Wednesday, May 10, 2023

DAZIBAO ROJO: GALIZA: RECUPEREMOS UM 1º DE MAIO COMUNISTA (Galiza Vermelha)

 martes, 2 de mayo de 2023

GALIZA: RECUPEREMOS UM 1º DE MAIO COMUNISTA (Galiza Vermelha)


RECUPEREMOS UM 1º DE MAIO COMUNISTA

Como sabemos o Primeiro de Maio é o dia do internacionalismo proletário. A autêntica origem do 1º de Maio foi umha decisom consciente do MCI (Movimento Comunista Internacional) desde a Primeira Internacional (AIT) criada por Karl Marx. Polo tanto a sua origem nom se deve a um de tantos crimes cometidos contra classe obreira, nem foi umha iniciativa do reformismo, nem tampouco está reduzida ao âmbito sindical. O proletariado igual que todas as outras classes que em algum momento da história entram na disputa do poder político, precisa de umha subjetividade própria, neste caso precisa da consciência. Porque é precisamente esta a consciência o fator que permite entender o lugar do proletariado na história da humanidade é a necessidade de abolir as classes sociais.

Na atualidade na Galiza as grandes mobilizaçons do 1º de Maio estám preparadas polo reformismo de todo tipo e tamém polo revisionismo. O proletariado consciente da Galiza deve buscar recuperar polo menos a pequena escala entre os setores mais próximos, a referencialidade do 1º de Maio como umha data na que se faga explícita a necessidade do proletariado galego de formar umha autêntica vanguarda. A necessidade de constituir umha vanguarda do proletariado para poder unir a teoria revolucionária e a prática social dumha maneira consciente, é algo totalmente universal em todos os povos do mundo. Só é possível unir a vanguarda do proletariado e as grandes e amplas massas para criar o partido e, para criar os demais instrumentos revolucionários, com um movimento revolucionário do proletariado formado por massas armadas e organizadas conscientemente, se previamente contamos com umha autêntica vanguarda proletária.

Neste momento histórico para os interesses mundiais do proletariado há duas cousas que devemos destacar.

A primeira é o aumento da importância da contradiçom entre as diferentes potências mundiais e em geral entre os diferentes estados burgueses. A decadência do poder dos Estados Unidos da América e o ascenso do socialfascismo do Estado da burguesia chinesa como um competidor, desatou umha nova “guerra fria” e desatou o militarismo que domina quase todos os estados do mundo. A atual tendência militarista da burguesia a que estamos assistindo é a autêntica preparaçom da próxima guerra mundial. Este contexto da luita de classes mundial faria ainda mais necessária a existência dumha nova Internacional do Proletariado mas, ao nom existir estados de Novas Democracias, nem tampouco estados socialistas, unido á grande repressom que sofrem as pessoas comunistas ao longo do mundo, fai muito difícil este trabalho no que devemos perseverar.

A segunda cousa que temos que lembrar é que neste momento na Índia e em Filipinas existem grandes exércitos do povo em guerra popular que, representam realmente os interesses do proletariado do seu país e do mundo frente os crimes da ditadura da burguesia. Ademais, numha menor escala em outros países do mundo (Turquia, Peru, Afghanistan, Brasil, etc), a luita entre as classes está muito próxima a umha guerra aberta do Estado contra o povo. Estes países ou contam com um Partido ou estam muito próximos a constituir um Partido Comunista que une a vanguarda com as grandes e amplas massas, fazendo possível a nascimento do Novo Poder.

Nós consideramos o Movimento Comunista Galego (MCG) está formado por todas as pessoas que honestamente se consideram comunistas e, nesta definiçom tamém incluímos a pessoas que ainda que nom militem em nengumha organizaçom “comunista”, si que formam parte da classe obreira mais consciente. Evidentemente nom podemos incluir no MCG certos dirigentes oportunistas de organizaçons “comunistas” galegas que vivem de alimentar o seu ego e que nom querem que a sua militância entenda a relaçom entre a teoria revolucionária e a prática social senom que, transformam a ciência do proletariado em retórica populista, em radicalismo estético e, em confusom, num processo que leva a apoiar a burguesia russa, etc.

É fundamental que o mais avançado politicamente da classe obreira galega nom pense que com uns sindicatos e umha greve geral indefinida podem derrotar ao Regime Espanhol. Qualquer estado burguês pode resistir umha greve geral e conta com um exército que vai ser mobilizado contra a classe operária em quando umha mobilizaçom se transformar em um perigo para o poder, para o estado burguês.

O sindicato é a forma mais primitiva de organizaçom da classe obreira mas, a vanguarda do proletariado por definiçom deve aspirar a muito mais, deve aspirar a criar um Partido de quadros e a fazer possível a aboliçom das classes sociais no comunismo.

Sem a constituçom do proletariado como proletariado revolucionário, como o sujeito histórico consciente, será impossível o socialismo e a aboliçom das classes sociais. A única maneira que temos de favorecer a revoluçom é trabalhar por elevar o nível do conhecimento dentro do MCG é, formar núcleos que “elevem” o nível político, que estudem a teoria revolucionária, que sempre busquem entender a relaçom entre a teoria e prática social.

As mulheres e homens da classe obreira galega que estam politicamente mais adiantados devem saber que formar um grupo de estudos sobre o Marxismo nom é um “trabalho improdutivo” como dim alguns senom, é atender a umha prioridade estratégica do proletariado galego em este momento histórico.

Para entender a atual situaçom do proletariado é necessário ter perspetiva histórica. Se estudamos a história da luita da burguesia de diferentes países da Europa por conquistar o poder político vemos como desde finais do século XIV a burguesia comerciante, a burguesia manufatureira e a primitiva burguesia bancária, foi criando um movimento revolucionário em aliança com os camponeses para mobilizar as grandes massas e que tardou 400 anos (do período histórico de 500 anos nos que a burguesia tinha um caráter revolucionário), em se poder enfrentar aos grandes estados da aristocracia feudal europeia. Pola contra no caso do proletariado, o máximo que podemos retroceder para colocar umha data como origem do movimento revolucionário seria 1848 com a formaçom da “Liga dos Comunistas” e a publicaçom do “Manifesto do Partido Comunista”. Assi um movimento que nasceu em 1848, em 1917 já puido criar o Novo Poder dos Soviets para dar início o ano seguinte a “guerra civil revolucionária da Rússia”. Em 69 anos o Marxismo passou de ser umha ideia a ser umha relaçom social. Depois, em 1949 (32 anos depois do Outubro Soviético) as repúblicas de Novas Democracia e repúblicas Socialistas já representavam um terço da humanidade. Como vimos passou 105 anos (1917) desde que nasceu o primeiro poder político do proletariado mas, se o comparamos com os 500 anos do período histórico no que a burguesia era revolucionária, esta tardou 400 em se poder enfrentar as grandes monarquias feudais, para acabar por ser derrotada e ter que buscar soluçons de compromisso nas que cedia parte do poder político com a aristocracia. Visto assi resulta claro que o proletariado igual que a burguesia tinha que passar por um período de experimentaçom, de derrotas e retrocessos, para se fortalecer e poder cumprir com a sua missom histórica.