- RÍO DE JANEIRO: Familiares protestan contra el genocidio en las favelas y exigen justicia para su hijos
- Beatriz Araujo
Na última quinta - feira, dia 06
de julho, no Centro do Rio de Janeiro, mães e familiares de vítimas da
violência do velho Estado nas favelas promoveram uma manifestação contra
o genocídio nas favelas e por justiça para seus filhos. O ato ocorreu
em frente ao primeiro Distrito Policial - Praça Mauá, prédio em que
também funciona a Corregedoria da Polícia Civil.
As mães denunciaram o covarde
assassinato de seus filhos, jovens negros, pelas mãos da Polícia
Militar, que todos os dias vem derramando sangue de nosso povo nas
favelas. É o que mostraram os relatos indignados dos familiares na
manifestação:
- Eu quero que esses policiais
paguem pelo crime, sejam presos por terem ceifado nossa vida e a dos
nossos filhos. A nossa família tinha sonhos, sonhos que foram
arrancados. Meu filho tinha 16 anos, ele era estudante e foi assassinado
porque a polícia confundiu o seu saquinho de pipoca com drogas! E hoje
estou aqui com essas mães para pedir justiça! Pois a Delegacia de
Homicídios da Barra não fez uma investigação justa e verdadeira do caso.
- afirmou uma das mães, Janaína, moradora do Borel.
- A polícia já entra nas favelas
pensando em tirar vida, impunidade dá força para que eles continuem
cometendo assassinatos. Quando matam nossos filhos matam uma família
inteira. Além dessa polícia ser assassina e covarde, os mesmos têm o
hábito de criar histórias a respeito da morte de jovens negros
dizendo serem sempre bandidos e assim ficam impunes do crime que
cometeram. A polícia chega na favela e sai matando os mais pobres e
humildes em nome da “guerra às drogas”! Será que é guerra as drogas
mesmo ou é guerra aos pobres?! Enquanto mães iremos continuar lutando
pela verdade e memória de nossos filhos! - denunciou Ana Paula de
Oliveira, de Manguinhos
- Meu filho morreu com 13 anos de idade, estava jogando bola,
quando a polícia entrou na favela e começou o tiroteio, então uma
senhora caiu no chão meu filho foi ajuda-la, o policial viu que era uma
criança salvando uma idosa e mesmo assim meu filho levou um tiro nas
costas e até hoje não fizeram nada. E eu vou fazer de tudo para que a
justiça do meu filho seja feita. afirmou Janaína, mãe do Cristian de
ManguinhosSegundo depoimentos dos familiares em determinados casos houve perícia e investigação, porém, as mães relatam não terem sido comunicadas a respeito do assunto