Maoistas elevam luta das massas
Os maoistas, que têm atuado na jornada de luta dos “coletes amarelos”, brigam por dar uma direção revolucionária aos protestos, mostrando às massas o caminho da Revolução Socialista a ser conquistada por meio da guerra popular, para a qual – analisam os maoistas – faz-se necessário construir os três instrumentos fundamentais da revolução (Partido, Exército Popular e Frente Única Revolucionária).
No dia 10 de janeiro, o PcmF emitiu um pronunciamento intitulado ‘Coletes amarelos’ – o fim da impotência, no qual avaliam que “o movimento, que continua e se aprofunda, é um ponto de virada histórica em termos de combatividade e massividade”.
“Os ‘coletes amarelos’ representam um retorno brutal e triunfante da luta de classes nas vidas diárias dos burgueses. Eles esperavam continuar como se nada tivesse acontecido. E hoje, eles se veem obrigados a dizer que ‘a República está ameaçada’. Sim, eles não estão errados! Essa República burguesa não nos pertence e pode morrer sem nenhum constrangimento. Desde a Comuna, sabemos que esta República assassina o povo quando ele se levanta, que é uma ferramenta da classe dominante e parasitária.”, afirmam os maoistas franceses.
Para os maoistas, o movimento espontâneo de massas traz aspirações muito além de reivindicativas. “Ao rejeitar todos os ‘responsáveis’, meios de comunicação e autoridades eleitas, os ‘coletes amarelos’ colocam questões fundamentais e, principalmente, de poder. Do poder para o povo, de uma República vermelha. Os comunistas revolucionários não defendem o caos, nem o retorno a um passado fantasiado, mas o estabelecimento de uma nova ordem, construída e dirigida pela classe que produz toda a riqueza: a classe operária. Mas o caminho para chegar lá é longo. A situação atual não pode levar a uma insurreição, não devemos ter ilusões sobre isso.”.
“Aqui estamos diante de uma época de tempestades que sacodem as fundações do velho mundo. Esta é uma perspectiva intoxicante e assustadora, pois envolve grandes mudanças. A era de negação e do espetáculo político acabou: hoje, devemos erguer e carregar a bandeira vermelha para elevar a ofensiva revolucionária.”, exclama o Partido.