel Celulose que é latifundiária de eucalipto da região Sul da Bahia.

Fonte.  AND
Da luta pelos mortos a lutar pelos vivos: a história das Ligas Camponesas
“Eu não inventei as Ligas
Elas são a flor
Que se abre no lodo”
Francisco Julião


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Ligas camponesas. Foto: Reprodução
Ao contrário do que muitos pensam, as Ligas Camponesas não começaram com Francisco Julião, muito menos começaram como organização de luta pela terra. Na verdade, começaram com a iniciativa de João Firmino, em 1955, de defender a "reivindicação dos mortos”; defender que todo camponês, depois de morto, tivesse o direito de descansar em paz; aquele que nunca teve terra poder ter depois de morto, sete palmos abaixo da terra e um caixão. Para alguns leitores pode soar estranho: por que lutar pelos mortos?


Grandiosa audiência é realizada em Arari, no Maranhão. Foto: Fóruns e redes de Cidadania do Maranhão
No dia 21 de julho, aconteceu uma grande audiência pública e popular, no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR), em Arari, Maranhão (MA). No encontro, camponeses e apoiadores reafirmaram o caminho da luta e denunciaram a violência no campo brasileiro, com ênfase no estado do MA, que em apenas um ano cresceu em 102,85% os conflitos por terra, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Fonte. AND



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